quinta-feira, 30 de maio de 2013

Gente de quem ninguém ri

Helena Matos

 
Ser progressista ou dizer coisas que agradam a esse sector sobretudo nas chamadas causas fracturantes é actualmente  em Portugal sinónimo de ter muito boa imprensa e ficar a salvo do ridículo. Quem por falta de previdência está ou parece estar em desacordo com o pensamento correcto arrisca ser passado a cromo – ouçam-se por exemplo Ricardo Araújo Pereira  sobre Martim ou Bruno Nogueira sobre tudo e todos de que discorda.
O problema não está no que dizem mas sim no que não dizem, nas pessoas e assuntos que piedosamente deixam de fora dos seus textos ou que versam de forma reverencial. O resultado não é humor pior ou melhor – a parcialidade não afecta a qualidade – mas sim reforçada a intocabilidade de um grupinho sempre convencido da superioridade das suas razões e que não consegue rir nem do mundo nem de si mesmo.
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 30-05-2013

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