Ser progressista ou dizer
coisas que agradam a esse sector sobretudo nas chamadas causas fracturantes é
actualmente em Portugal sinónimo de ter muito boa imprensa e ficar a
salvo do ridículo. Quem por falta de previdência está ou parece estar em desacordo
com o pensamento correcto arrisca ser passado a cromo – ouçam-se por
exemplo Ricardo Araújo Pereira sobre Martim ou Bruno Nogueira sobre tudo e todos de que discorda.
O problema não está no que
dizem mas sim no que não dizem, nas pessoas e assuntos que piedosamente deixam
de fora dos seus textos ou que versam de forma reverencial. O resultado não é
humor pior ou melhor – a parcialidade não afecta a qualidade – mas sim
reforçada a intocabilidade de um grupinho sempre convencido da superioridade das
suas razões e que não consegue rir nem do mundo nem de si mesmo.
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias,
30-05-2013
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