Não tenho (não tinha?) o menor apreço por
este senhor, bastonário (presidente) da Ordem dos Advogados de Portugal. Mas, confesso, nunca ouvi uma argumentação tão lúcida e arrebatadora contra a adoção de crianças por adultos do mesmo sexo...
O Sr. Pinto, não fosse ele advogado, fez um discurso impecável, na técnica e na argumentação.
Repararam como ele começa a
sua intervenção? Elogiando a sua contendedora e a família neutraliza a fervura
da adrenalina da senhora doutora Isabel Moreira… é uma excelente técnica, que
nem todos sabem utilizar. Um dos primeiros, se não o primeiro, foi Marco Antônio:
Em 15 de março de 44 a.C., Júlio
César foi assassinado por um grupo de senadores, liderados por Caio Cássio Longino e Marco Júnio Bruto. A princípio, os assassinos
dominaram a cena política, apresentando-se como salvadores da república,
ameaçada pela ditadura de César, porém um discurso apaixonado de Marco Antonio,
exibindo as vestes ensangüentadas do ditador, em seu funeral, virou a opinião
pública contra eles, obrigando-os a fugir.
Para se entender o lance
político do discurso é preciso explicar um pouco o contexto em que foi feito. O
assassinato de César havia sido bem aceito pela população, já que a explicação
dada por seus autores foi a de que César estava prestes a dar um golpe e se
auto nomear Rei, o que em Roma era absolutamente inaceitável.
Marco Antônio era muito
próximo de César correu o risco de morrer junto com ele, e, para evitar que
reagisse ao ataque, foi distraído por um dos senadores da conspirata para uma
conversa fora do local do crime.
Consumado o assassinato de César,
Marco Antônio, procurado pelos conspiradores, acertou com eles que falaria no
Senado em prol da pacificação dos ânimos. Preservou assim a sua prerrogativa de
fazer o discurso fúnebre de César.
Neste discurso, frente a uma
massa de cidadãos que até há pouco apoiavam e admiravam a César, mas que agora
o condenavam, Marco Antônio começa dando razão aos conspiradores, para ganhar
tempo e ser ouvido pela massa… daqui.
Ah, a Dra. Isabel Moreira é deputada socialista. Independente, isto é, não é filiada ao Partido Socialista. Foi convidada a integrar a lista de concorrentes do partido, por Lisboa, pelo ex-secretário-geral e ex-primeiro-ministro, José Sócrates, justamente pela sua (dela) militância pelas causas homossexuais.
Ah, a Dra. Isabel Moreira é deputada socialista. Independente, isto é, não é filiada ao Partido Socialista. Foi convidada a integrar a lista de concorrentes do partido, por Lisboa, pelo ex-secretário-geral e ex-primeiro-ministro, José Sócrates, justamente pela sua (dela) militância pelas causas homossexuais.
Leia aqui a resposta da deputada Isabel Moreira. E atente para este comentário:
"Eu ñ vi o “Prós e Contras” mas
vi-o num programa da manhã, sobre este mesmo assunto. Triste! Completamente
desajustado da realidade… Sem argumentos válidos. Admirei a vossa calma e
educação, Sras. Deputadas.
Fiquei com pena. Até tinha alguma admiração pela frontalidade dele mas, a partir desse dia “desisti” do Dr. Marinho e Pinto. Lamento.
Fiquei com pena. Até tinha alguma admiração pela frontalidade dele mas, a partir desse dia “desisti” do Dr. Marinho e Pinto. Lamento.
Agora, depois de ler isto só
me apetece dizer “O homem passou-se”! Só pode!"
Que maravilha! A esquerda vai "desistir" do Dr. Marinho e Pinto. Pena que já seja tarde pois falta pouco para ele sair. São sete candidatos à vaga de presidente da Ordem em eleições que acontecerão em finais do corrente ano.
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