quarta-feira, 29 de maio de 2013

Marinho e Pinto: “Mãe há só uma”

Não tenho (não tinha?) o menor apreço por este senhor, bastonário (presidente) da Ordem dos Advogados de Portugal. Mas, confesso, nunca ouvi uma argumentação tão lúcida e arrebatadora contra a adoção de crianças por adultos do mesmo sexo...


O Sr. Pinto, não fosse ele advogado, fez um discurso impecável, na técnica e na argumentação.
Repararam como ele começa a sua intervenção? Elogiando a sua contendedora e a família neutraliza a fervura da adrenalina da senhora doutora Isabel Moreira… é uma excelente técnica, que nem todos sabem utilizar. Um dos primeiros, se não o primeiro, foi Marco Antônio:

Em 15 de março de 44 a.C., Júlio César foi assassinado por um grupo de senadores, liderados por Caio Cássio Longino e Marco Júnio Bruto. A princípio, os assassinos dominaram a cena política, apresentando-se como salvadores da república, ameaçada pela ditadura de César, porém um discurso apaixonado de Marco Antonio, exibindo as vestes ensangüentadas do ditador, em seu funeral, virou a opinião pública contra eles, obrigando-os a fugir.
Para se entender o lance político do discurso é preciso explicar um pouco o contexto em que foi feito. O assassinato de César havia sido bem aceito pela população, já que a explicação dada por seus autores foi a de que César estava prestes a dar um golpe e se auto nomear Rei, o que em Roma era absolutamente inaceitável.
Júlio César foi traído por Bruto e Cássio.
Marco Antônio era muito próximo de César correu o risco de morrer junto com ele, e, para evitar que reagisse ao ataque, foi distraído por um dos senadores da conspirata para uma conversa fora do local do crime.
Consumado o assassinato de César, Marco Antônio, procurado pelos conspiradores, acertou com eles que falaria no Senado em prol da pacificação dos ânimos. Preservou assim a sua prerrogativa de fazer o discurso fúnebre de César.
Neste discurso, frente a uma massa de cidadãos que até há pouco apoiavam e admiravam a César, mas que agora o condenavam, Marco Antônio começa dando razão aos conspiradores, para ganhar tempo e ser ouvido pela massa… daqui.

Ah, a Dra. Isabel Moreira é deputada socialista. Independente, isto é, não é filiada ao Partido Socialista. Foi convidada a integrar a lista de concorrentes do partido, por Lisboa, pelo ex-secretário-geral e ex-primeiro-ministro, José Sócrates, justamente pela sua (dela) militância pelas causas homossexuais.
Leia aqui a resposta da deputada Isabel Moreira. E atente para este comentário: 
"Eu ñ vi o “Prós e Contras” mas vi-o num programa da manhã, sobre este mesmo assunto. Triste! Completamente desajustado da realidade… Sem argumentos válidos. Admirei a vossa calma e educação, Sras. Deputadas.
Fiquei com pena. Até tinha alguma admiração pela frontalidade dele mas, a partir desse dia “desisti” do Dr. Marinho e Pinto. Lamento.
Agora, depois de ler isto só me apetece dizer “O homem passou-se”! Só pode!"

Que maravilha! A esquerda vai "desistir" do Dr. Marinho e Pinto. Pena que já seja tarde pois falta pouco para ele sair. São sete candidatos à vaga de presidente da Ordem em eleições que acontecerão em finais do corrente ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-