sábado, 11 de outubro de 2014

Pérolas da macro sabotagem

José Manuel

A semana útil que se encerra hoje, dia 10 de outubro, está recheada de pérolas em que o uso do sufixo "sabot" bem que poderia ser alterado e, com toda a razão, para o não menos conhecido "sacaná", pois o que estão fazendo deliberadamente e descaradamente com o Brasil, é digno de, não só cadeia e prisão generalizada a todos os níveis dos envolvidos, bem como um estudo sociológico sobre o comportamento de certa parcela de um povo.

Para começar a pérola do dia, hoje, saiu a notícia final em dados reais, e que vem corroborar o que venho escrevendo nesta revista virtual Cão que fuma há alguns meses, para que todos tomem conhecimento, da covardia que estão fazendo com a Economia, em perspectiva o comércio e a indústria.

No ano de 2013, os brasileiros deixaram no exterior a quantia de 25 bilhões de dólares ou o equivalente a 60 bilhões de Reais em compras.

Somente comvestuário foram 12 bilhões de reais ou, pasmem!, o equivalente a 60 mil toneladas desses produtos entraram no país sem pagar os impostos a que estão sujeitos os comerciantes locais.

Isso é o equivalente ao faturamento mensal de todo o setor têxtil e de confecção ou, para melhor explicitar, é a equivalência ao faturamento anual das quatro maiores redes de varejo têxtil, a saber: Riachuelo, Marisa, Renner e C&A.

Está errado?  Errado não,  isso é crime contra o país, é crime contra a economia, é crime contra a taxa de emprego, é crime contra o desenvolvimento, é crime contra o comércio, é crime contra a indústria.

Quem são os culpados? Vários, e todos os  que conhecemos, a começar pelos responsáveis pela macroeconomia do país que, além de não acharem uma solução para o problema, ainda escamoteiam a sabotagem explícita, com as taxas cambiais represadas, em favor daqueles que declaradamente cometem esses crimes, no contrabando diário que chega ao país.

Nesses números não estão incluídos outros itens como calçados, suplementos alimentares, eletroeletrônicos, abastecimento de peças para máquinas importadas, enfim o rol é extenso e talvez suplante os 100  bilhões de reais.

Não há nação que suporte tamanha evasão de divisas por muito tempo, por mais que seja rica, porque as fontes também se esgotam.

E aí, com  a complacência de governos extremamente sabotadores como o que ainda  se faz presente, o número de inadimplências no mercado é simplesmente alarmante.

Alarmantes também são as últimas notícias sobre os macros sabotadores da Pátria, que estão envolvidos em todos os escalões não só da Petrobras, bem como em aeroportos, ferrovias, portos.

Ainda não chegamos, mas com certeza estamos caminhando para o desbaratamento de quadrilhas que agem junto às refinarias Abreu Lima em Pernambuco, Comperj no Rio e principalmente nos fundos de pensão destas estatais onde a fúria dos corruptores e corrompidos não tem limite no acesso às verbas e no prejuízo aos cofres públicos.
Claro que como nós, fatalmente estes trabalhadores cujos fundos de pensão estão sendo saqueados, só ainda não perderam as suas aposentadorias, porque as suas empresas são estatais, mas os problemas já começaram a acontecer no Postalis por exemplo onde várias alterações vêm sendo feitas em prejuízo dos seus segurados.

A macro sabotagem no país está fora de controle, e isso começou nesta era do PT, pelas empresas privadas como a VARIG, exemplo típico de uma sabotagem governamental,  que por ser uma concessão estava sujeita ao que eles desejassem, como foi exatamente o que ocorreu em favor de empresas sem condições para a substituir comprovadamente até hoje e com toda a ambição que elementos desse partido do governo tinham declaradamente em participar das substitutas.

Assim que esta área das estatais for saneada, cabe a nós que trabalhamos por vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos na VARIG,  voltarmos ao trabalho e procurar saber, conhecer, porquê, como, e quem  sabotou a nossa empresa, e quanto isso gerou a corruptores e corrompidos, deixando sem emprego e na miséria, milhares de pessoas.
Isto nunca foi devidamente explicado e é um dever nosso para que fiquemos em paz conosco mesmo.

Se alguém acha que estou em devaneios, gostaria de lembrar que é exatamente isso que estamos fazendo neste momento na ação jurídica da terceira fonte, para reaver o que nos foi roubado.
Eu e minha esposa demos sessenta e dois anos de trabalho a essa empresa,  e por isso a VARIG também nos pertence. E a você?
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 10-10-2014

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