José Manuel
A semana útil que se encerra
hoje, dia 10 de outubro, está recheada de pérolas em que o uso do sufixo "sabot"
bem que poderia ser alterado e, com toda a razão, para o não menos conhecido
"sacaná", pois o que estão fazendo deliberadamente e descaradamente
com o Brasil, é digno de, não só cadeia e prisão generalizada a todos os níveis
dos envolvidos, bem como um estudo sociológico sobre o comportamento de certa
parcela de um povo.

No ano de 2013, os brasileiros
deixaram no exterior a quantia de 25 bilhões de dólares ou o equivalente a 60
bilhões de Reais em compras.
Somente comvestuário foram 12 bilhões de reais ou, pasmem!, o equivalente a
60 mil toneladas desses produtos entraram no país sem pagar os
impostos a que estão sujeitos os comerciantes locais.
Isso é o equivalente ao
faturamento mensal de todo o setor têxtil e de confecção ou, para melhor
explicitar, é a equivalência ao faturamento anual das quatro maiores redes de
varejo têxtil, a saber: Riachuelo, Marisa, Renner e C&A.
Está errado? Errado não,
isso é crime contra o país, é crime contra a economia, é crime contra a
taxa de emprego, é crime contra o desenvolvimento, é crime contra o comércio, é
crime contra a indústria.
Quem são os culpados? Vários,
e todos os que conhecemos, a começar pelos responsáveis pela macroeconomia
do país que, além de não acharem uma solução para o problema, ainda escamoteiam
a sabotagem explícita, com as taxas cambiais represadas, em favor daqueles que
declaradamente cometem esses crimes, no contrabando diário que chega ao país.
Nesses números não estão
incluídos outros itens como calçados, suplementos alimentares, eletroeletrônicos,
abastecimento de peças para máquinas importadas, enfim o rol é extenso e talvez
suplante os 100 bilhões de reais.
Não há nação que suporte
tamanha evasão de divisas por muito tempo, por mais que seja rica, porque as
fontes também se esgotam.
E aí, com a complacência
de governos extremamente sabotadores como o que ainda se faz presente, o
número de inadimplências no mercado é simplesmente alarmante.
Alarmantes também são as últimas
notícias sobre os macros sabotadores da Pátria, que estão envolvidos em todos
os escalões não só da Petrobras, bem como em aeroportos, ferrovias, portos.
Ainda não chegamos, mas com
certeza estamos caminhando para o desbaratamento de quadrilhas que agem junto
às refinarias Abreu Lima em Pernambuco, Comperj no Rio e principalmente nos
fundos de pensão destas estatais onde a fúria dos corruptores e corrompidos não
tem limite no acesso às verbas e no prejuízo aos cofres públicos.
Claro que como nós, fatalmente
estes trabalhadores cujos fundos de pensão estão sendo saqueados, só ainda não
perderam as suas aposentadorias, porque as suas empresas são estatais, mas os
problemas já começaram a acontecer no Postalis por exemplo onde várias alterações
vêm sendo feitas em prejuízo dos seus segurados.
A macro sabotagem no país está
fora de controle, e isso começou nesta era do PT, pelas
empresas privadas como a VARIG, exemplo típico de uma
sabotagem governamental, que por ser uma concessão estava sujeita ao que
eles desejassem, como foi exatamente o que ocorreu em favor de empresas sem
condições para a substituir comprovadamente até hoje e com toda a ambição que
elementos desse partido do governo tinham declaradamente em participar das
substitutas.
Assim que esta área das
estatais for saneada, cabe a nós que trabalhamos por vinte, trinta, quarenta,
cinquenta anos na VARIG, voltarmos ao trabalho e
procurar saber, conhecer, porquê, como, e quem sabotou a nossa empresa, e
quanto isso gerou a corruptores e corrompidos, deixando sem emprego e na
miséria, milhares de pessoas.
Isto nunca foi devidamente
explicado e é um dever nosso para que fiquemos em paz conosco mesmo.
Se alguém acha que estou em
devaneios, gostaria de lembrar que é exatamente isso que estamos fazendo neste
momento na ação jurídica da terceira fonte, para reaver o que nos foi roubado.
Eu e minha esposa demos sessenta
e dois anos de trabalho a essa empresa, e por isso a VARIG também
nos pertence. E a você?
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 10-10-2014
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