Rodrigo Constantino
A desinformação continua em
nossa imprensa, com vários “jornalistas” traduzindo literalmente “liberal” nos
Estados Unidos como liberal mesmo, ou seja, criando uma falsa dicotomia entre
liberalismo e conservadorismo que repete a tática da esquerda americana,
que deliberadamente usurpou o termo dos liberais clássicos. A
Folha tem sido o jornal mais ativo nessa importação indevida, e hoje foi a vez
de Elio Gaspari cometer o mesmo equívoco, numa notícia que mostra,
inclusive, o grau do viés ideológico nas universidades americanas:
Baseado em números do Higher
Education Research Institute da Universidade da Califórnia, o americano Samuel
Abrams descobriu que a proporção de professores liberais e conservadores nas
escolas da costa Nordeste dos Estados Unidos é de 28 para um. Isso mesmo, na
região onde ficam Nova Iorque e Boston, para cada conservador há 28 professores
liberais.
No Sul, bastião do
conservadorismo, os liberais continuam na vantagem de três para um.
O desequilíbrio na formação
dos estudantes agravou-se na última década do século passado. Nas palavras de
uma professora, “hoje, os progressistas já não acham que os conservadores estão
errados, eles acham que você é perigoso.”
Os liberais sabem muito, mas
quando Donald Trump torna-se presidente dos Estados Unidos devem pensar em
aprender alguma coisa.
Alexandre Borges ironizou a
ignorância ou má-fé da turma:
Madame Natasha está
oferecendo bolsas de estudos para colunistas de jornal que ainda não sabem que
“liberal”, como usado nos EUA e no Canadá, é “esquerdista” na Europa e no
Brasil. Traduzir “liberal” deste jeito literal é como achar que “push” e
“puxar”, “actually” é “atualmente”, “college” é “colégio”, “lunch” é “lanche”,
“parent” é “parente” e “library” é “livraria”. Ou que Obama é “liberal”.
Pois é: Obama é tão liberal quanto
eu sou especialista em física quântica. Mas esse equívoco insistente tem
método. Começou e se intensificou bastante à medida que a esquerda liderada
pelo PT se mostrou um retumbante fracasso na gestão de nosso país. Com a
esquerda chamuscada, com o socialismo completamente manchado após o petismo e o
experimento venezuelano, é preciso ocupar o espaço dos
liberais, que vêm crescendo na defesa de seus ideais no país.
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Esse aqui é um ícone da
ESQUERDA, jamais do liberalismo.
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Por isso, esses jornais com
claro viés de esquerda tentam forçar a barra nessa dicotomia entre liberais e
conservadores, fazendo desaparecer num passe de mágica o esquerdismo, absorvido
falsamente pelo liberalismo. Como se liberal fosse defensor de cotas raciais,
de mais estado, de “minorias” coletivistas, de subversão de valores morais, de
aborto, de welfare state etc. Não! Obama só é um liberal na
cabeça oca de quem não entende absolutamente nada de liberalismo!
Sou presidente do Conselho do
Instituto Liberal e posso atestar: esses “liberais progressistas” de esquerda
passaram mais longe do liberalismo clássico do que Plutão da Terra!
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, 8-1-2017
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