terça-feira, 16 de maio de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Desfecundo como político sem palanque

Aparecido Raimundo de Souza

Vivendo à beira de uma convulsão social. O Brasil passa por momentos angustiantes de desequilíbrios e inquietações. E não são poucos.

Não é necessário termos o título de pós-graduação em sociologia, para identificarmos que a violência em ascensão no país é o melhor reflexo da mais pura e gritante impunidade e da falta de exemplo e dignidade dos nossos governantes.

Enquanto o senhor Michel Jackson Temer e sua política de merda, perdão neoliberal usa critérios de conchavos nebulosos (o conhecidíssimo toma-la, dá cá), se constituindo em péssimo exemplo para os semialfabetizados, relegados “boias-frias” (lutando desesperadamente para se ajustarem aos desafios da globalização), a coisa toda degringola para o caos total. 

Nossos parlamentares congressistas (com raras exceções, ou seja, sem nenhuma, a nosso entender, farinha do mesmo escroto) transformaram o Congresso Nacional e não só ele, a Câmara também, em pocilgas de tramoias e negócios escusos e, no meio dessa putaria, a sociedade em peso foi de roldão e se encontra exposta à sandice de uma tropa de safados e vagabundos.

O país segue subdesenvolvido. Não segue a linha de um crescimento ou de um progresso normal. É atrasado, retrógrado, lento, ancestral, obsoleto, além de selvagem, amotinado e violento.

Navega, há tempos, em águas procelosas, como uma nau sem rumo prestes a mergulhar num mar imenso e sem fim. Exposto às variações do tempo, sobrevive por graça e misericórdia divina.

Fica no ar, senhoras e senhores, esta indagação: quais as vantagens de se viver numa nação com inflação galopante (juros altíssimos) sem pulso firme, alquebrado, vergonhoso, se nem ao menos se dá ao luxo de promover o bem-estar de seus concidadãos?

Por tudo isso, precisamos repensar o que fazer desse brasilzinho fodido. Resgata-lo sem mais demora das mãos dos maus brasileiros, dos ladrões, dos pilantras, dos vagabundos, ou deixá-lo como está, à sorte ingrata de vadios e larápios da pior espécie.

Se a resposta dos senhores está voltada para o fato de não o deixar afundar ainda mais, se faz necessário arranca-lo dos impatrióticos, dos vaidosos espertalhões e da súcia desenfreada e sem escrúpulos.

O Brasil precisa mais: carece de líderes lúcidos, de homens de peito e coragem. O Brasil precisa de criaturas de ação. De cabras decididos. Com sangue fumegando nas ventas.

Não desses desnorteados e fanfarrões, trapaceiros e erradios que estão aí, belos e formosos, nos frontispícios de seus comandos.

Igualmente demandamos não de meros perniciosos barganhadores capazes de vender a própria mãe, se é que esses infames têm uma que os pariu. 

O Brasil necessita, para ontem, que seus filhos se quedem, sensíveis e manifestos aos seus clamores, notadamente no quesito ordem e justiça.

Ordem e justiça, senhoras e senhores. Ordem e justiça, a nosso ver, a nosso sentir, o fator fundamental para o equilíbrio harmônico da balança que registra a igualdade de nossa plebe sofrida (para que ela não penda os pratos para um só lado do mecanismo). 

Mais que isso. Se não agirmos rápido, e com destreza, estaremos desarmados.  Com as guardas abertas, prontos para tomarmos porradas no meio das fuças. Se não acordarmos desse marasmo, vulgarmente nos veremos “no saco”, sem caminhos a seguir, sem estradas a desmembrar.

Se não formos espertos o suficiente com um bocadinho de visão de amanhã, de futuro, de porvir, igualmente se não resgatarmos porra nenhuma, e “mais mau”, se não reabilitarmos, a moral de nossas fodidas e quebradas instituições falidas, aí sim, virá o desterro, o degredo, a mortificação. Veremos, então, o FIM.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. Da cidade de Santo Eduardo, Rio de Janeiro, RJ. 16-5-2017

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