Prezados amigos,
No tempo da ditadura, nos
famosos “anos de chumbo” tão pranteados e tão ricamente indenizados com o
dinheiro do povo trabalhador, os censores vetavam notícias (e as liberavam
depois de algum tempo). Hoje em dia, na democracia tucanopetista, vetam-se
pessoas: se alguma palavrinha feriu a delicada epiderme do “establishment”, seu
autor é banido dos jornais, das rádios, das TVs, das cátedras, dos púlpitos e,
é claro, da internet. Recolhem-no à mudez compulsória, isto quando não o
extirpam logo de vez da sua corporação profissional jornalística ou
universitária.
Tantos são os casos, e tão
rotineiros, que o dom de tapar a boca alheia já se tornou, entre os chefões do
pedaço, uma espécie de direito consuetudinário contra o qual não há, em todo o
nosso sistema jurídico, defesa nem apelação possível.
Restam ao censurado os amigos,
se os tem, os quais franqueiam o seu espaço para que a voz do infeliz, como um
sussurro obsceno, chegue à parte mais ousada e destemida do público por via
indireta.
Prevaleço-me, aqui, desse
recurso informal, pois amigos, graças a Deus, não me faltam, e informo ao
distinto público que, nos últimos dias, foram bloqueados:
1) Minha página pessoal do Facebook.
2) Minha fan-page.
3) Meu acesso à “Central de Ajuda”
4) A página pessoal da minha esposa Roxane.
5) Minha conta no Twitter.
6) Minha conta no Skype.
Restaram-me os amigos e, por
enquanto, um canal no Youtube,
cujos seguidores, em vista da impossibilidade de ouvir-me por outro meio,
subiram de 80 mil para 130 mil em 24 horas, pelo que muito lhes agradeço.
Se alguém acha que todo esse
concerto de ataques à minha liberdade de expressão foi apenas um acúmulo de
curiosas coincidências, que é paranoia minha enxergar uma unidade de intenções
por trás de tão insólita convergência de ações e resultados, com certeza é
pessoa atormentada por aquelas dúvidas atrozes quanto à existência do mundo
exterior e à veracidade da aritmética elementar, dúvidas que caracterizam a
Síndrome do Piu-Piu e que nada neste mundo ou no outro pode acalmar.
Abração do
Olavo de Carvalho, 15-8-2018
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