Cristina Miranda
Quando vi um comentário às
minhas publicações durante as minhas férias na Alemanha vindo de alguém da ala
do PSD e que se desunha para provar que sou “xenófoba”, pensei imediatamente
que a melhor forma de colocar este tipo de pessoas no lugar seria escrever
sobre a minha pequena passagem pelas terras da Sra. Merkel. Mais do que um
dever cívico de testemunho real sobre o que por lá se passa, é desmistificar
este conceito tão estúpido de que, quem se pronuncia contra as migrações
descontroladas e massivas de jovens que chegam sem documentação de todo o
lado, e imposição da cultura e tradição islâmica aos ocidentais, são
“racistas”. Isto tem de acabar.
Do BE, do PCP, do PS espero
tudo. São correntes ideológicas fundadas a partir do marxismo onde a demagogia
reina desde que Karl Marx a criou. Mas dos que se dizem sociais democratas ou
de direita, espero coerência, bom senso, inteligência, capacidade de análise e objetividade
e não mais do mesmo dos nossos camaradas. Por isso, quando essa criatura me
perguntava se na Alemanha tinha encontrado e passo a citar: “um país invadido
por muçulmanos e assolado por guerras civis e violações em massa onde impera a
Sharia que nos descrevem os sites de “notícias falsas” que tanto circulam nas
redes sociais”, gelei. E eu a pensar que só os esquerdistas é que se saíam com
estas pérolas!
Vamos lá pôr os pontos nos
“is” de uma vez por todas: a Alemanha não está ainda invadida; as violações
ainda não são em massa; a sharia ainda não está legalizada. Mas isso não quer
dizer que as imagens e testemunhos reais que nos chegam de todo o lado em
vídeos amadores, são falsos. De todo. Não é por eu viver neste cantinho a norte
do céu lusitano que não existe Chelas em Lisboa, nem por ainda não ter nascido
nem visto, que não tenha havido Holocausto ou Holodomor. Vamos ser sérios.
A Alemanha que encontrei ainda
é um país ocidental. Claramente. Multicultural, mas ocidental. Muitas culturas
que convivem saudavelmente umas com as outras com base nos valores ocidentais.
Em Colónia, onde estive umas semanas, apesar da riqueza cultural, sentimo-nos
ainda em terras germânicas com uma predominância de alemães. Nitidamente. Mas
esse sentimento aumenta ainda mais quando vamos para os arredores da cidade.
Longerich por exemplo, é uma localidade simpática, sossegada, limpa, bonita,
muito segura, onde as pessoas vivem tão tranquilamente que até deixam os carros
e casas abertas. Não há registos de criminalidade naquela zona. Mas aqui
praticamente só vive alemães. Coincidência? O certo é que há zonas
na cidade que, ao contrário desta, a paisagem muda. Mais feia, mais destruída e
desleixada onde a predominância é claramente doutras culturas. Por que será?
Sempre ouvira falar dos
alemães como sendo um povo frio ficando com a ideia até, de serem antipáticos e
racistas. Nada mais falso. O povo alemão tem uma cultura e educação incríveis.
É gente trabalhadora e focada que não se mete na vida de ninguém, não faz
juízos de valor, respeita as liberdades dos outros, é civilizado, é inclusivo e
de uma simpatia contagiante. Quiçá por um passado nazista que marcou
profundamente a História, este povo é aberto e convive muito bem com as outras
culturas. Mas ao fim de algum relacionamento, e sempre com muito medo de serem
mal interpretados, sente-se o receio no ar. Fala-se por entrelinhas porque até
o governo está atento aos discursos agora conotados de “xenófobos” e ninguém
quer perder o emprego ou ser alvo de processo. Os noticiários são extremamente
breves e a informação sobre o tema é pouca. Sabemos mais nós sobre eles que eles
próprios. Nitidamente. É tabu falar de uma certa cultura. Mesmo com os
atentados (ou tentativas) ali à porta na estação central de Bonn com malas
descobertas com explosivos em 2012; mais malas com explosivos na estação
central de Colónia em 2006; em Dusseldorf o ataque frustrado com bomba em 2011
e outros com colete de explosivos em 2016; os estupros junto ao Dom em Colónia
na passagem ano em 2015 ou a prisão do terrorista que planeava um ataque
químico em Colónia em 2018. É tabu falar. São cautelosos. Relativizam.
Porque os alemães andam “amordaçados” pelas “brigadas” do politicamente correto.
Só ficamos com uma real noção
da transformação em curso quando nos deparamos com enormes manifestações
islâmicas com milhares de indivíduos de preto (elas quase tapadas por inteiro)
a desfilarem com bandeiras a exigirem sharia, como quando visitei Freiburg. Aí,
tomamos consciência da dimensão do problema. Alemanha também tem italianos,
chineses, brasileiros, espanhóis, indianos, africanos e tantas outras culturas,
mas não as vemos a manifestarem-se para impor nesse país seus costumes e
tradições. Todos vivem integrados dentro da cultura alemã. Por que será?
A questão, claramente, não é
contra a imigração. A questão real é contra o crescimento de uma cultura
invasiva que declarou através de alguns dos seus imãs (isto está devidamente documentado)
que quer a supremacia no ocidente. Ora, será isto aceitável quando nenhum
ocidental consegue impor o mesmo nos países árabes? Quem está errado nesta
história?
Ninguém está a dizer que esse
povo não tem gente boa. Pelo contrário, é sabido que maioritariamente são
pessoas de bem. No entanto não podemos ficar indiferente aos graves problemas
trazidos por uma minoria de fanáticos políticos e religiosos. Porque tal como as
algas de um rio, benéficas para o ecossistema, que se não forem controladas
expandem-se tapando a superfície impedindo a luz de atravessar, matando a vida
que lá contém e o rio morre, sem o controlo desta tentativa de islamização há
uma ameaça para a vida dos ocidentais. Curiosamente, em Colónia, um grupo de muçulmanos saiu à rua contra o terrorismo islâmico.
Queria mostrar aos alemães sua
revolta demarcando-se destas ações. Mas apesar de terem pedido o apoio da
Associação de Mesquitas no país – a DITIB -, estas negaram-se a participar.
Porquê? Não será este um claro sinal que temos de estar alertas?
Aprenda de uma vez que xenófobo
não é aquele que se insurge contra a imposição da cultura islâmica nos países
de cultura ocidental. Xenófobo é todo aquele que persegue os ocidentais para
impor a cultura islâmica no ocidente.
E este meu “amigo” travestido
do PSD é um deles.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
20-8-2018
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