Haroldo P. Barboza
Aproveitando o desgaste da
elite imperial com militares e líderes religiosos, oposicionistas (talvez
incentivados por fazendeiros) apressaram a criação da “república democrática”
brasileira em “1800 e lá vai fumaça”.
Rapidamente os fazendeiros
(donos das fortunas que alavancavam a produção nacional), se apossaram
politicamente de enormes territórios produtivos e criaram eficientes mecanismos
para que o destino de cada região (Estado) fosse conduzido por um herdeiro da
família ou um “capacho” (fácil de trocar em caso de deslizes) bem remunerado e
instruído a aprovar medidas que garantissem os lucros constantes de seus
patrocinadores. Tudo sob o manto da “legalidade” protegida pela “democracia”
(uma criança cheia de esperança) que permitia que qualquer cidadão pudesse se
candidatar a um cargo executivo ou legislativo, previamente reservado ao
“capacho” da vez ou herdeiro direto do “coronel” prestes a mudar de plano
espiritual.
Mesmo com a explosão da
industrialização que gerou grandes metrópoles desordenadas, os tais “coronéis”
mantiveram alto poder para definir os rumos de nossa economia.
Alguns “capachos” mais
ambiciosos foram se desgarrando das amarras dos patrões do “campo” e abrindo
portas (em troca de “comissões”) a estrangeiros que já percebiam o potencial
incalculável de nossos insumos (e ainda não existiam os atuais satélites que já
nos mapeiam desde o “pós Apolo IX”). Por isto a Amazônia está “alugada” às
nações mais poderosas que fincam ONGs na região para “ajudar” aos indígenas
desorientados (melhores que muitos duvidosos GPSs 4.5 K).
Portanto, após mais de um
século cercado por corruptos (caciques das dinastias políticas que chefiam os
35 “partidos-quadrilhas”) em todas as latitudes e longitudes, o povo
adequadamente mantido ignorante (até 1975 acreditava que Mandrake casaria com
Narda – agora adora o BBBB) foi elegendo os sucessores designados pelos
gestores da nação. Sempre supondo que na próxima eleição vai eleger uma
raposa de bom coração (nasceu morta) que colocará o país no rumo do interesse
popular.
Quando o povo lembra que tem
direitos pelos altos impostos que paga, as “ortoridades” que não querem perder
as mordomias “imperiais”, logo criam um factoide (renovado ou substituído a
cada três meses) ou promovem um show popular “grátis” com a “popozuda” da vez.
E depois de tantas armadilhas
nos terem ceifado diversos pedaços de nossa dignidade, as raposas sabem que
grande parte de nossos eleitores ainda acredita em meras manchetes de jornais
(até promessa de “limpar” o nome no SERASA é cultuada) e lançam diversos herdeiros
aos cargos públicos na clara intenção de continuarem mamando nas tetas
do povo desmobilizado e para garantir que as mutretas históricas continuarão
sob o podre tapete do poder cheio de remendos.
E viva as urnas-E que não
imprimem votos para conferências aleatórias pontuais futuras.
Quem acreditou nas boas
intenções do Mandrake, certamente confia na “lisura” de um equipamento
reluzente que foi rejeitado pelo Paraguai.
Será que o Mickey casará antes
com a Margarida?
Título, Imagem e Texto: Haroldo P. Barboza, Rio de Janeiro,
29-8-2018
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