quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Império “democratizado”. Quem casará primeiro?

Haroldo P. Barboza

Aproveitando o desgaste da elite imperial com militares e líderes religiosos, oposicionistas (talvez incentivados por fazendeiros) apressaram a criação da “república democrática” brasileira em “1800 e lá vai fumaça”.

Rapidamente os fazendeiros (donos das fortunas que alavancavam a produção nacional), se apossaram politicamente de enormes territórios produtivos e criaram eficientes mecanismos para que o destino de cada região (Estado) fosse conduzido por um herdeiro da família ou um “capacho” (fácil de trocar em caso de deslizes) bem remunerado e instruído a aprovar medidas que garantissem os lucros constantes de seus patrocinadores. Tudo sob o manto da “legalidade” protegida pela “democracia” (uma criança cheia de esperança) que permitia que qualquer cidadão pudesse se candidatar a um cargo executivo ou legislativo, previamente reservado ao “capacho” da vez ou herdeiro direto do “coronel” prestes a mudar de plano espiritual.

Mesmo com a explosão da industrialização que gerou grandes metrópoles desordenadas, os tais “coronéis” mantiveram alto poder para definir os rumos de nossa economia.

Alguns “capachos” mais ambiciosos foram se desgarrando das amarras dos patrões do “campo” e abrindo portas (em troca de “comissões”) a estrangeiros que já percebiam o potencial incalculável de nossos insumos (e ainda não existiam os atuais satélites que já nos mapeiam desde o “pós Apolo IX”). Por isto a Amazônia está “alugada” às nações mais poderosas que fincam ONGs na região para “ajudar” aos indígenas desorientados (melhores que muitos duvidosos GPSs 4.5 K).

Portanto, após mais de um século cercado por corruptos (caciques das dinastias políticas que chefiam os 35 “partidos-quadrilhas”) em todas as latitudes e longitudes, o povo adequadamente mantido ignorante (até 1975 acreditava que Mandrake casaria com Narda – agora adora o BBBB) foi elegendo os sucessores designados pelos gestores da nação.  Sempre supondo que na próxima eleição vai eleger uma raposa de bom coração (nasceu morta) que colocará o país no rumo do interesse popular.

Quando o povo lembra que tem direitos pelos altos impostos que paga, as “ortoridades” que não querem perder as mordomias “imperiais”, logo criam um factoide (renovado ou substituído a cada três meses) ou promovem um show popular “grátis” com a “popozuda” da vez.

E depois de tantas armadilhas nos terem ceifado diversos pedaços de nossa dignidade, as raposas sabem que grande parte de nossos eleitores ainda acredita em meras manchetes de jornais (até promessa de “limpar” o nome no SERASA é cultuada) e lançam diversos herdeiros aos cargos públicos na clara intenção de continuarem mamando nas tetas do povo desmobilizado e para garantir que as mutretas históricas continuarão sob o podre tapete do poder cheio de remendos.


E viva as urnas-E que não imprimem votos para conferências aleatórias pontuais futuras.

Quem acreditou nas boas intenções do Mandrake, certamente confia na “lisura” de um equipamento reluzente que foi rejeitado pelo Paraguai.

Será que o Mickey casará antes com a Margarida?
Título, Imagem e Texto: Haroldo P. Barboza, Rio de Janeiro, 29-8-2018

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