Thomas Woodrow Wilson (Staunton, 28 de dezembro de 1856 —
Washington, D.C., 3 de fevereiro de 1924) foi um político e acadêmico americano
que serviu como o 28º Presidente dos Estados Unidos de 1913 a 1921. Nascido na
Virgínia, ele passou os primeiros anos de sua vida em Augusta, Geórgia e em
Colúmbia, Carolina do Sul.
Wilson tinha um PhD em
ciências políticas pela Universidade Johns Hopkins, e serviu como professor e
acadêmico em várias instituições antes de ser escolhido para ser presidente da
Universidade de Princeton, uma posição que ele teve de 1902 a 1910.
Nas eleições de 1910, ele foi eleito governador de Nova Jérsei pelo Partido Democrata, servindo nesta
posição de 1911 até 1913. Ele concorreu à presidência do país nas eleições de
1912, se beneficiando da divisão do Partido Republicano, vencendo por uma
margem confortável.
Ele foi o primeiro sulista a
ser presidente da nação desde Zachary Taylor em 1848. Wilson era um dos líderes
do Movimento Progressista, encorajado com os ganhos dos Democratas em 1912,
quando ganharam controle da Casa Branca e do Congresso.
O Estado policial fascista de Wilson
Jonah Goldberg
E então veio a inevitável
repressão progressista contra as liberdades civis dos indivíduos. Os liberais
de hoje tendem a reclamar do período McCarthy como se fosse o mais escuro da
história americana após a escravidão.
É verdade: sob o macarthismo,
alguns escritores de Hollywood que haviam apoiado Stalin e mentido sobre isso
perderam seus empregos na década de 1950. Outros foram injustamente
intimidados. Mas nada do que aconteceu sob o reinado enlouquecido de Joe
McCarthy remotamente se compara ao que Wilson e seus companheiros progressistas
impuseram à América.
Sob a Lei de Espionagem de
junho de 1917 e a Lei de Sedição de maio de 1918, qualquer crítica ao governo, mesmo em sua própria casa, poderia lhe
render uma sentença de prisão (uma lei que Oliver Wendell Holmes manteve
durante anos depois da guerra, argumentando que falas desse tipo poderiam ser
proibidas se representassem um “perigo claro e presente”).
Em Wisconsin, um funcionário
do Estado pegou dois anos e meio por criticar uma campanha de levantamento de
fundos da Cruz Vermelha. Um produtor de Hollywood recebeu uma condenação de dez
anos de cadeia porque fez um filme mostrando tropas inglesas cometendo
atrocidades durante a Revolução Americana.
Um homem foi levado a julgamento por haver explicado em sua própria casa porque
ele não queria comprar os Títulos de Liberdade.
Nenhum estado policial merece
o nome se não tiver um amplo suprimento de policiais. O Departamento de Justiça
prendeu dezenas de milhares sem justa causa. O governo Wison emitiu uma
orientação para procuradores e chefes de polícia americanos dizendo: “Nenhum
inimigo alemão neste país que, até o momento, não esteve implicado em complôs
contra os interesses dos Estados Unidos precisa ter qualquer receio de ações do
Departamento de Justiça, desde que observe o seguinte aviso: Obedeça à lei,
mantenha a boca fechada”. Esta linguagem direta e grossa poderia ser perdoável,
não fosse pela definição assustadoramente ampla daquilo que o governo entendia
como um “inimigo alemão”.
O Departamento de Justiça criou
seus próprios fascisti quase
oficiais, conhecidos como a Liga Protetora Americana (American Protective
League, ou APL, na sigla em inglês). Eles receberam braçadeiras – em muitas
delas escrito “Serviço Sexreto” – e foram encarregados de ficar de olho em seus
vizinhos, colegas de trabalho e amigos. Usados como espiões privados por
promotores fanáticos em milhares de casos, recebiam amplos recursos
governamentais.
A APL tinha uma divisão de
inteligência na qual os integrantes faziam um juramento de não revelar que eram
parte da polícia secreta. Integrantes da APL liam a correspondência dos
vizinhos e ouviam seus telefonemas, com a aprovação do governo. Em Rockford,
Illinois, o exército pediu à APL para extrair confissões de soldados negros
acusados de terem assaltado mulheres brancas.
A Patrulha Vigilante Americana
(American Vigilante Patrol) da APL reprimia a “oratória sediciosa das ruas”.
Uma de suas mais importantes funções era espancar “desertores” que evitavam o
alistamento. Na cidade de Nova Iorque, em setembro de 1918, a APL deslanchou
seu maior ataque contra desertores, detendo cinquenta mil homens. Mais tarde,
provou-se que dois terços eram totalmente inocentes. Ainda assim, o
Departamento de Justiça aprovou a ação. O procurador-geral adjunto notou, com
grande satisfação, que a América nunca tinha sido policiada com tanta eficácia.
Em 1917, a APL tinha
ramificações em quase seiscentas cidades e vilas, e o número de associados era
de quase cem mil. No ano seguinte, havia ultrapassado os duzentos e cinquenta
mil.
Uma das poucas coisas desse
período que os leigos ainda retêm na memória é um vago sentimento de que
aconteceu algo ruim chamado Batidas de
Palmer – aquela série de batidas policiais inconstitucionais, aprovadas por
Wilson, contra grupos e indivíduos “subversivos”. O que em geral se ignora é
que essas batidas eram imensamente populares, sobretudo perante a base de
classe média do Partido Democrata.
O procurador-geral A. Mitchell
Palmer era um progressista esperto que derrotou a máquina republicana na
Pensilvânia depois de criar um forte vínculo com os trabalhadores. Seu plano
era cavalgar a onda de popularidade das batidas para chegar ao Salão Oval, e
talvez tivesse conseguido se não sofresse um ataque do coração que o tirou de
campo.
Também é necessário observar
que a Legião Americana nasceu em 1919 sob circunstâncias nada auspiciosas,
durante a histeria da Primeira Guerra Mundial. Embora seja hoje uma organização
admirável com uma história da qual se orgulha, não se pode ignorar o fato de
que foi fundada como uma organização essencialmente fascista. Em 1923, o
comandante nacional da Legião Americana declarou: “Se alguma vez for
necessário, a Legião Americana estará de prontidão para proteger as
instituições e os ideais de nosso país tal como os fascistas fizeram com os
destruidores que ameaçavam a Itália.” Mais tarde, FDR tentaria usar a Legião
como uma nova Liga Protetora Americana para espionar dissidentes internos e
hostilizar potenciais agentes estrangeiros.
Durante o americanismo cem por cento de Wilson, o vigilantismo era
frequentemente encorajado e raramente dissuadido. E como poderia ser de outro
modo, dadas as próprias advertências de Wilson sobre o inimigo interno? Em
1915, na terceira mensagem anual ao Congresso, ele declarou que “a mais grave
ameaça contra nossa paz e segurança nacionais tem brotado dentro de nossas
próprias fronteiras. Há cidadãos dos Estados Unidos, e eu ruborizo ao
admiti-lo, que nasceram sob outras bandeiras... que têm derramado o veneno da
deslealdade dentro das próprias artérias de nossa vida nacional; que estão
buscando trazer o desprezo à autoridade e ao bom nome de nosso governo,
destruir nossas indústrias onde quer que considerem ser eficaz para seus
propósitos vingativos, e degradar nossa política em proveito de intrigas
estrangeiras”.
Quatro anos depois, o
presidente ainda estava convencido de que talvez a maior ameaça à América
viesse de americanos “com hifens”: “Nunca é demais repetir – qualquer homem que
carregue um hífen leva consigo uma adaga e está pronto a mergulhá-la nos órgãos
vitais desta República quando quer que se apresente o momento. Se, nesta grande
disputa, eu puder pôr as mãos em qualquer homem com um hífen, saberei que terei
agarrado um inimigo da República.”
Era essa a América que Woodrow
Wilson e seus aliados bucavam.
Título e Texto: Jonah Goldberg, in “Fascismo de
esquerda – a história secreta do esquerdismo americano”, Editora Record, 2009,
páginas 131 a 133.
Enquanto Stalin matou milhões de pessoas no Gulag e Sibéria, uns degenerados idiotas uteis burgueses perderam os empregos por causa do McCarthy! Uma piada de pederastas-liberastas que nunca viram ditadura comunista!
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