sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Vinte e três dicas para a campanha eleitoral


Cesar Maia

1. O fracasso é certo quando se tenta agradar todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.

2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.

3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.

4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.

5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia.

6. Candidato que se explica, perde.

7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as peças “brancas”.

8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu.

9. Candidato tem que se comprometer.

10. Em debates perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.

11. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.

12. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha.

13. A linguagem do marketing político é a do marketing de valores e não do marketing comercial.

14. O eleitor vota racionalmente, embora com pouca informação. Ou seja: relaciona causa e efeito.

15. O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro.

16. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição.

17. Não necessariamente divulgue a agenda. Só a que interessa.

18. As pesquisas mexem com o animus de campanha. E com o financiamento.

19. Não ataque diretamente. Use “ouvi falar”, “dizem”, “soube”, ou na TV locutor ou testemunhais.

20. Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes. As agressões (gritos e palavras chulas) ofendem o eleitor.

21. Currículo não ganha eleição. O que ganha eleição é capacidade de desenvolver a campanha. É a campanha.

22. O eleitor vota pragmaticamente. Ele já sabe como usar as pesquisas. O voto útil é fundamental e já ocorre no primeiro turno.

23. Não ataque todas as candidaturas no primeiro turno. Você precisará de uma delas, pelo menos, no segundo turno.

Título e Texto: Cesar Maia, 24-8-2018 

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