sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Que extraordinário polo cultural era a Livraria Lello antes do amor tóxico dos turistas!

Helena Matos

Na linha das suas preocupações com a invasão turística o DN transcreve e comenta um artigo da revista alemã “Der Spiegel” que conclui: Amor tóxico: como os turistas estão a destruir o Porto. 

Exemplificando essa toxicidade vem esta pergunta a propósito da Lello: Fica a pergunta dos alemães: “Os habitantes locais também têm de ficar na fila e pagar cinco euros?”

Para início de conversa, comecemos por uma pergunta: quando compraram pela última vez um livro na Lello antes da invasão turística a tornar "inacessível" aos locais?
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 24-8-2018


Comentário de Maria Emilia Pedrosa:
Claro que nada nesta vida nada é isento de consequências! Mas apesar dos aspetos negativos que o turismo tem para a cidade, para já, no Porto, temos muito que agradecer! Não percebi qual o problema do turismo para a Livraria Lello.

Como é dito, a LL estava à beira da falência; lembro-me de a frequentar (raramente, diga-se!) quando era estudante, atraída pela sua beleza e pela sua alma, mais para ver do que para comprar livros, mas habitualmente mal recebida pelos que lá trabalhavam, talvez por não me reconhecerem o poder de compra necessário.

Hoje a LL está recuperada, lindíssima - ainda mais do que já era - temos filas para a visitar. Que bom! Que orgulho para mim como portuense! Que bom para os proprietários! Que bom para a economia da cidade! Outro aspeto referido é o dos aumentos dos alugueres na zona histórica.

Alguém se lembra como era antes desta explosão turística? A cair, mal frequentada, vazia, mal cheirosa, triste, podre e, no entanto, muito bela! Hoje há alegria, animação, muitos imóveis recuperados e bonitos, gente, muita gente! Enfim, eu sou das que levanto as mãos para os céus e agradeço esta dádiva do turismo! Nunca julguei poder ver a minha amada cidade, animada e feliz!

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