Valmir Azevedo Pereira
Acreditar ou não, ser ou não
ser, a favor ou contra, estas questões afloram na cabeça dos indivíduos, pelo
menos, de alguns, visto que em geral a maioria não se preocupa com nada, e vai
de preferência na onda.
Os dilemas se aplicam às
escolhas, sexuais, políticas, religiosas e ideológicas, entre outras.
Comunista, socialista, democrata, budista, sadomasoquista ou qualquer outra
questão, os indivíduos vivem, e alguns optam por uma ou mais tendências ou
simpatias.
Nesta linha de raciocínio, em
1922, quando foi fundado o então denominado "Partido Comunista do
Brasil", surgiram por aqui os primeiros admiradores do regime comunista.
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Fundação do Partido Comunista do Brasil, 22 de março de 1922. Imagem retirada daqui. |
A seguir, uma serie de
mudanças, que interessando aos seus ícones russos, levou os comunistas a
enfrentarem questões que provocaram uma, duas, varias dicotomias em suas
convicções.
Linha russa, a trotskista, a
rural, a do Fidel, a chinesa, a urbana, e surgiram, conforme as conveniências,
uma montoeira de “o melhor caminho”, que dividiram os comunas nacionais.
Contudo, a dissidência maior,
além da linha a seguir, pois uns achavam “isso” e outros “aquilo”, era a
permanente vaidade, a satisfação do ego, que predominava quando conveniente
para um individuo que se bandeava para um lado ou outro.
A proliferação de organizações
comunistas que inundaram este País demonstra como eles eram divididos, em
especial por interesses pessoais. Ou seja, desde aquela época, a sua ideologia
era o pano de fundo para ambições e interesses pessoais.
Em outras palavras, o
brasileiro é o mesmo, seja comunista, socialista, ou de outro credo, sempre
quer levar vantagem, e muda de camisa e, se for o caso, divide o seu grupo em
seu beneficio.
Hoje, encontramos esta jovem
nação comunista-socialista, mergulhada em patifarias. Os mais intelectualizados
analistas sentenciam que o PT está levando o País à bancarrota moral, que está
arrastando, propositadamente, ao fundo do poço, o legislativo e o judiciário,
pois pretende numa reviravolta, assumir o poder total.
Bom, é inegável que está em
curso uma desmoralização geral da sociedade. A promoção de dicotomias antes
inimagináveis ocorre célere, e sabemos quem promove esta esbórnia em todos os
campos – a ideologia lulo-petista. Não é marxista, não é trotskista, não é...
Nós, do alto de nossa
descrença, e conhecendo o povinho desta terra, chegamos à seguinte conclusão: o
PT de há muito abandonou qualquer resquício ideológico, afirmamos que a tal
ideologia foi esfacelada, e o que persiste de fato é o uso do instrumento, de
um disfarce para a tomada do poder.
E esqueçam-se de qualquer
base ideológica, o que transparece realmente é a maneira da cúpula do partido
adonar-se do poder.
É duro alguém de sã consciência imaginar que o
metamorfose seja praticante de qualquer ideologia (será que ele já leu algum
livro sobre o tema ideológico?), e que a sua ideologia é o seu desejo de
mando. Mas ele deitou cátedra. Esqueçam Marx, Lênin e adjacências. Em breve
erigirão uma estátua do LULA.
A turma quer mesmo é morrer
abraçada ao poder e nos seus benefícios, a tudo que os conduza ao que é do bom
e do melhor. O poder institucionalizado de mandar sem questionamentos, a
riqueza, a mordomia, e a tranqüilidade de decidir sem oposições.
Pode ser que os ingênuos ainda
vislumbrem, firmes posições e crenças ideológicas, contudo, basta olharmos a
corrupção, o amealhamento de fortunas, a maneira como eles se lambuzam no
poder, criando dicotomias para dividir, e sempre sendo beneficiados, para
perceber que o viés ideológico, existe apenas para engabelar, para enfraquecer
os falidos oponentes, pois de fato ele não existe mais.
Nem eles acreditam.
De fato, acreditamos que
exista um pensamento, uma convicção de que eles são especiais, e nós somos o
resto; eles os predestinados, que nasceram para dominar, para ditar regras como
iluminados do século XXI, e nós fomos paridos para servi-los, e basta que
eles nos alimentem com migalhas de pão e deleitem com joguinhos de futebol e
estaremos maravilhosamente satisfeitos.
O duro é que parece que eles
têm razão.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca
Azevedo Pereira, Brasília, DF, 11 de dezembro de 2011Edição: JP
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