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Ilustração: Beto Gomes |
Diego Louzada
O nosso amado Gigante da
Colina não receberá o troféu de campeão brasileiro de 2011. Com os empates no
Engenhão e Pacaembu, o título brasileiro irá para o Parque São Jorge, casa do
Corinthians. Porém, para todo vascaíno esses jogadores são muito mais que
vencedores. São heróis que nos deram um ano para nunca ser esquecido, com
momentos memoráveis e uma relação única. Hoje, após o jogo, a vontade era de
dar um gigantesco abraço em todos eles que, com honra, defenderam a nossa
camisa, e de orgulho encheram os nossos corações.
Um time que tinha tudo para
ter se acomodado após a conquista da Copa do Brasil. Aliás, como o Santos do
cracaço Neymar fez nos últimos dois anos. Começamos o campeonato com um time misto
e em momento algum deixamos de levar a sério. Quando todos pensavam que íamos
relaxar, lá estávamos na briga pela liderança.
Batemos todos os recordes
mundiais de "erros" de arbitragem, com inúmeros pênaltis não marcados
e gols anulados. Não me lembro de uma só vez que tenhamos sido ajudados. Só
contra o rival de ontem foram pênaltis não marcados nos dois turnos que, se
convertidos em gols, nos dariam o pentacampeonato nacional. Fosse outro time
qualquer com tantos prejuízos, chegaríamos no meio da tabela, mas esse time
lutou até o fim, sem nunca desanimar.
Não éramos o maior orçamento e
em momento algum fomos apontados como favoritos. Dividimos as atenções com a
Copa Sul-Americana e na base do coração avançamos até à reta final de tudo que
disputamos em 2011. Jogamos contra tudo e contra todos, vencemos todas as
dificuldades.
Vimos a consolidação de um
brilhante Dedé, a liderança e talento de Fernando Prass, Felipe e Juninho, o
despontar de jovens como Rômulo e Allan, as arrancadas de Fágner, Eder Luís e o
oportunismo de Diego Souza, Élton e Alecsandro, sem falar na garra contagiante
de Jumar.
Após o jogo de ontem, último
da temporada, o time foi aplaudidíssimo e, emocionada, a torcida cantou em
reconhecimento. A cena do capitão Fernando Prass revoltado com a arbitragem,
bufando de ódio com tantos roubos, retrata bem o que todo torcedor quer ver de
seus atletas.
Cada um deles em campo é um de
nós. Nos representam com dedicação ímpar, honrando a camisa que com amor
vestimos. Todo o reconhecimento é pouco pelo que fazem a cada dia nos treinos,
jogos e viagens. De antemão afirmo que nosso maior reforço para 2012 será a
permanência desse grupo de jogadores tão diferentes que, cada um a seu jeito,
nos deram motivos para vibrar e exaltá-los.
Obrigada também à comissão
técnica que acreditou no Clube em um momento dificílimo no início da temporada.
Obrigado Ricardo Gomes, Cristóvão Borges, Rodrigo Polleto, Gaúcho, Jorge Luiz e
todos, sem exceção, incluindo aqui também a diretoria executiva e
administrativa. Sem todos vocês, nada disso seria possível.
Quanto às provocações de
rivais, dá vontade de rir dessa gente que colecionou vexames por todo o ano,
com seu craque de R$ 1,5 milhão/mês se exibindo na webcam enquanto nosso
Reizinho de R$ 545,00 deu show de profissionalismo aos 36 anos.
O mulambo que hoje vibra com o
título do Corinthians é como aquele cara que na balada toma um toco da menina
mais linda e fica feliz ao ver um estranho ficando com a mesma. Um verdadeiro
otário, que tenta mascarar seu fracasso com a inveja de querer estar no posto
alheio.
Após o jogo vi muita gente
desfilando orgulhosa e assim tenho a certeza que será por toda a semana e
durante todo o dezembro e janeiro. As camisas do Vasco baterão recordes como
presente de Natal, e isso se deve a jogadores que entraram para nossa história
e daqui a muitos anos terão os seus feitos lembrados e contados por gerações.
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