João Bosco Leal
Durante uma cerimônia, a
presidente Dilma criticou o “tsunami monetário” provocado pela liberação de
recursos promovida pelo Banco Central Europeu que, em sua busca por solucionar
a crise financeira da Europa, despejou no mercado mundial praticamente US$ 5
trilhões, com a consequente desvalorização da moeda norte-americana, o que
estaria prejudicando outros países, principalmente aqueles em crescimento, os
emergentes, como o Brasil.
A presidente Dilma tem razão,
isso realmente prejudica as exportações brasileiras e, consequentemente, nossa
balança comercial, mas essa foi solução que os europeus encontraram para
resolver o problema deles, como todos deveriam fazer. Antes de criticar a sujeira
da casa vizinha que atrai insetos e mau cheiro, precisamos cuidar da limpeza da
nossa.
Dilma não disse que o seu
partido, o PT, há dez anos governando o país, para conseguir maior apoio
político e acomodar em empregos públicos os companheiros petistas, inflou a
estrutura administrativa do país de tal forma que hoje gasta mais com a
manutenção da máquina pública do que dispõe para investimentos necessários no
país, o que destrói qualquer possibilidade de crescimento.
Com essa política
irresponsável os governos do PT, além de nada investirem em infraestrutura,
literalmente permitiram a deterioração de tudo o que já tínhamos construído,
principalmente nos anos de governos militares, como as hidrelétricas, rodovias,
ferrovias, portos, aeroportos e redes de distribuição de energia que hoje estão
em péssimas condições ou já praticamente destruídas.
Sem recursos, seu governo
reduz as verbas orçamentárias aprovadas para a segurança, saúde e educação, mas
buscando agradar os companheiros ideológicos empresta dinheiro para Cuba, dos
irmãos Castro, aceita rever um contrato vigente com o Paraguai, triplicando o
valor pago pela energia produzida por Itaipu, que o Brasil construiu sozinho e
aceita passivamente o aumento do custo e do volume obrigatório de consumo do
gás Boliviano, extraído naquele país por poços que foram por eles expropriados
da Petrobrás.
Sem a infraestrutura
necessária para fabricar e escoar sua produção, muitas indústrias, como as
automotivas, não se instalam aqui, mas em outros países, lá gerando empregos e
riquezas. Para “incentivar” sua instalação no Brasil e proteger as já
instaladas em nosso território, seu governo optou por um aumento na taxa para a
importação de veículos. Com isso, certamente não estamos protegendo as nossas
indústrias, mas impedindo que se tornem cada vez mais competitivas e fazendo
com que, em pouco tempo estejamos novamente como dizia Collor, “fabricando
carroças”, ou nem isso, e utilizando somente veículos produzidos há décadas
como ocorre em Cuba.
Nos governos do PT os bancos
lucram bilhões em um único trimestre, especulando com as elevadas taxas de
juros vigentes no país e pagas pelo próprio governo na rolagem de suas dívidas,
enquanto o setor produtivo, que gera empregos e riquezas, não recebe estímulos
e financiamentos suficientes para investir no aumento e em novas tecnologias de
produção.
O PT está, com suas políticas
ideológicas radicais e ultrapassadas, como a de não privatizações, impedindo um
progresso maior do país e atrasando, em décadas, nosso desenvolvimento.
As atitudes adotadas por
outros países para defender sua economia são direitos soberanos seus, e não
deveriam ser criticadas por quem não faz a própria lição de casa.
Para criticar seria necessário dar o exemplo de como se faz,
profissional, ética e moralmente, mas os governos do PT estão longe de serem
exemplos em qualquer dessas áreas.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, Jornalista, escritor, articulista político e produtor rural
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