João Bosco Leal
Muito tem sido dito sobre a
chamada “Comissão da Verdade“, que teoricamente foi criada para
investigar fatos ocorridos durante um período da história do país e
responsabilizar os que cometeram excessos. O que chama a atenção é o uso
político ideológico da Comissão, uma vez que, sob a alegação de torturas
praticadas e do desaparecimento de pessoas, esta só estaria buscando conhecer
erros cometidos por um dos lados envolvidos nos conflitos ocorridos na época –
o dos militares.
Em agosto de 1979, ainda no
regime militar, o presidente João Baptista de Figueiredo promulgou a lei 6.683,
que ficou conhecida como a Lei da Anistia e em seu artigo 1º diz: “Art. 1º É
concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02
de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes
políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais,
aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos
servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder
público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário,
aos Militares e aos dirigentes e
representantes sindicais“.
Essa lei, portanto, abrangeu
todos os envolvidos, militares, terroristas, exilados políticos e fugitivos da
justiça brasileira. Foi tão ampla que muitos dos que na época participaram como
guerrilheiros atualmente ocupam vários dos mais elevados cargos públicos dos
Três Poderes Constituídos do país, inclusive o de Presidente da República, ou
buscam ter tanto poder quanto este, agindo nos bastidores.
Muitos deles, inclusive, já
tiveram diversas de suas fotos portando armas e participando de reuniões com
vários outros terroristas, que assaltaram, sequestraram, jogaram bombas e
mataram pessoas, amplamente divulgadas pela imprensa.
Contrariando totalmente a Lei
da Anistia e com a clara intenção vingança, por insistência e influência
exatamente de alguns deles, foi criada a chamada “Comissão da Verdade”, que só
investigará os erros e excessos cometidos por um dos lados: o dos militares.
Esses radicais, que pretendiam transformar o Brasil numa imensa Cuba, mesmo
passados tantos anos e vendo o fracasso total do socialismo em todos os países
onde foi implantado, continuam idolatrando criminosos como os irmãos Castro.
São pessoas que pretendiam e
continuam pretendendo instalar no país um regime político onde nenhum cidadão
tem futuro se não pertencer ao pequeno grupo dos que comandam e exploram a
população, como em Cuba, um país miserável, onde à exceção dos apadrinhados de
Fidel, todos vivem na miséria.
Por não haverem conseguido sucesso
na década de 60, elas agora querem se vingar de maneira covarde, mentirosa,
julgando só um dos lados, exatamente daqueles que patrioticamente defenderam o
país e para isso usam, como massa de manobra, jovens estudantes imbecis e mal
informados, que acreditando nessa utopia aceitam participar de ofensas e
agressões a militares idosos, que pacificamente saiam de um clube.
Que comissão é essa que não
se interessa pela Verdade? Como pode ignorar fatos e fotos amplamente
conhecidos de gente que realmente sequestrou, assaltou e matou para mudar o
regime político do país? Que não se interessa por divulgações atualmente
disponíveis inclusive na internet que mostra quem realmente foram os bandidos
da época? Ou essa comissão pretende mostrar que os militares brasileiros
deveriam ter combatido os guerrilheiros armados com afagos, carinho e os
presenteando com flores? Se querem, por motivos históricos, dar conhecimento de
toda a verdade, devemos começar por mostrar os dois lados.
Com a chamada “Comissão da
Verdade”, são exatamente os que deixaram de ser mortos pelos verdadeiros
patriotas é que buscam vingança. Se os militares tivessem realmente destruído
os guerrilheiros da época, teríamos muito menos corruptos governando hoje.
Aos que amamos e queremos
bem damos carinho, mas bandido e guerilheiro se combate com armas. Pena que no
Brasil foram muito pouco usadas.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal, jornalista, escritor e
produtor rural
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