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Ancien régime |
Já recebi vários e-mails sobre
a pretensa limpa que o presidente da França, François Hollande, teria feito em
56 dias de mandato (achei um blogue que publicou). Começa assim o e-mail:
“- Suprimiu 100% dos carros
oficiais e mandou que fossem leiloados; os rendimentos destinam-se ao Fundo da
Previdência e destina-se a ser distribuido pelas regiões com maior número de
centros urbanos com os subúrbios mais ruinosos.” (sic) Entendeu?
Tem outro parágrafo:
“- Estabeleceu um
“bónus-cultura” presidencial, um mecanismo que permite a qualquer pessoa pagar
zero de impostos se se estabelece como uma cooperativa e abrir uma livraria
independente contratando, pelo menos, dois licenciados desempregados a partir
da lista de desempregados, a fim de economizar dinheiro dos gastos públicos e
contribuir para uma contribuição mínima para o emprego e o relançamento de
novas posições sociais." (sic) Entendeu?
O e-mail que me parece ter tido origem na... "Europa", mas cuja acolhida foi espetacular nas "Américas", é um ajuntamento de desconexos, produto final de um alegrado esquerdista, ou "antiliberal", tanto faz...
A um deles, respondi assim:
Suprimiu 100% dos carros
oficiais?!
Então, não sobrou nenhum! E os
motoristas destes tantos (100%) carros oficiais?! E ele, François, passou a se deslocar de bicicleta, ou de helicóptero?
Quanto ao destino do dinheiro apurado nesse silencioso leilão não consigo opinar, tamanha é a minha extremada burrice em entender quais "as regiões com maior número de centros urbanos com os subúrbios mais ruinosos", ou será "mais ruidosos"?
Quanto ao destino do dinheiro apurado nesse silencioso leilão não consigo opinar, tamanha é a minha extremada burrice em entender quais "as regiões com maior número de centros urbanos com os subúrbios mais ruinosos", ou será "mais ruidosos"?
Pô, gente, para de repassar
essas babaquices que se pretendem contra o PT e, ao mesmo tempo, endeusam um
cara da mesma famiglia...
Aliás, o socialista François
Hollande registra índices de reprovação inéditos, para um presidente que
assumiu há 3 meses.
Abraços./-
Jim
Em casa, François Hollande começa, contudo, a ver a sua popularidade beliscada pela crise: uma sondagem publicada pelo diário “Le Figaro” mostra que 51% dos inquiridos estão descontentes com o trabalho do Presidente e que 60% consideram-no incapaz de reduzir a dívida e o défice público.
(…)
SIC Notícias:
100 nada
Os 100 dias do governo
François Hollande, presidente da França, são bem menos interessantes que os 100
dias que os antecederam. Ou seja, os 100 dias do candidato socialista François
Hollande. Por quê? Porque os 100 dias anteriores escreveram nas estrelas o que
seriam os 100 dias posteriores. Os 100 dias depois eram, enfadonhamente, um
tédio só, previsíveis. O atual governo Hollande não é nada mais que a
morosidade do que já se viu com François Mitterrand e Jacques Chirac, mas com o
seguinte agravante: a situação econômica agora é pior. Trata-se de um país que
não fecha as contas desde 1975, durante a primeira crise do petróleo. Bottom Line. Simples assim.
Antonio
Ribeiro, correspondente da Veja em Paris,
20-8-2012A imagem e legenda é de Antonio Ribeiro
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