Valmir Azevedo Pereira

Os silvícolas estupefatos
curvavam-se perante os paramentados visitantes, e era comum os morubixabas
oferecerem as suas filhas para aquecerem o leito dos mais importantes
forasteiros.
A taba em comemoração, além de fumar o
cachimbo da paz, entrava em selvagem e desabrido júbilo.
Passados os séculos, os nossos
atuais dominadores, para o brilho da folia trazem para a indiada pequenas
prendas. É tudo que a aldeia gosta.
Todos sabem (?) que em cada
carro novo comercializado o desgoverno arrecada mais de 40% de impostos,
diretamente do fabricante. Se ele custa cem mil reais, o desgoverno leva sem
fazer força mais de quarenta mil reais.
Assim, a redução do IPI e o
aumento de prazo e redução do IOF, são pequenas oferendas que podem baratear um
carro em um ou dois mil reais, e nada mais. Portanto, os escambos fazem a
alegria dos produtores e provocam o delírio dos silvícolas, que fumam a guimba
da maconha e atarantados de satisfação, rebolam a dança do tipiti.
Além disso, hoje, os
inebriados nativos chegaram ao maravilhoso mundo em que todos são presenteados
(menos os milicos), graças aos esforços do desgoverno do tudo pelo social e dos
sindicatos, que com seu peleguismo tornaram-se imbatíveis.
As reivindicações
trabalhistas, salariais e sociais pipocam de Leste ao Oeste e de Sul ao Norte e
a submissa imprensa publica notas pontuais, sem qualquer destaque mais
profundo, e as greves longas, abusivas tornaram - se corriqueiras e fazem parte
de nosso cenário diário.
Os professores, os
caminhoneiros, os metroviários a PF, e muitas outras categorias exigem e ganham
benesses, aumentos salariais e, assim caminha o Brasil, com os abonados
esbanjando felicidade.
Extasiados, ninguém se importa
com as conseqüências das greves, a dos professores, dos mestres universitários
que promovem uma batelada de malefícios, como as aulas de recuperação, a perda
de exames vestibulares, a perda das férias, as formaturas transferidas e os
sonhos desfeitos. Mas, “la nave va”.
As diversas bolsas são aumentadas, automaticamente, idem o benefício – reclusão, e a cornucópia que alimenta o voto fácil, a ganância e a corrupção é um buraco sem fundo, de onde sempre sai mais dinheiro para a súcia em geral.
Os recursos podem escassear
para a educação, para a ciência e tecnologia, para a construção de estradas,
para a melhoria dos portos, mas para trivialidades e altos salários dos três
poderes, nunca.
Portanto, apesar das pesquisas
questionáveis anunciadas pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT)
/SENSUS, conhecida entidade a serviço do petismo – lulismo, que garante uma
estupenda aceitação da atual presidente, como foi a do anterior, não podemos
estranhar, pois é frenético o oba - oba na taba.
É um mundo de euforia e
luxúria que faz o orgasmo onírico da galera.
Breve, por aclamação, para a
manutenção e a preservação de um desgoverno que nos mergulha em tantas
alegrias, o mais indicado será a entronização da atual e da presidência
anterior, com pequenos intervalos de quatro ou cinco anos entre as duas
divindades na governança do divertido povaréu.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 09 de agosto de 2012
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