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Sintra, foto: cashen0
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Alberto de Freitas
Não, não é loucura nem
nacionalismo pateta, pois trata-se de um país onde tudo é importante. Tudo e o
seu contrário. Por exemplo: não pagar impostos, mas receber do Estado.
Outra coisa, também da maior
importância, são as Instituições. Além do FCP e do SLB, há muitas mais. Como,
por exemplo, os tribunais ou os hospitais. Ah, e as Fundações, não podia
esquecer.
Enquanto um país pobre faz
contas às instituições que tem: número de hospitais, tribunais ou escolas, em
Portugal mede-se a distância que vai da instituição ao cidadão. Havendo até
casos – por comprovar, mas óbvios – de crimes passionais, porque para ir ao
tribunal tratar do divórcio, tinha que se apanhar a camioneta; ou gravidezes,
devido á falta de farmácias de proximidade, onde comprar o preservativo.
E claro, não falando nas
Juntas de Freguesia, garante de não sermos tomados pelos mouros (pelos
autênticos e não pelos existentes ao sul do Guadiana).
Por influência neoliberal
paira a ideia que temos instituições em excesso, o que é falso. Querem cortar
as escolas porque existem menos alunos. Pois é exatamente o contrário:
precisamos de mais escolas para os professores existentes. Assim como mais
hospitais, para evitar o desemprego dos enfermeiros. Em Portugal até a
criminalidade é importante para que a polícia não perca importância. E a corrupção
no Estado é importante para manter a importância do Tribunal de Contas.
E o facto de este viver tão
português andar a ser posto em causa é a demonstração que este governo é
responsável pela perda de importância do País, na medida que quer eliminar
coisas importantes. E isso de não haver dinheiro para pagar tanta coisa é
balela. Basta que os governantes de esforcem um bocadinho. Ainda nos recordamos
de ouvir, sempre que era preciso colocar dinheiro em cima, fosse no que fosse:
“O governo esforçou-se…” ou “graças ao esforço do governo”.
E nós somos importantes para
os estrangeiros que têm a mania que são importantes só porque nos emprestam
dinheiro. Se não fossemos nós, o dinheiro deles não era importante.
Daí que se conclua que nós
somos importantes, porque já nascemos assim; se os outros, também o querem ser,
pois então que paguem.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 11-8-2012
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