sábado, 11 de agosto de 2012

Portugal: o país mais importante do Mundo

Sintra, foto: cashen0
Alberto de Freitas
Não, não é loucura nem nacionalismo pateta, pois trata-se de um país onde tudo é importante. Tudo e o seu contrário. Por exemplo: não pagar impostos, mas receber do Estado.
Outra coisa, também da maior importância, são as Instituições. Além do FCP e do SLB, há muitas mais. Como, por exemplo, os tribunais ou os hospitais. Ah, e as Fundações, não podia esquecer.
Enquanto um país pobre faz contas às instituições que tem: número de hospitais, tribunais ou escolas, em Portugal mede-se a distância que vai da instituição ao cidadão. Havendo até casos – por comprovar, mas óbvios – de crimes passionais, porque para ir ao tribunal tratar do divórcio, tinha que se apanhar a camioneta; ou gravidezes, devido á falta de farmácias de proximidade, onde comprar o preservativo.
E claro, não falando nas Juntas de Freguesia, garante de não sermos tomados pelos mouros (pelos autênticos e não pelos existentes ao sul do Guadiana).
Por influência neoliberal paira a ideia que temos instituições em excesso, o que é falso. Querem cortar as escolas porque existem menos alunos. Pois é exatamente o contrário: precisamos de mais escolas para os professores existentes. Assim como mais hospitais, para evitar o desemprego dos enfermeiros. Em Portugal até a criminalidade é importante para que a polícia não perca importância. E a corrupção no Estado é importante para manter a importância do Tribunal de Contas.
E o facto de este viver tão português andar a ser posto em causa é a demonstração que este governo é responsável pela perda de importância do País, na medida que quer eliminar coisas importantes. E isso de não haver dinheiro para pagar tanta coisa é balela. Basta que os governantes de esforcem um bocadinho. Ainda nos recordamos de ouvir, sempre que era preciso colocar dinheiro em cima, fosse no que fosse: “O governo esforçou-se…” ou “graças ao esforço do governo”.
E nós somos importantes para os estrangeiros que têm a mania que são importantes só porque nos emprestam dinheiro. Se não fossemos nós, o dinheiro deles não era importante.
Daí que se conclua que nós somos importantes, porque já nascemos assim; se os outros, também o querem ser, pois então que paguem.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 11-8-2012

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