O ator brasileiro, Antônio
Fagundes, está em Lisboa para apresentar a peça Tribos, de 10 a 28 de
setembro no Teatro Tivoli.
A peça, da dramaturga inglesa, Nina Raine, estreou em 2010, em Londres, e vai agora percorrer, além de Lisboa, vários palcos nacionais. Porto, Braga, Vila Nova de Famalicão e Figueira da Foz também estão na rota do espetáculo, a partir de 3 de outubro.
A peça que agora traz a
Portugal, é mais uma colaboração com o encenador paulista Ulysses Cruz.
Antônio Fagundes falou à
revista Visão, nº 1122, de 4 a 10 de setembro de 2014.
A seguir, transcrevo as
últimas quatro perguntas do jornalista Pedro Dias de Almeida.
O Brasil vive um período eleitoral importante, e parece haver agora, de
acordo com sondagens recentes, uma possibilidade de vitória da candidata Marina
Silva. Como vê estas eleições?
Não sei se vai continuar
assim, ou se foi um reflexo emotivo, depois da morte de Eduardo Campos.
Aparentemente, ela mexeu com
os indecisos, não retirou votos à Dilma [Rousseff] nem ao Aécio [Neves]. Na
verdade, aconteceu tudo o que ela queria: a Marina Silva não tinha conseguido
registrar o partido dela, entrou como vice num partido com o qual não concorda
inteiramente, depois o titular morreu e ela ficou candidata… Teve uma sorte
assustadora.
Confesso que sinto um certo
desconforto em relação a ela, não é uma pessoa que me inspire confiança. Acho
qualquer fundamentalismo perigoso, e mais ainda se você ficar à frente de um
país com tanta diversidade. Não se pode pensar no Brasil, por exemplo, com uma
mentalidade exclusivamente ambientalista. Tem que se ter em conta o
agronegócio, porque é isso que segura a nossa balança comercial. Se uma
presidente é contra o agronegócio, como ela é, acho que logo aí há alguma coisa
de errado…
Que balanço faz dos anos de Lula e Dilma? Tem-se falado muito de uma
nova classe média. Vê isso no Brasil atual?
Seria, de facto, uma nova
classe média se ela se pudesse manter sem assistencialismo. Foi um bom primeiro
passo, mas não chega…
Foi o que Lula fez quando
entrou, e era esse o seu discurso: tirar as pessoas da miséria absoluta,
dar-lhes condições de sobrevivência para que pudessem caminhar por si. Mas a
coisa parou por aí. Se essa assistência for retirada, as pessoas voltam à pobreza.
Por isso, sinto que essa nova
classe média é fictícia, sustentada pelo Governo e o resto da população.
Sentiu-se desiludido com o poder de Lula e Dilma?
Apoiei o PT durante muitos
anos, cheguei a ser a imagem do PT.
Antes de o partido conquistar
um cargo executivo orgulhava-me de perceber que em todos os escândalos que
surgiam o PT nunca estava presente. Assinava um jornal de direita para ver como
eles arranjavam maneira de falar mal do PT e eles não conseguiam. Era uma coisa
muito bonita, um partido em que se podia acreditar, com uma postura ética, de
honestidade, integridade. E isso foi tudo por água abaixo…
Mais uma vez, o poder corrompe…
Sim, e o poder absoluto
corrompe absolutamente. Mas ao menos agora sabemos mais facilmente de tudo,
essa maior transparência é como uma vitória de Pirro do próprio PT.
Well, na minha opinião, o PT sempre foi o que é. Não mudou nada e nada mudou. O que mudou foi a percepção externa: de absoluto desconhecimento e marketing eficaz ("Era uma coisa muito bonita...") para a informação (da verdade).
Well, na minha opinião, o PT sempre foi o que é. Não mudou nada e nada mudou. O que mudou foi a percepção externa: de absoluto desconhecimento e marketing eficaz ("Era uma coisa muito bonita...") para a informação (da verdade).
Gostei muito do comentario de Ronaldo Constantino, para a revista Voto.
ResponderExcluir“Após a batalha de Ásculo contra os romanos, o rei de Épiro, Pirro, teria dado uma declaração que se tornou famosa. Ao felicitar seus generais depois de verificar as enormes baixas sofridas por seu exército, ele teria dito que com mais uma vitória daquelas estaria acabado. Desde então, a expressão "vitória de Pirro" é usada para expressar uma conquista cujo esforço tenha sido penoso demais. Uma vitória com ares de derrota.
É exatamente isso que foi a vitória de Dilma Rousseff nesta eleição. O esforço para elegê-la, especialmente por parte do presidente Lula, sacrificou tantos valores, tantos princípios”
Janda
O tempo mostra que muitas vezes , observou-se através de um caleidoscópio , onde tudo ficava distorcido. Mais à frente , meses, anos ou décadas, a experiência demonstra
ResponderExcluirque nem tudo era como se imaginava.
O brasil é uma terra maravilhosa ,mas o povo em geral pensa "pequeno" , contentando-se com o assistencialismo do governo provedor de migalhas. Pode-se perceber desde o início do novo milênio que,aos poucos,a essência Gramscista tenta ser incutida na mentalidade geral , promovendo-se uma "luta proletária" em que os bens são repartidos e as terras são de usufruto comum. No fim , o poder do Estado controlará até os pensamentos individuais da população . As nações cujos governantes megalomaníacos aplicaram o nefasto regime vivem em constantes conflitos , desabastecimento interno , povo mantido na ignorância e subjugado , pois não pode discernir . A preocupação de quem tem fome não são os escândalos do mensalão , alta do dólar ou os jogos olímpicos mas , sim , de onde virá a próxima refeição . Essas pessoas aceitam tudo o que lhes é dado porque desconhecem o valor da dignidade . E quem terá dignidade se estiver faminto? Oxalá haja grandes mudanças a partir das próximas eleições . Na falta de um líder , um grande estadista ético , probo e eficaz , há que se escolher alguém para substituir a camarilha governamental existente , cuja essência e mentalidade Gramcista tenta assolar a pátria brasileira , aos poucos, no infeliz ideal Marxista . O Altíssimo não permitirá o alastramento da metástase . Ainda não se sabe o que o futuro nos reserva do ponto-de-vista sócio-político, nem se haverá reviravolta . Do jeito que está não dá para evoluir e prosperar. Deve-se votar em alguém que transforme.
Abração.
Sidnei Oliveira
Assistido Aerus - Rio de janeiro
Lugar comum, que triste meu velho, a hipocrisia na nossa idade é muito....ineficaz...cade o melhor...viver na lua não mostra nem demonstra participação, muito menos carater.
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