sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Bilionários

José Manuel
Entre as vinte cidades do mundo com mais bilionários, São Paulo foi classificada como a sexta posição nesse ranking super exclusivo.
Está à frente, por exemplo, de cidades como Paris, Genebra, Los Angeles, Dubai, etc.

Entrada da Louis Vuitton no shopping Cidade Jardim, em SP, focado no mercado de luxo

Nada mal para uma cidade que se encontra no Brasil, país de imensos contrastes e de uma própria cidade com deficiências crônicas como habitação, saneamento, segurança e recursos hídricos, por exemplo, que a assolam neste momento.

Por falar no País, aqui também se encontram os cinco pastores evangélicos milionários, com uma fortuna estimada, segundo a revista Forbes, em um total de 1 bilhão e 500 milhões de dólares ou, como queiram, 3 bilhões e 500 milhões de reais.

Pelo visto, Jesus de Nazaré continua a render bons frutos e é um dos melhores investimentos, 2.000 anos depois.
Nada mal!, nada mal mesmo para um país carente de tudo e com a economia indo de mal a pior.

São Paulo entra na famosa lista com 36 milionários e o que mais chama a atenção nessa lista é que dentre os oitos itens estatísticos, como idade, sexo, naturalidade, diploma universitário, etc, um dos que se destaca, é aquele que relata de que nada mais, nada menos do que 53% estão envolvidos com empresas públicas, principalmente.

Ora, segundo as últimas e diárias notícias, só o prejuízo com a Petrobras em desvios pela corrupção monta a estratosféricos bilhões de dólares, e continua subindo.

Dentro do fundo de pensão Petros, em abril de 2014 foi constatado um rombo de 500 milhões de reais, e as perdas no fundo Postalis chegam a 370 milhões de reais.

Não é difícil constatar sinais externos de riqueza, em nossas ruas e céus, com o aumento cada vez maior de carros importados rodando em nossas cidades, aviões e helicópteros executivos cruzando as nossas aerovias ou as despesas de brasileiros no exterior, que até dezembro de 2014 e segundo o Banco Central chegarão a valores nunca antes imaginados ou a quantia de US$ 80 milhões, traduzindo para o nosso Real, a bagatela de 190 milhões em comprinhas e despesas pessoais.

Será que aqui existe alguma relação de causa e efeito?
Porque é extremamente interessante que as notícias sobre o assunto riqueza pessoal são cada vez mais expostas, com sinais de riqueza sendo exteriorizados, exatamente no momento econômico difícil  que o país atravessa, em que 50% das empresas estão inadimplentes, a indústria e o comércio retrocederam a níveis da década de 50, com as  associações comerciais, fazendo um prognóstico de que este natal de 2014 será o pior em décadas.

E com todo esse cenário negativo, estamos à frente de países notoriamente  ricos ou pelo menos economicamente estáveis  como China, Suíça, França e Japão?
É mágica, ilusionismo, ou ambos?
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 19-09-2014

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