segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ataques violentos X palavras violentas

Luciano Henrique

Na guerra política, o agressor geralmente prevalece. Eis um fato da vida, para o qual não há mais discussão. Mas essa regra é muito mal compreendida.

Veja exemplos de comentários que deletei em meu blog ontem:

Se eu estivesse lá tinha arrumado uma confusão porque pelo menos um murro na cara desse velho eu tinha dado.

(x) é um p* no c*, e ela é uma vadia que esfrega garrafa na x*

(y) tem mais é que levar porrada mesmo se eu ver

(j) vai levar um cacete bem dado. vai apanhar até perder a catinga de v*…

Essas são palavras violentas, mas não servem a absolutamente nada, a não ser munição para o adversário. Alias, eu deletei porque nem sei se todos são leitores ou são enviados pelo adversário – se bem que ao menos um eu sei que é leitor. Agora com o Humaniza Redes, bem podem os bolivarianos enviar infiltrados para declarar essas mensagens em nossas páginas para denunciar-nos como “praticantes de crime de ódio”.

Seja lá como for, você não deve usar palavras violentas na guerra política, mas sim ataques violentos.

Um ataque violento pode ser feito com palavras nem um pouco agressivas, como dizer “meu adversário não pára de usar discurso de ódio”. Aqui há um ataque, sem usar qualquer expressão agressiva. Ao contrário, você pode até usar “mais amor, por favor” em seguida.

Para definirmos um ataque como realmente violento, ou eficiente, ou até contundente, meça-o pelo dano causado ao seu adversário, em termos de imagem política, jamais pelo seu nível de desabafo.

Se algum bravinho descoordenado reclamar de ter sido chutado de sua comunidade, página ou coisa do tipo, você pode explicar a ele a regra contida aqui embutindo-a em perguntas complexas: “Para quê você tem tanto interesse em dar munição ao oponente? Te falta capacidade de ter metas? Você realmente não está comprometido com nossos resultados?”.

Isto ajuda na conscientização contínua de que o entendimento da guerra política é, antes de qualquer outra coisa, o entendimento de que a linguagem deve ser antes uma arma do que um empecilho enquanto estamos no combate político. 
Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 1-6-2015

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