Rui A.
O PS insiste em viver num
mundo arcaico e antigo, saído das catacumbas da primeira Revolução Industrial e
da literatura marxista do século XIX, onde o público e o estado são sinónimos
de qualidade e de excelência e o que é privado representa o vil interesse pelo
lucro e a exploração desumana do próximo. Isto está absolutamente desfasado do
mundo moderno, pelo menos do mundo moderno e civilizado, onde já há muito se compreendeu
que quem gera riqueza são as empresas privadas e os indivíduos, e que o estado,
quando muito, poderá não lhes dificultar excessivamente o percurso para gerarem
riqueza e emprego.
Só por preconceitos desta
natureza é que se pode atacar a privatização de uma empresa integralmente
falida como a TAP, que sucessivos governos, muitos deles do PS, nunca
conseguiram viabilizar e levaram à ruína com decisões políticas suicidas, que
tem um passivo descomunal do qual jamais seria capaz de recuperar sem o crescimento
do seu volume de negócios, para o que carece de ser capitalizada com dinheiro e
equipamentos vindos de um investidor. Como também é gozar com as pessoas dizer,
como tem dito António Costa, que uma empresa falida e com um passivo gigantesco
só poderá ser privatizada a 49%, o que pressupunha encontrar um imbecil que
estivesse disposto a entrar com milhões para tapar o buraco financeiro da
companhia e que depois ficasse a ver os gestores públicos nomeados pelo governo
a gastarem alegremente o seu dinheiro. Isto, como é óbvio, não existe no mundo
real, e só se o PS presumisse que o investidor da TAP continuasse a ser o
contribuinte português é que se pode adiantar uma sugestão deste quilate.
Felizmente, a União Europeia também vedaria esta solução: no mercado comum, as
empresas que não são viáveis vão à falência, ponto.
É por causa destas e de outras
parecidas com estas, por pertencerem a um mundo pré-histórico que as pessoas
sabem que já não existe, que os partidos socialistas europeus têm vindo a perder
eleitorado e muitos deles arriscam desaparecer do mapa. E o PS ou muda de
conversa ou poderá muito bem vir a seguir pelo mesmo caminho.
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 13-6-2015
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