quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Taxa de desemprego cai para 11,9% no segundo trimestre

Luís Reis Pires
É a maior queda trimestral da população desempregada desde que há registo. Emprego também aumentou. A população activa subiu em termos trimestrais, mas continua a registar quebras homólogas.



Numa altura de grande polémica em torno dos números mensais do desemprego, o Instituto Nacional de Estatística (INE) avançou hoje a estimativa para a taxa de desemprego relativa ao segundo trimestre: 11,9%, o valor mais baixo desde o final de 2010.

É uma diminuição de 1,8 pontos percentuais face aos 13,7% registados nos primeiros três meses do ano.

A população desempregada foi estimada em 620,4 mil pessoas, menos 92,5 mil do que no trimestre anterior. É a maior quebra trimestral desde, pelo menos, 1998, até onde vão os registos do INE. A segunda maior quebra aconteceu precisamente no segundo trimestre de 1998, quando recuou em 65,3 mil pessoas.

No entanto, é preciso ter atenção na altura de fazer comparações, já que em 2011 houve uma quebra de série. Ou seja, houve mudanças na metodologia e os dados entre 1998 e o final de 2010 pertencem a uma série trimestral diferente dos dados a partir do início de 2011.

O emprego também aumentou em termos trimestrais, num período que apanha já o primeiro mês do Verão - altura em que surgem os trabalhos temporários próprios da estação. A população empregada, estimada em 4.581 milhões de pessoas, aumentou 2,3% em termos trimestrais, ou seja, em 103,7 mil pessoas.

Mas mesmo olhando para a comparação homóloga - que permite descontar os efeitos da sazonalidade -, o emprego aumentou: são mais 66,2 mil pessoas face ao segundo trimestre do ano passado, ou seja, um aumento de 1,5%.

Já a população activa aumentou em termos trimestrais, mas diminuiu em termos homólogos, continuando ainda muito aquém dos valores pré-troika - algo que se explica, em boa parte, pelo aumento da emigração durante o período do programa de ajustamento.

Os números do INE dão também conta de uma quebra significativa, quer em termos trimestrais, quer em termos homólogos, da taxa de desemprego entre os jovens e da taxa de desemprego de longa duração - pessoas que estão desempregadas há pelo menos 12 meses.
Título, Imagem e Texto: Luís Reis Pires, Diário Económico, 5-8-2015
Grifos: JP

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