João Távora
A confirmação veio através de
um post do próprio Alberto Gonçalves no Facebook: “só para evitar confusões:
saí do DN por vontade da direcção”.
Custa-me a acreditar que um
jornal como o Diário de Notícias, que luta pela sobrevivência no exíguo espaço
que sobeja para a imprensa dita “tradicional”, dispense um dos mais talentosos
e populares cronistas da nossa praça. Como é que um jornal, qualquer que ele
seja, que pretenda sobreviver nestes tempos em que perdem influência, dá assim um
tiro no pé?
Em compensação agora
oferece-nos essa consagrada virtuosa da escrita que é Maria de Lurdes
Rodrigues... A sensação que fica é que os editores não se dão bem com a
pluralidade e com a irreverência, preferindo uma pena amestrada e complacente
para com a oligarquia que nos pastoreia.
Há uns meses elogiei aqui o esforço
do DN pela inclusão deste colunista que lhe conferia uma qualidade extra ao
Domingo, dia em que muita gente não dispensava a leitura dos textos ácidos e
bem-humorados do Alberto Gonçalves.
Suspeito que o DN não resista
muito tempo a tantos maus tratos. Temo pelo futuro desta velha marca centenária
do jornalismo português. Mas, pensando bem, talvez não seja grave: sobram
sempre os blogs e as redes sociais.
Título e Texto: João Távora, Corta-fitas,
4-1-2017
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