segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Sem Lula, Bolsonaro tem 26%; Ciro, 12% e Marina, 11%, diz FSB

Jair Bolsonaro segue liderando disparado, com 26%; na simulação em que o ex-presidente é incluído, o petista vem em primeiro com 37%


Guilherme Venaglia

Nova pesquisa eleitoral do instituto FSB, encomendada a pedido do banco BTG Pactual, segue mostrando o deputado Jair Bolsonaro (PSL) em primeiro lugar (26% das intenções de voto) no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja candidatura foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) cresceu, passando 8% para 12% em comparação com o levantamento anterior, da semana passada.

Marina Silva, da Rede, vem em terceiro, empatada dentro da margem de erro, com 11%. A ex-senadora caiu em relação ao último levantamento, quando aparecia com 15%. Na sequência aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) com 8%, Fernando Haddad (PT) com 6%, João Amoêdo (Novo) com 4% e Alvaro Dias (Podemos) com 3%. Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e Cabo Daciolo (Patriota) têm 1%. Os demais não alcançaram esse patamar. Brancos, nulos e indecisos são 28%.

O resultado da pesquisa espontânea, quando os eleitores não são submetidos a uma lista de candidatos, mostra uma queda da citação livre do ex-presidente Lula, que passou de 26% para 21%. Por outro lado, o petista, citado como candidato, passou de 35% para 37%.

Nessa simulação, Bolsonaro aparece com 22%, Ciro com 7%, Alckmin com 6%, Marina com 5%, Amoêdo com 4% e Alvaro Dias com 3%. Meirelles, Boulos e Daciolo seguem com 1% e os demais não pontuam. Brancos, nulos e indecisos seriam 13%.

Transferência
Segundo o levantamento, os eleitores de Lula se dividiriam, sem o ex-presidente na disputa, em três grandes grupos. Marina, Haddad e Ciro herdariam, cada um, 15% dos votos do petista. Bolsonaro e Alckmin, 8%. Alvaro, Meirelles e Boulos, 1%.

Dos eleitores do ex-presidente, 36% dizem que votariam em nulo, em branco ou em nenhum candidato caso o petista esteja fora da disputa. Nas pesquisas eleitorais registradas a partir de sábado 1º, os institutos não poderão mais incluir o nome de Lula, em virtude da decisão do TSE sobre a candidatura.

Decisão de voto
Há pouco mais de um mês para o primeiro turno, os eleitores do PT e de Bolsonaro seguem aparecendo como os mais decididos da sua opção de voto. Nos respectivos cenários, os que dizem votar em Lula e Haddad são os que mais estão convictos da sua intenção neste momento, com 83% e 77%. Esse índice é de 73% com o capitão da reserva e 67% para João Amoêdo.
Os demais candidatos que aparecem mais bem colocados ostentam resultados mais modestos. Apenas 48% dos eleitores de Ciro, 38% de Alckmin e 32% de Marina dizem que “com certeza” votarão nesses candidatos.

Rejeição
O candidato mais rejeitado, segundo o levantamento FSB/BTG, é Geraldo Alckmin. Hoje, 63% dos eleitores dizem não cogitar o voto no tucano. O índice era de 59% na semana passada e cresceu nos últimos sete dias. Marina, com 58%, Meirelles, com 55%, Ciro e Bolsonaro com 51% e Haddad com 50% aparecem na sequência. Abaixo de metade dos eleitores, entre os mais bem colocados, aparecem Lula (46%), Alvaro Dias (44%) e Amoêdo (35%).

A pesquisa do instituto FSB foi feita a partir do BTG Pactual durante o final de semana, entre os dias 1º e 2 de setembro, e ouviu 2.000 eleitores nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Essa pesquisa está registrada no TSE com o número BR-01057/2018.
Título e Texto: Guilherme Venaglia, VEJA, 3-9-2018

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2 comentários:

  1. Desde que a Operação Lava Jato começou a implicar grandes nomes da política e do empresariado um nome parece pipocar nas mais diversas fases da investigação: André Esteves. O ex-presidente do Banco BTG Pactual, que chegou a ser preso durante a operação por obstrução de justiça, mas agora está livre, atuando como sócio-sênior da empresa, é presença frequente em delações premiadas e em operações deflagradas pela Lava Jato.
    Assim como a BTG Pactual, não é diferente quando falamos de Marcelo Odebrecht. O dono da construtora Odebrecht, que está preso por corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro é um dos nomes mais conhecidos do escândalo de corrupção que abala o Brasil.

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  2. O ditado diz: Uma vez corno, sempre corno!

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