Jair Bolsonaro segue liderando disparado,
com 26%; na simulação em que o ex-presidente é incluído, o petista vem em
primeiro com 37%
Guilherme Venaglia
Nova pesquisa
eleitoral do instituto FSB, encomendada a pedido do banco BTG Pactual,
segue mostrando o deputado Jair Bolsonaro (PSL) em primeiro lugar (26% das
intenções de voto) no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), cuja candidatura foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral. O
presidenciável Ciro Gomes (PDT) cresceu, passando 8% para 12%
em comparação com o levantamento anterior, da semana passada.
Marina Silva, da Rede,
vem em terceiro, empatada dentro da margem de erro, com 11%. A ex-senadora caiu
em relação ao último levantamento, quando aparecia com 15%. Na sequência
aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) com 8%, Fernando Haddad (PT) com 6%, João
Amoêdo (Novo) com 4% e Alvaro Dias (Podemos) com 3%. Henrique Meirelles (MDB),
Guilherme Boulos (Psol) e Cabo Daciolo (Patriota) têm 1%. Os demais não
alcançaram esse patamar. Brancos, nulos e indecisos são 28%.
O resultado da pesquisa
espontânea, quando os eleitores não são submetidos a uma lista de candidatos,
mostra uma queda da citação livre do ex-presidente Lula, que passou de 26% para
21%. Por outro lado, o petista, citado como candidato, passou de 35% para 37%.
Nessa simulação, Bolsonaro
aparece com 22%, Ciro com 7%, Alckmin com 6%, Marina com 5%, Amoêdo com 4% e
Alvaro Dias com 3%. Meirelles, Boulos e Daciolo seguem com 1% e os demais não
pontuam. Brancos, nulos e indecisos seriam 13%.
Transferência
Segundo o levantamento, os
eleitores de Lula se dividiriam, sem o ex-presidente na disputa, em três
grandes grupos. Marina, Haddad e Ciro herdariam, cada um, 15% dos votos do
petista. Bolsonaro e Alckmin, 8%. Alvaro, Meirelles e Boulos, 1%.
Dos eleitores do
ex-presidente, 36% dizem que votariam em nulo, em branco ou em nenhum candidato
caso o petista esteja fora da disputa. Nas pesquisas eleitorais registradas a
partir de sábado 1º, os institutos não poderão mais incluir o nome de Lula, em
virtude da decisão do TSE sobre a candidatura.
Decisão de voto
Há pouco mais de um mês para o
primeiro turno, os eleitores do PT e de Bolsonaro seguem aparecendo como os
mais decididos da sua opção de voto. Nos respectivos cenários, os que dizem
votar em Lula e Haddad são os que mais estão convictos da sua intenção neste
momento, com 83% e 77%. Esse índice é de 73% com o capitão da reserva e 67%
para João Amoêdo.
Os demais candidatos que
aparecem mais bem colocados ostentam resultados mais modestos. Apenas 48% dos
eleitores de Ciro, 38% de Alckmin e 32% de Marina dizem que “com certeza”
votarão nesses candidatos.
Rejeição
O candidato mais
rejeitado, segundo o levantamento FSB/BTG, é Geraldo Alckmin.
Hoje, 63% dos eleitores dizem não cogitar o voto no tucano. O índice era de 59%
na semana passada e cresceu nos últimos sete dias. Marina, com 58%, Meirelles,
com 55%, Ciro e Bolsonaro com 51% e Haddad com 50% aparecem na sequência.
Abaixo de metade dos eleitores, entre os mais bem colocados, aparecem Lula
(46%), Alvaro Dias (44%) e Amoêdo (35%).
A pesquisa do instituto FSB
foi feita a partir do BTG Pactual durante o final de semana, entre os dias 1º e
2 de setembro, e ouviu 2.000 eleitores nas 27 unidades da federação. A margem
de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Essa
pesquisa está registrada no TSE com o número BR-01057/2018.
Título e Texto: Guilherme Venaglia, VEJA,
3-9-2018
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Desde que a Operação Lava Jato começou a implicar grandes nomes da política e do empresariado um nome parece pipocar nas mais diversas fases da investigação: André Esteves. O ex-presidente do Banco BTG Pactual, que chegou a ser preso durante a operação por obstrução de justiça, mas agora está livre, atuando como sócio-sênior da empresa, é presença frequente em delações premiadas e em operações deflagradas pela Lava Jato.
ResponderExcluirAssim como a BTG Pactual, não é diferente quando falamos de Marcelo Odebrecht. O dono da construtora Odebrecht, que está preso por corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro é um dos nomes mais conhecidos do escândalo de corrupção que abala o Brasil.
O ditado diz: Uma vez corno, sempre corno!
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