segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

As Cruzadas foram uma ação defensiva

A entrada dos Cruzados em Constantinopla, quadro de Eugène Ferdinand Victor Delacroix
Cristina Miranda

A contrainformação está na ordem do dia. Reescrever a História é fundamental para perpetuar mentiras que convêm aos poderosos. Criou-se a “islamofobia” (para justificar uma sociedade aberta a tudo, sem qualquer controlo nem crivo só para satisfazer uma agenda política) e com isso a perseguição a quem denuncia os abusos, os crimes, a invasão, a aglutinação de culturas que a ideologia em causa provoca nas sociedades.

Ao catalogar, silencia-se os opositores e protege-se o que não é defensável tornando a questão intocável sob pena de ser considerado racista e xenófobo. Enquanto isso, eles, os “pobres oprimidos”, esfregam as mãos de contentes, sugando nossos recursos sociais seguindo na sua missão sem constrangimentos: islamizar a Europa.

Mas como é que se pode ver “islamofobia” nos que denunciam o islão radical e não ver a “cristianofobia” existente no próprio islão? Mais: porque razão os islâmicos tolerantes não se juntam aos que lutam contra o islão radical e ajudam à denúncia e expulsão desses invasores intolerantes à cultura ocidental e outras religiões? 

Por acaso já viu alguma marcha desses muçulmanos tolerantes na Europa a demarcarem-se destes assassinos em defesa da imagem do “verdadeiro” islão?

Na verdade, a História infelizmente repete-se, mas desta vez com o consentimento de toda a Europa. Importamos o “cavalo de Troia” a troco de uns milhões de euros matando a pouco e pouco o velho continente que está a descaracterizar-se em passo acelerado.  No passado valeu-nos as Cruzadas. E agora, quem vai pôr cobro a isto?

Para aqueles que teimam em mentir sobre a origem das cruzadas, fica aqui uma cronologia de eventos desde a morte de Maomé até à proclamação da Primeira Cruzada feita por José Sousa, para refletir:

Século VII

632: Maomé morre.
633: Mesopotâmia cai face à invasão muçulmana. Segue-se a queda de todo o Império Persa.
635: Damasco cai.

638: Jerusalém é capitulada.
643: Alexandria cai terminando assim 100 anos de cultura helénica.
648: Chipre é atacado.

649: Chipre cai.
653: Rodas cai.
673: Constantinopla é atacada.

698: Todo o Norte de África é tomado pelos muçulmanos. São apagados os vestígios de cultura romana.

Século VIII
711: Hispânia é atacada. O reino visigodo colapsa.
717: Os muçulmanos atacam Constantinopla de novo e são repelidos pelo Imperador Leão III.
720: Narbona cai.

721: Saragoça cai. Avistamentos de muçulmanos na França.
732: Bordéus é atacada e as suas igrejas queimadas. Carlos Martel e o seu exército detêm os muçulmanos. Os ataques na França continuam.
734: Avinhão capturada por uma expedição muçulmana.

743: Lyon é saqueada.
759: Os árabes são expulsos de Narbona.

Século IX
800: Começam as incursões muçulmanas na península itálica. As ilhas de Ponza e Isquia são saqueadas.
813: Civitavecchia, o porto de Roma, é saqueado.
826: Creta cai perante as forças muçulmanas.

827: Os muçulmanos começam a atacar a Sicília (sul da península itálica).
837: Nápoles repele um ataque muçulmano.
838: Marselha saqueada e conquistada.

840: Bari cai.
842: Messina capturada e o estreito de Messina controlado pelos muçulmanos.
846: Os esquadrões muçulmanos chegam a Ostia, na foz do Tiber, e saqueiam Roma e a Basílica de São Pedro. Tarento, em Apúlia, é conquistado pelas forças muçulmanas.

849: O exército do Papa repele uma frota muçulmana na foz do Tiber.
853-871: A costa italiana desde Bari até Reggio Calábria é controlada pelos sarracenos. Os muçulmanos semeiam o terror no Sul de Itália.
859: Os muçulmanos tomam controlo de toda a Messina.

870: Malta capturada pelos muçulmanos. Bari reconquistada aos muçulmanos pelo Imperador Luis II.
872: O Imperador Luis II derrota uma frota sarracena em Cápua. As forças muçulmanas devastam Calábria.
878: Siracusa cai após um cerco de 9 meses.

879: O Papa João VII é obrigado a pagar aos muçulmanos um tributo anual de 25.000 mancusos (cerca de 625.000 dólares americanos modernos).
880: Os comandantes bizantinos conseguem uma vitória em Nápoles.
881-921: Os muçulmanos capturam uma fortaleza em Anzio e saqueiam as terras circundantes sem retaliações durante 40 anos.

887: Os exércitos muçulmanos tomam Hysela e Amásia, na Ásia Menor.
889 Toulon capturado.

Século X
902: As frotas muçulmanas saqueiam e destroem Demetrias, na Tesalia, Grécia central.
904: Tessalônica cai perante as forças muçulmanos.
915: Após 3 meses de bloqueio, as forças cristãs saem vitoriosas contra os sarracenos entrincheirados na sua fortaleza no norte de Nápoles.

921: Peregrinos ingleses a caminho a Roma são esmagados por uma derrocada de rochas causada pelos sarracenos nos Alpes.
934: Génova atacada pelos muçulmanos.
935: Génova conquistada.

972: Os sarracenos são finalmente expulsos de Faxineto.
976: O Califa do Egito envia novas expedições muçulmanas ao sul de Itália. O Imperador Oto II, que tinha o seu quartel general em Roma, consegue derrotar os sarracenos.

977: Sérgio, arcebispo de Damasco, é expulsado da sua sede pelos
 muçulmanos.
982: As forças do Imperador Oto II são emboscadas e derrotadas.

Século XI
1003: Os muçulmanos de Espanha saqueiam Antibes, na França.
1003-1009: Hordas de saqueadores sarracenos provenientes de bases na Sardenha saqueiam a costa italiana desde Pisa até Roma.
1005: Os muçulmanos da Espanha saqueiam Pisa.

1009: O Califa do Egito ordena a destruição do Santo Sepulcro em Jerusalém, a tumba de Jesus.
1010: Os sarracenos apoderam-se da Cosenza, no Sul da Itália.
1015: A Sardenha cai completamente em poder muçulmano.

1016: Os muçulmanos de Espanha saqueiam de novo Pisa.
1017: Frotas de Pisa e Génova dirigem-se à Sardenha e encontram os muçulmanos a crucificar cristãos e expulsam o líder muçulmano. Os sarracenos tentarão retomar a Sardenha até 1050.

1020: Os muçulmanos de Espanha saqueiam Narbona.
1095: O Imperador bizantino Aleixo I Comneno pede ao papa Urbano II ajuda contra os turcos.

1096: É proclamada a Primeira Cruzada.

Por muitas verdades alternativas que se criem, a História é imutável.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 3-12-2018

Um comentário:

  1. Cristina, o instrumento evangelizador do islamismo e do cristianismo foi o mesmo: a espada. Faltou a cronologia da conquista do mundo cristão. Veja a brutalidade e falta de escrúpulos de Vasco da Gama e seu espírito cristão. As Cruzadas não tinham caráter de defesa ou evangelização a não ser da boca pra fora, foi um movimento político e econômico predominantemente. A história é movediça, as instituições mudam, regiões islâmicas já foram mais tolerantes inclusive à ciência, enquanto regiões cristãs eram intolerantes e violentas. Hoje isso mudou. A tendencia é que o planeta inteiro se torne muçulmano, porém, não quer dizer que haja uma jihad de radicais - o contrário também não é descartado. A Europa também se 'descaracterizou' quando se cristianizou. Acredito que o mais importante seria termos religiões mais tolerantes e humanizadas, independente de qual seja. O resto é resto. Um abraço.

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