A nossa democracia está longe de ser uma
democracia de verdade pelo mal que causam aos aposentados...
Almir Papalardo
Após um período de turbulências,
vale a pena recordar, a democracia foi conquistada pelo patriotismo, bravura,
dedicação, coragem e desprendimento da sociedade. A população queria eleições
diretas, e com grandes manifestações nas ruas conseguiram o intento. Foi bom
(pelo menos de forma imaginária) para a nação e para o povo. Enfim, bom para a
governabilidade e para todas as camadas atuantes do país.
Entretanto, ficaram falhas
danosas que os nossos acomodados políticos não conseguiram sanar! Ao contrário,
faltando-lhes visão de líderes estadistas, complicaram-nas ainda mais com a
criação de estapafúrdias e pretensas soluções nefastas, postas em vigência, sem
uma profunda e responsável análise de consciência!
Aponto como falha relevante a
situação adversa dos indefesos aposentados, sem dúvida, uma classe das mais
prejudicadas por políticas esdrúxulas, injustas e indecentes. Há duas décadas
que este segmento não tem atualizações reais nos seus proventos. Só acumularam
perdas verdadeiras, que degradaram o seu poder de compra em mais de 80%! O
valor do salário mínimo cresceu. Já as aposentadorias da iniciativa privada,
por não receberem o mesmo índice de correção dado a moeda de referência,
decresceram no seu total potencial de compra!
Os segurados da Previdência
são aproximadamente trinta milhões de trabalhadores que pelo peso da idade em
sua maioria, se afastaram do mercado de trabalho, abrindo vagas para novos
ingressantes que irão participar da rotatividade do sistema previdenciário.
Cerca de dois terços de segurados do RGPS se aposentaram com o valor do salário
mínimo, que sabemos, embora tivesse um acréscimo melhorado, é ainda
insuficiente para manter um padrão de vida pelo menos razoável.
Os outros um terço, por
receberem benefícios acima do salário mínimo, são considerados os vilões
responsáveis pelo déficit que teimam em afirmar que existe nos cofres da
Previdência. Sofrem ano após ano achatamentos nas suas aposentadorias, com o
fantasma da ameaça de vê-las reduzidas a apenas ao valor do piso estipulado
pela Previdência.
Quebraram arbitrariamente as
regras de funcionamento da Previdência sem um mínimo de pudor, sem qualquer
respeito às determinações constitucionais, ignorando que se o aposentado que
recebe três, quatro, cinco salários mínimos, é em reciprocidade pelos seus 35
anos de atividade, quando contribuiu mensalmente sobre seu salário de três,
quatro, cino salários mínimos para o INSS.
São lesados duplamente na sua
missão de segurados da Previdência! Quando estiveram na ativa descontavam
valores maiores que no futuro nada valeriam e, agora, como aposentados, são
impedidos de receber o mesmo percentual de reajuste dado ao salário mínimo,
causando nos seus proventos grandes defasagens que aviltam seriamente seus
direitos adquiridos. Tudo que construíram dignamente na vida produtiva, foi
covarde e arbitrariamente derrubado!
O assunto, sabemos, é
repetitivo! Mas também é repetitiva essa deslealdade que impiedosamente nos
empurram goela abaixo. Temos Três
Poderes que administram os rumos do Brasil e que compartilham dessa cafajestada
contra os aposentados:
O Poder Executivo:
Não demonstra qualquer
interesse em fazer justiça aos aposentados. Ignora-os totalmente por
conveniência própria. É o segmento que não lhe dá o retorno esperado, tendo
como dever constitucional sustentá-lo sem nada receber em troca. Este é a
verdadeiro motivo de pularem por cima dessa classe de ex-trabalhadores, mesmo
em se tratando de cidadãos idosos e quedados! Quanta covardia!
O Poder Legislativo:
Tem competência para
solucionar este problema crucial. O Senado Federal por pressão do senador Paulo
Paim, até aprovou os seus três projetos que restituem os direitos surrupiados
destes segurados, vitimados pelo preconceito e discriminação governamental. A
Câmara dos Deputados, entretanto, contrariando a lógica, mantém tais projetos
sorrateiramente escondidos no fundo das gavetas, impedindo-os de irem as
discussões e votações plenárias!
O Poder Judiciário:
Este tem poderes para se antecipar
a estas duas Casas, quando elas não conseguem se harmonizar, embaraçando
medidas de real interesse para a sociedade e/ou classes oprimidas de
trabalhadores. Mas ainda não se dignou a socorrer os injustiçados aposentados.
E estes, coitados, permanecem nesse angustiante problema social, constrangidos
pelo desprezo que lhes é dedicado, não sabendo, quando a solução será
encontrada e, se ainda estarão vivos, já que pelo acúmulo de idade, a duração
de suas vidas, naturalmente, é muito curta... Que venha então a nova gestão do
presidente Jair Bolsonaro, a nossa viva e mais nova esperança de alforria!
Título e Texto: Almir
Papalardo, 16-12-2018
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