O trabalhador brasileiro ao término da sua
adolescência, a maioria já tendo definido a sua formação escolar, ingressa no
mercado de trabalho com mil sonhos na cabeça, almejando garantir o seu futuro.
Fica feliz e realizado por já
estar empregado, sempre em busca do seu sucesso profissional que lhe garantirá
uma excelente e prazerosa qualidade de vida.
Então, já estabilizado
economicamente, escolhe uma companheira para juntos constituírem uma família. É
um período maravilhoso da vida, casal e filhos gozando saúde e tranquilos
quanto à segurança e ao bem-estar familiar.
Nem desconfia o iludido
trabalhador que essa fase prodigiosa da vida que o Pai Supremo nos permite,
será corrompido por débeis governantes acomodados, que equivocadamente
direcionam os rumos do trabalho no Brasil.
Fica então reservado para este
cidadão, outrora feliz, um final de vida desastroso porque não é mais protegido
e, somente, visto como um trabalhador que não dá mais lucro ao governo,
obrigado a sustentá-lo sem nada receber em troca.
Começa aí o perverso
preconceito e injuriosa discriminação contra os velhos de cabelos brancos. Tudo
o que ele construiu na vida laboriosa será desmantelado. Afinal, não mais
contribui, um peso morto mesmo, merecendo ser descartado em detrimento dos
outros trabalhadores em plena atividade (?).
E porque também não dão mais
esse problema de fazer greves como os ativos e, por não serem para os governos
uma ameaça no resultado das eleições, já que a grande maioria dos aposentados,
devido ao avanço da idade, não mais exercem seu direito de votar.
Nesta colheita do aposentado
brasileiro, quanto outrora só plantava sementes viçosas, recebe agora como
trabalhador inativo, frutos murchos e degradados, não condizendo com o seu
esplêndido plantio no passado.
A semeadura foi boa, a
colheita, entretanto, lhe será nefasta. A atividade lhe foi favorável, a
inatividade ao contrário, só lhe traz prejuízos, insegurança e tortura mental.
Assim, ao contrário do que deveríamos
esperar, os últimos quatro governos federais, tornaram-se carrascos dos
aposentados, cuja sórdida intenção era nivelar no futuro todas as
aposentadorias do RGPS, em apenas um salário mínimo.
E, se hoje já não estamos
recebendo apenas o piso pago pela Previdência, invencionice matreira que passou
despercebida, devemos agradecer unicamente à intervenção da nossa fada
madrinha, a Juíza Salete Maccaloz, que peitando o governo federal nos concedeu
também o mesmo aumento dado ao salário mínimo, ou seja 147%. O governo teimava
em nos dar apenas 54% (?!?)!
Fica assim fácil constatar que
a má vontade política contra aposentados, pensionistas e aposentáveis já vem de
longa data. Acertadamente, podemos acusar os quatro últimos presidentes da
república, como os maiores algozes e principais destruidores dos indefesos
segurados:
Fernando Henrique Cardoso: Foi o presidente que implantou medidas
lesivas contra os aposentados, através de projetos de emenda à constituição,
deturpando e invertendo artigos da Carta Magna que proibia defasagens nos benefícios
previdenciários. Cortou-nos 22,39% da nossa aposentadoria, iniciando o estrupo,
ou seja, o Aposentadocídio!
Luiz Inácio Lula da Silva: Este presidente foi o mais desleal e o
mais guloso também, cortando dos nossos proventos 42,75%, dizendo que não
tirava um centavo dos aposentados, lavando as mãos por não ter sido o autor das
medidas contrárias aos aposentados. "Só cumpro as leis", dizia ele
cheio de si!
Teve ainda a insensatez e
covardia de vetar duas medidas que nos favoreceriam, um reajuste de 16,67% que
nos foi dado pelo Congresso e o fim do Fator Previdenciário. Naturalmente, deve
até hoje, se vangloriar de ter astutamente enganado os aposentados, naquela
mais pérfida e diabólica entrevista dado ao apresentador Sílvio Santos, quando,
prometeu-lhes, uma aposentadoria igual ao do aposentado europeu...
Dilma Rousseff: A sucessora de Lula, já no primeiro mandato, cortou
dos proventos dos aposentados um percentual de 8,44%! Impediu todos os aumentos
reais acima da inflação, mostrando uma habilidade incomum na arte de escapar
sorrateiramente de entendimentos diretos com as centrais de aposentados.
Vetou também o projeto
01/2008, aprovado pelos congressistas e que acabaria com este estapafúrdio,
satânico e sórdido critério de atualizar as aposentadorias dos segurados do
INSS com dois percentuais diferentes(?!)...
Michel Temer: Este presidente provisório, com apenas dois anos de
mandato, poderia ter feito o seu nome na história, aprovando a Reforma da
Previdência se tivesse tido a astúcia de corrigir automaticamente essa rasteira
dado ao aposentado, que por força das suas maiores contribuições ao INSS,
recebia um benefício acima do salário mínimo.
Não teve a visão de um
verdadeiro líder, que seria justamente restituir a degradação sofrida por estes
segurados, que já ultrapassou um inacreditável percentual de 80%! A virtude
chamada “justiça”, se encarregou de colocá-lo no seu devido lugar: o
ostracismo...
Resta-nos agora torcer para
que o novo presidente eleito, Jair Bolsonaro, iniciando um novo e mais justo
porvir para o Brasil, e conforme sua promessa à população de governar para
todos os brasileiros, ressuscite o agonizante aposentado, acabando com esta
perversa perseguição, que já perdura por duas décadas, superando o holocausto
que matou seis milhões de judeus.
Milhões e muitos outros
milhões de aposentados atingidos, entre os que ainda vivem e outros que já partiram,
com a angústia, frustração, opressão e mágoa empurradas goela abaixo!
Deus, perdoai-lhes! Eles não
sabem o que fizeram...
Título e Texto: Almir Papalardo, 11-12-2018
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