Campanha foi lançada pelo Movimento Brasil
200, criado por Flávio Rocha [foto], da Riachuelo. Luciano Hang, da Havan,
também participa
Em uma iniciativa inédita, um
grupo de empresários brasileiros lança na próxima segunda-feira uma campanha de
mobilização para gerar pelo menos 1 milhão de vagas formais no primeiro mês de
2019. Chamado de “Empregue +1 – Empresários unidos a favor do emprego”, o
movimento sugere que cada empresa, das micro às grandes companhias, abra pelo
menos uma vaga.
Gabriel Kanner, presidente do
Movimento Brasil 200, entidade que lidera o programa, diz que há 22 milhões de
CNPJs no País e, “se tivermos adesão de 5% deles, serão 1 milhão de vagas”.
Segundo ele, a ideia “é ter um impacto grande na geração de empregos já no
começo do ano”, coincidindo assim com o início do governo de Jair Bolsonaro.
“A intenção é canalizar o
momento de otimismo no Brasil, com empresários retomando investimentos, somando
tudo isso em uma campanha de mobilização”, explica Kanner. “Queremos replicar
isso para cada empresa, da grande à pequena, para que abra pelo menos um vaga,
o que certamente terá um grande impacto na economia logo de cara.”
A iniciativa tem apoio da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde ocorrerá o
lançamento da campanha no dia 17. Devem participar cerca de 250 empresários dos
setores da indústria, comércio, serviços e agronegócio de todo o País.
O Movimento Brasil 200 foi
criado no ano passado pelo dono das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha, que chegou a
lançar sua candidatura à Presidência da República, mas desistiu da disputa.
Kanner, que também pertence ao grupo, informa que a Riachuelo abrirá 300 vagas em janeiro, número que “deve crescer bastante ao longo do ano, de acordo com o número de lojas que forem abertas”.
Vagas disponíveis
Os empresários que participam
do Movimento Brasil 200 já aderiram ao programa. Um deles, Luciano Hang, dono
da rede Havan promete 5 mil novos empregos. Ela já havia anunciado em novembro
investimento de R$ 500 milhões na abertura de 20 lojas no próximo ano. Também
já se comprometeram com novas vagas os grupos Centauro e Polishop, entre
outros.
Em janeiro, o movimento
realizará campanhas em diversas mídias, como rádios, TVs, jornais e redes
sociais. As empresas colocarão as vagas formais que dispõem em um site e os
interessados poderão se inscrever nesse mesmo canal. Os números serão
acompanhados mensalmente por meio do Cadastro de Empregados e Desempregados
(Caged).
Segundo Kanner, serão
oferecidas vagas em todos os segmentos, desde manutenção e limpeza até altos
cargos, com variadas faixas salariais, todas com carteira assinada e por meio
das modalidades previstas na nova legislação trabalhista, como intermitentes e
temporárias.
“O melhor programa social para
o País é o emprego, pois é um absurdo termos 12,4 milhões de desempregados”,
afirma Kanner. O último dado divulgado pelo IBGE indicam que a taxa de
desemprego no País caiu para 11,7% no trimestre que vai até outubro, ante 12,3%
no trimestre anterior, mas ainda é considerada muito alta.
Título e Texto: Estadão Conteúdo, Exame,
11-12-2018
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