Histórico! Depois de campeão
da Europa de clubes e seleções, Portugal chega ao topo dos topos do futsal
mundial
A equipa das quinas sagrou-se, este domingo, campeã do mundo de futsal, depois de uma vitória pela margem mínima sobre a Argentina, por 2-1, em Kaunas, na Lituânia.
O campeão europeu bateu o
campeão do mundo de 2016 e conquista aquele que é, porventura, o maior feito
para a história do futsal luso.
A equipa de Jorge Braz dispôs
de dois golos de vantagem, apontados aos 15 e aos 28 minutos, mas sofreu logo a
seguir o 2-1 da autoria de Claudino e teve de sofrer a bom sofrer para segurar
a diferença mínima. A Argentina apostou tudo com o cinco para quatro nos três
minutos finais, mas não conseguiu desfeitear o quadrado defensivo luso, nem um
gigante Bebé na baliza.
Lágrimas de Ricardinho como
mote
Logo no hino, a soar a despedida, Ricardinho não conteve as lágrimas ao ouvir «A Portuguesa». Sabia que ia ser o adeus à seleção, mas ainda não sabia que com as taças na mão: leva a de campeão do mundo e ainda a de melhor jogador do torneio.
A primeira parte teve uma boa
entrada de Portugal e dois avisos de Fábio Cecílio, antes de Bebé se evidenciar
com mais uma grande exibição: negou o 1-0 a Vaporako (5m) e, quando não esteve
lá, esteve o poste a tirar o golo a Basile (7m).
Aquele que foi o primeiro
lance capital do encontro surgiu já perto do minuto 13, quando Borruto deu um murro na barriga de Ricardinho –
lance sem bola – e foi expulso depois de Jorge Braz pedir revisão do lance.
Portugal aproveitou o quatro
para três e, a sete segundos de a Argentina repor a igualdade numérica, quem
mais para marcar: Pany Varela. Recebeu de Tiago Brito, tirou Cuzzolino e Rescia
do caminho e a «bomba» do pé direito fez abanar as redes.
Ensaios antes do bis… e do
sofrimento
A Argentina entrou forte e
agressiva na segunda parte. Não é a equipa mais talentosa do mundo a jogar, mas
é um coletivo como poucos. Não é por acaso que era a atual campeã do mundo. Mas
Portugal segurou e, mais tarde, foi quem mais perigo criou, antes do 0-2 do
marcador.
Erick Mendonça assinou um
lance individual espetacular e o «chapéu» quase bateu Sarmiento – grande
exibição do guardião, eleito o melhor da posição – mas a bola foi ao ferro
(24m).
O segundo golo surgiu na
estratégia e na perícia de dois nomes grandes da seleção: Ricardinho bateu um
canto aéreo do lado direito e Pany Varela apareceu de trás a rematar de pé
direito para o fundo da baliza: Sarmiento esticou a perna, mas a bola ia
colocadíssima (28m).
Só que a Argentina mal deu
tempo para Portugal respirar e Claudino, cerca de dez segundos depois, reduziu
a diferença num grande lance individual. A partir daí, foi sofrer e defender
bem. Muito bem: Bebé foi mais do que adulto e deu o corpo à bola a Matías
Edelstein, Claudino e companhia. Alan Brandi, ex-Benfica, mostrou-se endiabrado
e arrancou várias faltas, até Portugal cometer a quinta, ainda com quase cinco
minutos por jogar. Só que a equipa de Jorge Braz não faria mais nenhuma.
Pelo meio, Portugal ainda
cheirou o golo aos 35 minutos, mas nem Cecílio nem Bruno Coelho deram
seguimento a uma boa jogada de Ricardinho.
Já nos dois últimos minutos, a
Argentina protestou uma infração de João Matos na área – a bola vai à mão do
fixo, mas ainda no ar – e, após pedida consulta das imagens, a equipa de
arbitragem decidiu nada assinalar. Num último assomo, a Argentina ainda pediu
pausa técnica, viu o 2-2 esbarrar no poste no último segundo e Portugal acabou
a fazer a festa para estar no lugar mais alto do futsal mundial.
Título e Texto: MAISFUTEBOL,
3-10-2021
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