terça-feira, 19 de outubro de 2021

"Temos de devolver o poder ao povo, à maioria, e reduzir o poder dos juízes e das minorias."

Um comentário:

  1. “Dado que o horror da Segunda Guerra Mundial foi uma realidade mais imediata para os europeus do que para os americanos, e que os que viviam nas linhas de frente da Guerra Fria se sentiam mais vulneráveis do que os que viviam do outro lado do oceano, não surpreende que tenhamos acabado por retirar duas conclusões morais muito diferentes da Segunda Guerra Mundial.
    Para os americanos, a moral era que a tirania era um mal e devia opor-se-lhe resistência; para os europeus, a moral era que a guerra em si era um mal e devia ser evitada a todo o custo.
    Esta atitude de se focarem no mal da guerra e não no mal da tirania provou ser decisiva, levando muitos membros da geração de 68 a regirem à Guerra Fria com uma postura de equivalência moral, condenando os Estados Unidos e o capitalismo ao mesmo tempo que encontravam por vezes formas de elogiar os soviéticos e suavizar a imagem do comunismo.
    Este tipo de pensamento ajudou a dar forma à filosofia orientadora da nascente União Europeia, um projeto que em grande medida, foi impulsionado pelos esforços da elite da geração de 68 e tem relativamente pouco a ver com os valores e opiniões dos europeus comuns.
    Um instrumento do establishment, pelo establishment, para o establishment, a União Europeia é a própria encarnação do politicamente correto reflexivo desse establishment, desde o seu antiamericanismo à sua antiga relutância em enfrentar as questões da imigração e da integração.
    A União Europeia encarna também a arrogante indiferença do establishment pelas opiniões dos europeus comuns: os seus organismos decisores estão perfeitamente isolados da influência da arraia-miúda – e assim em grande medida, separados das sombrias realidades do mundo pós 11 de setembro.”
    Bruce Bawer, in “Enquanto a Europa dormia”, edição Aletheia, 2010, páginas 152 e 153

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