Prefeito Paes declara apoio ao candidato que o Paes deputado queria prender
Augusto Nunes
Entre julho de 2005 e agosto de 2006, o deputado federal Eduardo Paes [foto], então filiado ao PSDB fluminense, foi um dos mais ativos integrantes da CPI do Congresso que apurou o escândalo do mensalão.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
Confira três declarações:
“É preciso investigar o
inexplicável crescimento do patrimônio dos filhos do presidente”.
“Lula sabe de tudo. A sede
da quadrilha do mensalão é o Palácio do Planalto”.
“Comprovamos o mensalão com
cópia de recibo e tudo. Como é que o Lula ainda tem coragem de negar?”
Durante a campanha eleitoral de 2008, depois de ter mendigado o apoio de Lula e implorado o perdão de Marisa Letícia por ter dito o que dissera sobre a Primeira Família, a nova versão de Eduardo Paes começou a deixar claro que vendera a alma para virar prefeito do Rio pelo PMDB. Confira cinco declarações:
“A gente tem que ter muita
calma antes de sair apontando o dedo para as pessoas”.
“Pedir desculpas pelos
erros cometidos não envergonha ninguém”.
“Reconheço que exagerei nos
trabalhos da CPI. Fiz acusações sem consistência e denúncias sem fundamento”.
“É uma honra estar ao lado
do grande governador Sérgio Cabral e do maior presidente que este país já
teve”.
“Não falo sobre o mensalão”.
Neste domingo, 10, em seu
terceiro mandato, o convertido agora homiziado no PSD resolveu miar sobre
assuntos nacionais:
“Acho que o Brasil teve uma
grande alegria de ter tido Lula como presidente da República. Aliás, a gente um
dia vai parar, a história vai parar, e vamos pensar que honra ter tido Lula
presidente do Brasil. Aproveito para revelar o meu voto. Vou votar em Lula para
presidente”, disse Paes.
O Brasil sabia faz tempo que
Paes governa de joelhos. Descobriu agora que o prefeito também aprendeu a dar
entrevistas rastejando.
Título e Texto: Augusto
Nunes, Revista Oeste, 10-7-2022, 13h32
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