Empresa chinesa compra prédio inteiro no Leblon para seus executivos

O Valor Geral de Vendas do residencial é estimado em mais de R$ 200 milhões e muda a fama da Bartolomeu Mitre, até então considerada o "patinho feio" do Leblon

A empresa chinesa State Grid, maior concessionária de energia elétrica do mundo e que, no Brasil, é dona da CPFL Energia, comprou ainda na planta um prédio inteiro de 54 apartamentos no Leblon. O residencial, que ocupa dois terrenos na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, será a casa dos executivos da empresa. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo”, embora já corresse no mercado imobiliário há meses a informação. Segundo levantamos, o imóvel fora adquirido por um incorporador, que teria tido dificuldades pra completar o projeto, deixando o terreno vazio alguns anos, com a obra inacabada, até que encontrou a compradora chinesa.

As obras do edifício foram recém-concluídas, mas ainda não há ninguém morando nos apartamentos. O VGV (Valor Geral de Vendas) do residencial é estimado pelo mercado em mais de R$ 200 milhões. O condomínio tem seis unidades por andar, com tamanhos de 100 m² e 135 m2, e seis coberturas. Algumas coberturas foram registradas pelo valor de R$ 9,76 milhões. Um apartamento de 100 m² foi registrado por R$ 2,74 milhões.

O edifício fica estrategicamente localizado a uma quadra da praia do Leblon e a uma quadra da estação Antero de Quental, facilitando a locomoção dos colaboradores até a sede da empresa, que fica próxima à estação Presidente Vargas, no Centro.

A venda do empreendimento inteiro para a State Grid impactou o valor do metro quadrado na Rua Bartolomeu Mitre, segundo especialistas da área. Para Anderson Martins, diretor regional da Sergio Castro Imóveis no Leblon, a venda ajuda a impulsionar todo o bairro: “o mito de que ninguém compraria apartamentos de primeira linha na Bartolomeu Mitre foi pro espaço. Ninguém segura os valores no Leblon, que cada vez mais é o bairro mais desejado da cidade”, finaliza o corretor.

Título e Texto: Redação, Diário do Rio, 6-10-2022