quinta-feira, 6 de abril de 2023

Look, man

Luís Naves


Alguns economistas famosos (Nouriel RoubiniPeter Schiff, entre outros) estão a fazer avisos sérios sobre a vulnerabilidade do sector bancário americano e a ameaça iminente de uma crise financeira, cujos efeitos provavelmente já estamos a sentir. O primeiro destes gurus fala em "crise de dívida estagflacionária", ou seja, forte recessão com inflação, com os países endividados em dificuldades cada vez maiores, presos num pântano de areias movediças, onde se afunda o crédito, o consumo e a economia real. 

Nesse cenário, Portugal pode ter problemas. Os pessimistas mencionam a possibilidade de repetição da crise de 2008, mas numa versão de filme de terror, e há académicos a dizer que centenas de bancos americanos estão em dificuldades. Isto surge na pior altura: no meio de um conflito político interno nos EUA, de uma guerra na Europa e de enorme tensão com a China. A crise interna é profunda (até o New York Times critica os termos da acusação a Trump, "the rule of the circus") e as dificuldades económicas prometem durar

Em 1960, a economia americana representava 40% da economia mundial; agora, a fatia é de 24%. Se houver colapso financeiro, os historiadores do futuro poderão dizer que a América tinha a hegemonia mundial e a moeda de referência do planeta e que, após uma sucessão de cinco péssimos presidentes, ocorreu um declínio rápido destas vantagens. 

Joe Biden ficará na História como o pior presidente americano, o velhinho dos gelados que perdeu a Rússia (Truman perdeu a China) e que, no plano económico, conseguiu até ser pior que Herbert Hoover.

Título e Texto: Luís Naves, Delito de Opinião, 6-4-2023

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