Ao pedir para transformar em lei o que o
TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou
várias decisões sem respaldo legal
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Constantino
Aprovado para ser votado em caráter de urgência, o PL das Fake
News será decidido na semana que vem. Ou seja, vamos descobrir em
pouco tempo, e sem o devido debate necessário, se o Brasil terá ou não censura
institucional, com direito a uma espécie de Ministério da Verdade e tudo. Os
esquerdistas saem em campo para banalizar o troço, relatado por um comunista,
como se fosse tão somente regulação normal, como se dá em países europeus. Nada
mais falso.
O projeto visa a delegar total arbítrio nas mãos da tal entidade
sob o comando do Poder Executivo. Os conceitos vagos, elásticos e subjetivos
como “fake news” ou “discurso de ódio” garantem enorme margem de manobra
aos burocratas. O histórico de aparelhamento do Estado pela esquerda deixa
claro que haverá escancarado viés na aplicação da censura.
É lamentável ver jornalistas e veículos tradicionais de comunicação defendendo abertamente essa censura no país. O grupo Globo chegou a escrever um editorial pedindo aprovação urgente do projeto, pois “acabou a hora do debate”. Jornalistas renomados como Fernando Mitre chegaram a rechaçar críticas de que teremos a censura oficial, enganando seu público ou a si mesmo. O Brasil lulista flerta com regimes ditatoriais comunistas, e esse projeto é o mais importante passo nessa direção.
A ida do ministro Alexandre de Moraes ao Congresso para entregar, sem ser convidado, as suas “sugestões” ao projeto comprova como a ingerência do STF chegou a patamares assustadores. Como muitos parlamentares possuem “rabo preso” ou temem o abuso de poder supremo, que por sua vez julga tais parlamentares por conta do foro privilegiado, a combinação explosiva leva ao ativismo nefasto que praticamente reduz o Congresso a um carimbador de leis impostas por outro Poder.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado |
Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando,
Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem
respaldo legal. É uma forma de apagar rastros e normalizar o absurdo vigente.
Não podemos esquecer que a ministra Carmén Lúcia condenou a censura, e mesmo
assim votou a favor dela “temporariamente”. O sistema se uniu para se livrar de
Bolsonaro e criminalizar a direita.
São cúmplices desse projeto
nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora
se calam diante do avanço da censura
Os “atos golpistas” de 8 de janeiro caíram como uma luva para
esse projeto. Daí a desconfiança de muitos sobre o papel lulista nisso tudo,
ainda mais quando imagens suspeitas são vazadas com a presença do companheiro
de longa data de Lula, “sombra” do presidente, o general chefe do GSI, e também
jornalista que prepara toda a cena junto ao “terrorista” e ainda checa com ele
para ver se a filmagem está a contento. O Poder Judiciário e o Poder Executivo
estão de mãos dadas para banir de vez os conservadores da vida pública no
Brasil.
Criaram a “culpa coletiva”, o que é típico de regime comunista.
Diz o editorial da Gazeta do Povo: “Não há defesa
possível do Estado Democrático de Direito quando se nega a cidadãos brasileiros
o direito à ampla defesa, quando se aceita um trabalho preguiçoso de acusação,
incapaz de demonstrar o que cada denunciado fez de concreto e os motivos reais
que justificariam seu julgamento. Compactuar com isso é aceitar que, em nome de
uma suposta defesa da democracia, se parta para o arbítrio escancarado e para a
tirania judicial”.
A decisão de retirar o Telegram do Brasil sob o pretexto de
crimes nazistas ou envolvendo crianças é uma pequena amostra do que vem por aí.
Não é preciso provar mais nada: basta criar a narrativa e banir toda uma rede
social do país. Como elas são as praças públicas da era moderna, isso é análogo
ao Estado jogar uma bomba numa das praças porque alegou estar ali um perigoso
criminoso. Seria como jogar um míssil numa favela para pegar o traficante. Esse
governo demonstra total falta de apreço pelas liberdades.
Nada novo aqui, convenhamos. Como escreveu Alexandre Garcia:
“Está na cara que o projeto pretende fazer censura, e este é um perigo muito
grande. Se olharmos de onde são os 238 deputados que aprovaram a urgência do
projeto — ou seja, para ir logo ao plenário, sem passar por comissões, embora
ainda tenha de ir ao Senado se for aprovado na Câmara —, vemos que as bancadas
do PT, do PCdoB, do PSol e da Rede votaram em peso pela urgência. São partidos
de esquerda, e a natureza da esquerda é totalitária, é a censura. Ninguém diz
que não há censura na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua, na China, que não havia
na União Soviética, na Albânia… Regimes de esquerda, totalitários, exigem
censura”.
A esquerda radical sempre precisou da censura para calar seus
críticos, já que na base da persuasão é incapaz de levar adiante seu projeto
comunista. E ninguém pode ter dúvidas do que está em jogo aqui: é censura sim,
e parte fundamental do projeto totalitário de poder da esquerda. Não por acaso,
o Brasil lulista virou um pária internacional em apenas três meses, ao atacar
os Estados Unidos, a Ucrânia e a ONU, enquanto sai em defesa de tiranias como
China, Rússia, Venezuela, Cuba e Nicarágua.
São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o
L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura.
Muitos se venderam, outros devem ter sido chantageados, alguns são mesmo
alienados. Mas fica cada vez mais insustentável bancar o indiferente diante do
que se passa no Brasil. Como disse o deputado Marcel van Hattem, ou gritamos
agora, ou corremos o risco de nos calarem para sempre.
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Revista Oeste, nº 162,
28-4-2023
Golpe em câmera lenta
Com CPMI, o barco de Lula está afundando
"Este vídeo é o retrato perfeito do atual estado do país [Portugal]. Mostra as três primeiras figuras do Estado na sua verdadeira essência."
"Deputados podem mudar voto sobre Lei da Censura", diz Marcel Van Hattem
Ditadura a caminho
Brasil consolidando a Ditadura!
Calando o povo
Num pais de homens sem brio e vergonha, num pais falido e no buraco sem fundo d a banca rota pode se esperar o que?
ResponderExcluirEdna Sanpaio