Um dos principais opositores da Lei da
Censura no Congresso Nacional conversou comigo, explicando como está a situação
do projeto no Parlamento
Leandro Ruschel
Ontem tive o privilégio de
conversar com um dos opositores da Lei da Censura no Congresso Nacional, o
cientista político, jornalista e Deputado federal pelo Rio Grande do Sul,
Marcel Van Hattem.
Numa conversa que durou cerca
de 40 minutos, pude tirar algumas dúvidas sobre o projeto na Câmara que busca
CENSURAR os cidadãos e colocar em risco um de nossos direitos mais básicos
dentro de uma democracia: a liberdade de expressão.
Perguntado qual a sua
percepção sobre o projeto que busca censurar o livre discurso no Brasil, o
Deputado respondeu:
“[…] é o momento mais
delicado que estamos vivendo desde a Constituição de 88 […] em relação à
liberdade de expressão […] não só no legislativo […] mas também no judiciário,
com estas perseguições politicas que estamos vendo dia após dia e que não
parecem ter fim.”
Sobre o aparente esforço de
Arthur Lira para aprovar o chamado “PL das Fake News”, o Deputado foi
perguntado sobre sua visão em relação à iniciativa governista por parte do
presidente da Câmara:
“Não houve só um esforço. O
presidente Arthur Lira está patrocinando o projeto. É um projeto que para ele é
fundamental. Os motivos que fazem este projeto ser fundamental para ele são
vários; alguns conhecidos, outros nunca viremos a saber - mas um deles é a
pressão do Supremo Tribunal Federal”.
Levantada a dúvida se há alguma esperança da oposição conseguir barrar a aprovação do projeto conseguindo reverter votos, Van Hattem respondeu:
“[…] a minha expectativa é
que alguns destes votos sejam revertidos dentro da bancada do Republicanos -
que se vendeu como a única bancada conservadora na última eleição. […] Eu
espero que haja uma decisão mais disseminada, eu diria, entre diferentes
líderes para puxar as pessoas para voltarem às ruas antes da discussão deste
projeto. […] Ou a gente fala agora, ou se passar isso daí, não falaremos nunca
mais.”
Perguntado sobre qual sua
percepção sobre a CPMI do 08 de janeiro - já que a ocasião, inclusive, foi uma
das justificativas usadas pela esquerda para dar pretexto à perseguição
intensificada aos seus opositores - respondeu:
“A divulgação (das imagens
da invasão) foi muito negativa para o governo. […] Tudo leva a crer que, além
disso, houve facilitação por parte do governo; omissão, até mesmo contribuição
no sentido de as imagens demonstrarem que policiais chegaram a oferecer água,
outros deixaram com que um manifestante passasse com um extintor de incêndio
sem ser detido naquele momento. […] A minha percepção é que haverá um
equilíbrio na CPMI. Vai ter uma representação muito parecida de oposição e
governo, e um centro que vai ser o final da balança.”
Para finalizar a entrevista
que durou mais de meia hora, o Deputado finalizou deixando claro:
“Eu espero que este governo
termine logo. A gente tá trabalhando para isso. Acho que depende de povo na
rua. A gente vai precisar ir para a rua, e com força. E espero que este
impeachment saia logo”.
A entrevista completa está disponível em meu canal no YouTube. Compartilhe:
Título e Texto: Leandro
Ruschel, Substack,
27-4-2023
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