Paulo Hasse Paixão
Como o ContraCultura tem reportado, o aparelho universitário é hoje um infecto pântano de condicionamento ideológico, comportamento censório, miséria académica e corrupção dos cânones ocidentais relativos ao ensino superior. Exemplos não faltam da degeneração destas instituições, mas talvez os dois casos com maior impacto na opinião pública são os de Bret Weinstein [foto] na Universidade de Evergreen e de Lindsay Shepperd na Wilfred Laurier.
Bret Weinstein e o
escândalo Evergreen
A Universidade de Evergreen,
no estado de Washington, tinha até há bem pouco tempo um curioso costume: todos
os anos atribuía um dia de folga aos alunos negros, para que a sua presença,
funcionalidade e protagonismo social fosse bem notada. Esta ideia, já de si
controversa e doentia, recolhia porém grande unanimidade no campus.
Um dia, porém, alguém achou
que era boa ideia inverter a lógica e substituir este mecanismo por um ainda
mais draconiano: institucionalizar um dia por ano em que os alunos brancos não
pudessem frequentar a faculdade.
Bret Weinstein e a sua mulher,
ambos professores da Evergreen, denunciaram este esquema ofensivo e
profundamente rascista. A denúncia foi, pois claro, imediatamente qualificada
como um produto xenófobo, da extrema direita supremacista.
Bret, um biólogo de elite com
importantíssimo trabalho publicado (descobriu por exemplo que os ratos usados
nos laboratórios das indústrias farmacêuticas americanas apresentam defesas
genéticas contra as doenças que invalidam a credibilidade dos testes
realizados), acabou por conseguir ganhar a batalha mediática (e jurídica
também), depois de ultrapassar ofensas em massa, ameaças à sua carreira, ao seu
bom nome e à sua integridade física, entre outras torturas sociais do género
pidesco, e passou meteoricamente do anonimato a figura de proa da Intellectual
Dark Web, a rede de pensadores livres que comunicam através das redes
sociais para os milhões de pessoas que estão muito fartas, muito cansadas, da
cartilha ideológica dos mainstream convencionais.
Eis o episódio obsceno,
contado por Weinstein. Os primeiros minutos são logo muito elucidativos sobre a
arrepiante estratégia leninista da esquerda radical no Ocidente.
(…)
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