sexta-feira, 21 de abril de 2023

[Aparecido rasga o verbo] Palavras à juventude

Aparecido Raimundo de Souza 

OS GRITOS DE REBELDIAS e de clamores em uníssonos que frequentemente lançam aos quatro cantos do planeta os nossos jovens, obviamente necessitam de respostas firmes, rápidas, claras e imediatas. Aliás, exigem palavras de força e poder, energia e vigor, palavras de ordem, como as repetidas trocentas vezes num mantra, que os coloquem nos caminhos da realidade e lhes mostrem, com toda clareza possível, que não podem haver soluções para as questões individuais e sociais, enquanto os homens não começarem por conhecerem melhor as prerrogativas que lhes deparam as ativações conscientes de seus mecanismos psico-espirituais. 

Todos, indistintamente, se rebelam, se indisciplinam, se amotinam e se atumultuam frente a sistemas pedagógicos ensaiados e sem êxito. Em outras palavras: capengas e obsoletos, pernetas e manquitolas. Reclamam, e com razão, uma preparação integral para a vida e sabemos, têm direitos a ela. Os vazios e superficiais, as lacunas frívolas das inexperiências, imprescindivelmente carecem ser supridas e adjudicadas, fornidas e abastecidas com o conhecimento de fatores básicos que desenvolvam um critério lógico e próprio, e, que ao mesmo tempo, lhes permitam resolver humana e condignamente os entraves e aperturas, os constrangimentos e os empachos diários, e ainda, lhes facultem formar, com o mínimo de lucidez e acerto, um destino verdadeiramente promissor e venturoso. Tipo um porvir sem falhas ou meios termos. 

Essas gerações que aí estão e a cada dia vemos sair à luta por seus ideais, esperam encontrar no amanhã a base sólida para suas reivindicações mais prementes. Imprescindem de um esteio, bem ainda de mãos firmes que as guiem pelas vias da superação individual. Isso as impulsionarão a olharem, via do sucesso pleno, para o futuro, eis que levam no sangue o mandado da constante “Renovação”, incumbência que não só atingirá o progresso material, como também o espiritual, baluartes dignos dos fortes que, insatisfeitos por viverem em um mundo convulsionado por interesses mesquinhos e subalternos, pugnam por uma vida melhor e menos degradante. 

Os nossos jovens carecem, portanto, de estímulos nobres e raciocínios fecundos a respeito de suas condutas e perspectivas pósteras. Urge, sem mais delongas, se instruírem a respeito do conteúdo informativo das perícias e práticas da vida cotidiana, base fundamental do comportamento humano e social. Não será evidentemente pelo trilhar do descontrole e dos desacertos, das desarmonias e heterodoxias que acharão as soluções das questões intrínsecas que os oprimem e perturbam. Necessitamos, pois, encarregarmos as linhagens (ou as descendências de hoje), os herdeiros de proles vindouras, no tocante a avançarem até as altas regiões dos entendimentos, ou via igual, às explicações dos mais escondidos dos mistérios para as realizações plenas de seus espíritos. 

Quando todas as coisas trazidas acima forem inquestionáveis, certamente diminuirão de maneira drástica, as distâncias para alcançarem o equilíbrio existente entre os grandes avanços científicos e técnicos e os que concernem à natural essência do ser pensante. Por tudo o que foi trazido à baila, legar aos moços uma capacitação integral é lhes assegurar uma existência digna e nobre, correta e honrosa, vitoriosa e benemérita. Com esses e outros privilégios poderão se considerar donos e senhores dos seus reinados. Ninguém ousará violentar ou macular a felicidade conquistada. E ao chegarem à idade madura, suas integridades serão invioláveis e invulneráveis. 

Essa é a mensagem que dirigimos a todos os jovens desse Brasil sem fronteiras (apesar dos cânceres malignos, de políticos sujos e desonestos, de uma justiça cagalhona, estuprada a todo instante em elegantes cadeiras encontradas em pardieiros como o STF, de um chefe de governo imbecilizado e asqueroso, em suma, tudo somado a outras mil e uma “mumunhas”, insistirem, à olhos vistos, em levá-lo, de vez, para um buraco sem volta), para que percebam os efeitos nocivos e amargos das horas ásperas e aflitivas em que vivemos. A esses, brabos e bravos, convido a se unirem no propósito único da reconstrução que nos alimenta. Estamos ainda, a bem da verdade, no tempo de dar o suntuoso exemplo. Por epítome, anunciarmos, entre vivas, aos quatro cantos do mundo, que nas entranhas do nosso coração, da nossa alma, do nosso ser, a América está gestando o futuro venerável da humanidade. Aliás, de TODA A HUMANIDADE. 

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Sertãozinho, interior de São Paulo. 21-4-2023

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