Telmo Azevedo Fernandes
A conversa sobre a dissolução
da assembleia da república ou da demissão do atual governo é deprimente.
É certo que António Costa
lidera um farrapo pestilento de peões que são úteis à sua sobrevivência
política e a que chama de ministros. Estes homúnculos, como se sabe, prestam-se
à sabujice ao caudilho porque não têm maneira de assegurar de forma autónoma e
decente a sua existência senão pela outorga de Costa.
Também é evidente que António
Costa nem uma política socialista coerente tem, o que já de si seria um
descalabro para os Portugueses acelerando a vertigem da sociedade para a
pobreza e a indigência.
Mas o mais humilhante e vexatório é o poder de convocar eleições ou de obrigar à recomposição do executivo estar hoje nas mãos do mais tratante, egomaníaco, leviano e oco presidente da república que Portugal já teve.
Marcelo Rebelo de Sousa avacalhou por completo as funções e credibilidade que era no passado, apesar de tudo, atribuída à Presidência da República. Além de perverter com frequência o mínimo que seria exigível em termos de respeito pelo Estado de Direito e o núcleo basilar constitucional de defesa da liberdade e direitos dos cidadãos, o incontinente comentador pimba de Cascais tem ao longo dos seus mandatos contribuído ativa e conscientemente para a degradação do nosso sistema ex-democrático, promovendo padrões de cultura ética próprios de Estados falhados, e fomentando uma exigência de escrutínio público e político tão eficaz quanto a de um cachaceiro numa campanha antialcoolismo.
Acalentar a esperança de que a
intervenção de Marcelo possa colocar os nossos dirigentes políticos numa rota
de decência ou que Rebelo de Sousa possa minimizar a rebaldaria do PS e
usucapião que este partido tem feito ao país é uma ilusão. Ter essa expectativa
é cavar mais fundo o buraco em que estamos a cair.
A única forma de Portugal ser
um país e não uma chalaça é não ter um pingo de respeito pelos personagens que
nos querem pastorear.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 12-4-2023
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