Escrito por Nigel Warburton, em
2009; editado por gradiva, junho de 2015 (primeira edição).
"Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo". Esta afirmação, atribuída a Voltaire, é frequentemente citada pelos defensores da liberdade de expressão. No entanto, é raro encontrar alguém preparado para defender todas as expressões em todas as circunstâncias, especialmente se as opiniões expressas incitam à violência. Então, onde estão os limites? Qual é o real valor da liberdade de expressão?
Aqui, Nigel Warburton
oferece um guia conciso para questões importantes que a sociedade moderna
enfrenta sobre o valor e os limites da liberdade de expressão: onde uma
sociedade civilizada deve estabelecer limites? Devemos ser livres para ofender
a religião de outras pessoas? Existem bons motivos para censurar a pornografia?
A Internet mudou tudo? Esta breve introdução é um exame instigante, acessível e
atualizado da suposição liberal de que vale a pena preservar a liberdade de
expressão a qualquer custo.
Apesar da sua pequena dimensão, este
livro consegue apresentar de forma viva as principais questões acerca da
liberdade de expressão, não só por nos fornecer o necessário enquadramento
filosófico da discussão e suas implicações, como pelo impacto dos exemplos
discutidos, que o autor foi buscar à legislação de diferentes países, aos seus
tribunais, aos debates políticos, aos palcos de espetáculos, às galerias de
arte, à imprensa, à televisão e até à
internet.
É uma leitura fundamental para
educadores, jornalistas, juristas, decisores políticos, artistas, agentes
publicitários e de comunicação, além de todos os que procuram ter uma opinião
fundamentada sobre um assunto tão central para a vida em sociedade.
Editora
De Nigel Waburton, Liberdade de expressão: uma breve introdução (Lisboa: Gradiva, 2015) faz jus ao título: é breve e apresenta a gama de problemas que a liberdade de expressão levanta – da liberdade de opinião e de imprensa às manifestações artísticas iconoclastas, da pornografia à circulação de todo o tipo de informação na internet.
Esta breve introdução, escrita por um
ex-acadêmico para um público anglo-saxónico, expõe pedagogicamente o problema
principal da liberdade de expressão: a sua relação com a política. Nunca é demais
frisar este ponto: a liberdade de expressão entende-se primeiramente como
liberdade da opinião pública, isto é, poder dizer o que se pensa sobre o que a
todos diz respeito. Como princípio geral, a liberdade de expressão não levanta
problemas nas democracias. Claro que mesmo nestas sociedades há conflitos de
princípios – basta pensar na divulgação de certas
informações que possam pôr em causa a segurança nacional. A dificuldade reside
na delimitação das exceções e, se for caso disso, na sua institucionalização.
Em abstrato, muitos cidadãos de regimes democráticos estariam de acordo quanto
à necessidade de proteger informações militarmente sensíveis, mas é muito
provável que o seu número diminuísse se fosse criada uma instituição de censura
prévia para esse efeito.
(...)
João Tiago Proença, Conselho
da União Europeia, Comunicação pública, 2016
👍
Anteriores:La guerre secrète contre les peuples
Houellebecq/Onfray: La Rencontre
Contra a Democracia
[Livros & Leituras] Próximas leituras
Crônica de África
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-