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Foto: AD |
Valmir Azevedo Pereira
Impossível não falar das
“Marchas Contra a Corrupção”, que no dia 7 de setembro e, agora, no dia da
Padroeira do Brasil e também dia da criançada tomaram conta de importantes
avenidas e ruas de diversas cidades do País, convocadas pela internet que, assim,
evidencia o seu formidável poder de mobilização.
É uma pequena chama,
considerando-se uma população de muitos milhões, mas é abrasivo o suficiente
para esquentar os ouvidos dos crápulas e atiçar o bando de revoltados, que
ainda persiste acomodado sem coragem de reclamar.
Ao contrário das Marchas
realizadas no dia 7 de setembro, estas, sem perderem a sua palavra de ordem de
“Marcha Contra a Corrupção”, são mais incisivas.
Elas bradam pela efetiva
aplicação da Lei da Ficha Limpa, reverberam contra o escandaloso voto secreto,
esbravejam contra a propaganda eleitoral que poderá ser paga com o dinheiro público
e outras centenas de reivindicações pertinentes, pois, nitidamente, seus alvos
são as mazelas elaboradas para abusar da população e para conceder aos seus
representantes uma pletora de benesses imperdoáveis.
E tudo, apenas graças ao
incentivo de uns tantos corajosos que se atreveram a convocar a revolta
necessária contra alguns abusos flagrantes do poder.
E não faltam motivos para unir
estas parcelas da população que se sentem vilipendiadas nos seus direitos e
enganadas sob o império de leis impingidas em benefício de minorias e ou de
grupos.
Sim, parece que há um pouco de
vida inteligente abaixo da linha do Equador.
Alvissaras aos seus
idealizadores, aos que não compareceram aos desfiles das paradas gays, não se
juntaram às centenas de greves que proliferam neste País, aos que não votam no
BBB,
Hoje, as Marchas são
pacíficas. As massas humanas que as compõem exigem honestidade, correção,
lisura, respeito. Os manifestantes trazem dentro de si a revolta dos
conscientes, dos que acompanham a grande lixeira que a Nação está se
transformando.
Não clamam por nenhum nome,
por nenhum partido, por nenhuma ONG, por nenhum credo, raça ou cor, querem a
volta dos valores, da cidadania, a volta da meritocracia e, claramente,
demonstram que não suportam a impunidade, a corrupção.
Que fiquem atentos os crápulas
e os desonestos de plantão, as Marchas, hoje são tranquilas, passeios pacíficos
de indignados; mas acreditem os patifes, os manifestantes poderão transformar -
se num incontrolável conjunto de revoltosos, caso não percebam nenhuma atitude
das autoridades para atender aos seus justos reclamos.
Salvo melhor juízo, estamos
começando a escutar o grito da maioria, que é tímido no seu início, titubeante
nos seus primeiros passos, mas que se consolida, engrandece, fortalece e
levará, no futuro, aos trambolhões, para a rua da amargura toda a canalhice que
se instalou nos três Poderes.
Quem viver verá.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 12 de outubro de 2011.
Edição: JP
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