Pegando carona nos brilhantes
artigos de Almir Papalardo e Odoaldo Vasconcelos Passos em defesa de nossas aposentadorias, venho trazer meus
próprios números em Reais para mostrar realisticamente o quanto somos garfados:
contribuí para a Previdência Social durante 37 anos sempre através da mesma
empresa, VARIG. Durante algum tempo pelo máximo de 20 salários mínimos que
depois baixou para 10 salários. Ao me aposentar, o cálculo da Previdência foi
de que eu teria direito a 6,7 salários. Achei pouco, mas como eu tinha o AERUS,
resolvi colaborar com o Instituto e deixei para lá (doce ilusão). Hoje, se eu
recebesse os 6,7 salários que eu tenho direito eu deveria estar recebendo 6,7 X
724,00 (salário minimo) = R$ 4.850,80. Entretanto eu recebo R$ 2.245,73. Multiplicando
R$ 4.850,80 por 12 meses mais o 13º daria um total anual de R$ 63.060.40.
Entretanto, eu recebo o total anual de R$ 2.245,73 x 13 = R$ 29.194,49, ou seja,
sou garfado em R$ 63.060,40 - R$ 29.194,49 = R$ 44.86591 anualmente.
Não consigo quantificar o que
já perdi ao longo de meu tempo de aposentado (23 anos). Considerando o número
de aposentados que ganham acima de um salário, dá para ter uma ideia da
montanha de dinheiro que o governo fatura em cima de nossas aposentadorias.
Não satisfeito com isto, resolveu taxar os aposentados que moram no exterior, em 25%. Não se contentou com 5% ou 10%, foi logo para 1/4 do salário. Faço votos para que os trabalhadores que moram no exterior consigam reverter este verdadeiro absurdo que absolutamente não se justifica.
Não satisfeito com isto, resolveu taxar os aposentados que moram no exterior, em 25%. Não se contentou com 5% ou 10%, foi logo para 1/4 do salário. Faço votos para que os trabalhadores que moram no exterior consigam reverter este verdadeiro absurdo que absolutamente não se justifica.
O governo nos considera cidadãos
de 2ª classe! Quanto mais velhos ficarmos menos ganharemos até que atinjamos o o
mais baixo degrau na escala salarial, UM salário mínimo!
Como diria o Bóris Casoy:
"ISTO É UMA VERGONHA!"
Título e Texto: Paulo Drummond
de Macedo Contreiras, 82 anos de idade, 23 anos de aposentado AERUS e INSS.
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Jim, já te mostrei que no Brasil existe um conluio dos servidores que nos espolia. Em 1973 - quando terminou o teto de 20 sm do INSS - quem se aposentou com 20 sm pelo INSS hoje não recebe 6 sm, mas quem se aposentou pelo setor público com o mesmo salário hoje ganha mais que 20 sm por causa das regras de atualização salarial também - eles se aposentam como se estivessem trabalhando. Muitos dos que conheço dizem que foi a regra e que ela deve ser respeitada, mas como aceitar ser roubado?
ResponderExcluirExemplo: Eu passei em 2 concursos públicos federais e não fiquei em nehum porque quis produzir, hoje pago o preço, recebo menos de 1/7 do benefício deles. E pergunto:o que fizeram para receber essa bondade, apenas corporativismo.
Artur Larangeira
Muito bom o artigo de Paulo Contreiras.
ResponderExcluirJá notaram que os nossos candidatos (falo de Aécio ou Eduardo) não se pronunciaram clara e definitivamente se vão acabar ou não com o famigerado fator previdenciário?
Que também nada disseram sobre a forma de calcular o salário dos aposentados que recebem acima do salário mínimo, se vão acabar ou não?
Georges Henri J. Milcent
Descontamos sobre 20 mínimos até a ascensão do Collor em 1990. Daí em diante sobre 10 salários.
ResponderExcluirHoje, após 37 anos de contribuição, aos 65 de idade, tenho de me virar com 4 mínimos.
Fala sério!
À quem mesmo devemos reclamar?
Fernando Vieira Dutra