quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A ordem é não esmorecer... Sempre cutucando...

Ilustração: Luguis

Valdemar Habitzreuter
Os ex-trabalhadores da aviação comercial, que há anos estão aposentados e sofrendo com a macabra atitude governamental de insultá-los com o esquecimento e menosprezo, estão a se perguntar: o que se passa na mente do governo por insistir em retardar a restituição de seus direitos, usurpados por culpa do próprio governo?

A justiça deverá ser feita, isto já são favas contadas, pois as diversas instâncias judiciais assim o decidiram, inclusive a Suprema Corte. Mas, por que, então, esta insistência de postergar a execução das sentenças? É de difícil compreensão aos velhinhos e velhinhas aposentados, a maioria já no final da linha e precisando de recursos para as mazelas das várias doenças próprias da velhice. Parece que o estatuto do idoso é sem valia para este caso.

Num país plenamente democrático não haveria este impasse. Como muito bem aventou o colega José Manuel em seu texto ‘Se você fosse suiço’..., esta situação lamentável não se apresenta num país, como a Suíça, onde se preza o direito do cidadão, e onde a justiça é a diretriz de conduta dos governantes. O Brasil é um país onde as leis pululam, mas pouco representam para oferecer uma justiça satisfatória, parece que não servem para normatizar a eficácia democrática para que o povo se sinta protegido.

Infelizmente, ao longo do processo Varig/Aerus, sempre ocorreram e ainda ocorrem situações escandalosas no âmbito deste governo, desviando a atenção do problema. Houve o mensalão; há agora a campanha eleitoral e os desdobramentos da corrupção na Petrobras; depois da eleição, sem dúvida, ocorrerão outras situações, e, assim, a problemática Varig/Aerus vai sendo esquecida ou relegado a segundo plano.

Embora nós aposentados soframos com tanto descaso, faz-se necessário não esmorecer e cutucar o governo, mostrando sua incongruência com a lei. As nossas associações representativas deverão fazer esta pressão, e, com insistência, em alguma curva do tempo, a justiça aparecerá.

Oxalá não tarde muito mais, os velhinhos e velhinhas já se mostram cansados...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 10-09-2014

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