Árvore do Cerrado |
A TV sempre mostra a Esplanada
dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, o Palácio da Alvorada e poucos
outros pontos, mas à volta existem muitas outras coisas dentro de uma cidade
povoada por gente honesta, trabalhadora e com acesso irrestrito à natureza.
Moro aqui há 40 anos - meu pai
era servidor público e foi removido em 71; viemos num voo da Sadia, que depois
virou Transbrasil - e ao crescer junto com a cidade, onde tenho muitos amigos,
aprendi a amar esse solo vermelho, um céu que parece mais baixo do que em
outros lugares, as árvores tortas e as flores do cerrado, e a achar natural ver
garças pousando no jardim da casa onde morei dos 14 aos 30 anos de idade,
cobras-corais e escorpiões andando no térreo dos prédios ao longo da cidade,
jacarés e sapos perdidos às margens das pistas lotadas de carros e ônibus; tudo
tão surreal quanto o nascer e o por-do-sol, únicos no planeta.
Aqui há outra grande vantagem:
conviver com gente do país todo, e assim conhecer as culturas das cinco
regiões, o que nos dá a alegria de ir a diversos lugares nas folgas - um
turismo muito diversificado, além de mais contato com a realidade de cada
lugar.
Continuo carioca, e nas férias
- e sempre que possível nos feriadões - trato de ir à praia (a mais próxima
fica a 1.000 quilômetros: Nordeste ou Sudeste,mas o Sul também tem lugares
incríveis), pego um friozinho nas montanhas mineiras, passeio de barco no
Norte, enfim, aproveito a vida, que é curta, mas vale a pena.
"Neste país lugar melhor
não há" (trecho de “Faroeste Caboclo", da Legião Urbana).
Por-do-sol, Lago Paranoá e a Ponte JK. Foto: Breno Fortes/CB |
Texto: Lícia Marques
Fotos: AD
Edição: JP
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