domingo, 4 de dezembro de 2011

O outro lado de Brasília

Árvore do Cerrado
Lícia Marques
A TV sempre mostra a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, o Palácio da Alvorada e poucos outros pontos, mas à volta existem muitas outras coisas dentro de uma cidade povoada por gente honesta, trabalhadora e com acesso irrestrito à natureza.
Moro aqui há 40 anos - meu pai era servidor público e foi removido em 71; viemos num voo da Sadia, que depois virou Transbrasil - e ao crescer junto com a cidade, onde tenho muitos amigos, aprendi a amar esse solo vermelho, um céu que parece mais baixo do que em outros lugares, as árvores tortas e as flores do cerrado, e a achar natural ver garças pousando no jardim da casa onde morei dos 14 aos 30 anos de idade, cobras-corais e escorpiões andando no térreo dos prédios ao longo da cidade, jacarés e sapos perdidos às margens das pistas lotadas de carros e ônibus; tudo tão surreal quanto o nascer e o por-do-sol, únicos no planeta.
Aqui há outra grande vantagem: conviver com gente do país todo, e assim conhecer as culturas das cinco regiões, o que nos dá a alegria de ir a diversos lugares nas folgas - um turismo muito diversificado, além de mais contato com a realidade de cada lugar.
Continuo carioca, e nas férias - e sempre que possível nos feriadões - trato de ir à praia (a mais próxima fica a 1.000 quilômetros: Nordeste ou Sudeste,mas o Sul também tem lugares incríveis), pego um friozinho nas montanhas mineiras, passeio de barco no Norte, enfim, aproveito a vida, que é curta, mas vale a pena.
"Neste país lugar melhor não há" (trecho de “Faroeste Caboclo", da Legião Urbana).


Por-do-sol, Lago Paranoá e a Ponte JK. Foto: Breno Fortes/CB
Texto: Lícia Marques
Fotos: AD
Edição: JP

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