Alguns princípios como moral,
ética, caráter e honestidade são fundamentais para a convivência social, e
todos, de qualquer nível social ou educacional, mesmo os que jamais foram a uma
escola ou que cresceram órfãos possuem conhecimento da maioria destes.
Sabem que não podem ser
imorais, sem ética, roubar ou cometer qualquer tipo de crime, mas em nosso país
isso não ocorre, pois mesmo buscando mais informações e pesquisando sobre o
significado de cada uma dessas palavras, nada encontrei além do que todos
sabem, ou deveriam saber.
A moral é conjunto de normas
do que é certo ou errado, proibido e permitido nas atitudes humanas dentro de
uma determinada sociedade, uma cultura, e possui caráter normativo,
determinando a obediência a costumes e hábitos recebidos. O conjunto de
qualidades e defeitos da pessoa determinam sua conduta e moral. Seus valores e
firmeza morais definem a coerência de suas ações.
A ética, construída por uma
sociedade com base nos valores históricos e culturais, é um conjunto de
princípios morais que norteiam a conduta humana na sociedade. Embora não seja
uma lei, a ética está relacionada com o sentimento de justiça social e,
buscando fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão, serve para que
haja um equilíbrio entre pessoas, grupos e classes sociais.
O caráter, qualidade inerente
a uma pessoa desde seu nascimento e reflete seu modo de ser. É o conjunto de
características e traços particulares que caracterizam um indivíduo, e não
sofre influência do meio. Uma pessoa “de caráter” é aquela com formação moral
sólida e incontestável, enquanto a “sem caráter” é aquela desonesta, que não
possui firmeza de princípios ou moral.
A honestidade é a qualidade de
ser verdadeiro, não mentir, não fraudar ou enganar. É a honra, de uma pessoa ou
instituição. O respeito e a obediência incondicional às regras morais
existentes. Honesto é o que repudia a malandragem, a esperteza, aquele que é
transparente e exige transparência dos outros.
Depois da constatação dessa veracidade
literária, espelho do meu entendimento, me pergunto o que levou nosso país à
condição hoje existente, onde nenhum desses princípios é respeitado,
principalmente pelos que deviam dar exemplos, e, convivendo nessas condições é
que as novas gerações estão sendo educadas.
No chamado julgamento do
mensalão, pudemos assistir a perplexidade de toda uma nação, ao assistir um dos
ministros, o relator Joaquim Barbosa, simplesmente exercitar esses quatro
princípios, simplesmente porque há anos não vê nada semelhante acontecer. No
caso específico, o que seria normal passou a ser o anormal.
Com todas as provas
existentes, mesmo as melhores e mais caras bancas de advogados do país não
conseguiu absolvê-los e ainda assim alguns dos condenados se acham no direito
de fazer reclamações a cortes internacionais, como se injustiçados fossem.
Segundo a Wikipédia, “vergonha
é uma condição psicológica e uma forma de controle religioso, político,
judicial e social, consistindo de ideias, estados emocionais, estados fisiológicos
e um conjunto de comportamentos, induzidos pelo conhecimento ou consciência de
desonra, desgraça ou condenação”.
Pois é o que menos possuem
alguns membros do Poder Legislativo que, mesmo após a condenação de alguns de
seus pares nesse caso, pretende impedir a cassação imediata de seus mandatos.
O terapeuta John Brad Shaw
conceitua a vergonha como a "emoção que nos deixa saber que somos
finitos".
Pela primeira vez em
décadas assistimos alguns dos mais influentes políticos do país perceberem que
são finitos, exatamente por não terem tido vergonha, moral, ética, caráter e
honestidade.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal, Jornalista e empresário, 18-01-2013
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