O projeto foi apresentado ao
Legislativo em 8 de agosto sob a justificativa de combater a alta de preços no
país
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Foto: Miguel Gutierrez/EFE |
O Congresso venezuelano concedeu nesta terça-feira ao presidente Nicolás Maduro o direito de governar o país
por decreto durante um ano. Três quintos dos deputados aprovaram a Lei
Habilitante em segunda votação. O projeto foi apresentado ao Legislativo por
Maduro em 8 de agosto sob a justificativa de combater a alta de preços no país.
O decreto permite ao Palácio Miraflores impor as medidas necessárias para
combater o que Maduro chama de “guerra econômica” interna. É a quinta vez que o
governo venezuelano faz uso do artifício em treze eanos. Chávez usou os
superpoderes em quatro oportunidades, em 2000, 2001, 2008 e 2010. Ao todo, o
caudilho impôs mais de 200 decretos nesses anos.
Composta por quatro artigos, a
Lei Habilitante amplia os poderes presidenciais. Maduro terá autonomia para
controlar a comercialização, produção e importação de alimentos e artigos de
primeira necessidade. A legislação também permite ao presidente impor sanções
penais mais severas no que classificou de luta contra a especulação. Sua
abrangência também é política. Um dos artigos permite a Maduro reformar normas
para combater o financiamento ilegal de partidos políticos e estabelecer
mecanismos estratégicos contra potências estrangeiras que pretendem destruir a
pátria nos aspectos econômicos, políticos e de propaganda.
Pelo Twitter, Maduro atacou os
políticos que discursaram contra a lei no parlamento. “Eu conheço vocês muito
bem. Seus insultos e provocações serão respondidos com trabalhos para proteger
o povo. Por que a oposição não quer a aprovação da Lei Habilitante que
enfrentará a corrupção e a guerra econômica contra o país? O que eles
escondem?”, indagou Maduro, claramente disposto em abafar as críticas ao seu
desastroso governo.
Segundo Maduro, o
desabastecimento de produtos de primeira necessidade e o incontrolável índice
inflacionário não são frutos de sua malfadada “revolução bolivariana”, mas, sim,
da ação de políticos opositores e do “inimigo externo”, ou seja, os Estados
Unidos.
(…)
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