terça-feira, 2 de maio de 2017

[O cão tabagista conversou com…] Vander Rocha: "E muitos deles me criticaram, me ofenderam e até me expulsaram de uma palestra no sindicato."

Pela segunda vez, conversamos com Vander Rocha, Rochinha. A primeira vez foi em 22 de abril de 2014, há três anos. Mais precisamente, há 3 anos e…

Rochinha

Fez, no dia 22 de abril, três anos a nossa primeira conversa. Releu-a? Tem reparos ou esclarecimentos a acrescentar?
APENAS UM REPARO: Pois bem, caro entrevistador, sou pior do que o Saraiva, personagem do Zorra Total.


Na minha opinião não adianta reclamar da gravidez depois. Tem que se prevenir.

Eu não passei para o plano 2 do AERUS, porque era um cambalacho no plano 1.

A VARIG já não fazia pagamentos e fez o plano 2 com contribuições menores e pensões maiores, esvaziando a poupança do plano 1.

Eles acreditavam que todo mundo faria isso e o fundo quebraria antes. Não aconteceu.

Todo o mundo comentava das comissões que receberam da Douglas na compra dos MD-11, as pernas operacionais já estavam arqueadas.

A Varig não pagava o INSS, o FGTS e o AERUS.

Eu reclamava da gestão do fundo, saí no PDV. Com 49 anos, por convicção e para deixar emprego aos mais novos.

No dia que completei 50 anos exatamente, me aposentei no AERUS com 70%.

Eu avisava que a criança iria nascer, não acreditaram.

Pois bem, nasceu e ficamos a ver a caravana passar. Agora os cães ladram.

E muitos deles me criticaram, me ofenderam e até me expulsaram de uma palestra no sindicato.

Hoje ninguém se atreve a dar nomes aos bois.

Ficar relembrando os tempos bons na hipocrisia.

Quem não tem um cobertor, um talher, pratos, objetos e bandejas retiradas dos aviões que atire a primeira pedra.

A VARIG tinha demais.

Foram garrafas de bebidas, latas de caviar e outras "cositas" irrelevantes.

Quero viver em paz hoje em dia.

Receber a pensão e, se vierem os atrasados que venham, não me desespero.

Não há reparos a fazer.

Estamos todos a caminho da eternidade (os religiosos), nós meros mortais ao pó que viemos.

Então, deixemos os ressentimentos para nossos túmulos.

Nós não temos mais tempo para lutas jurídicas e políticas.

Podemos ladrar à vontade, a caravana já foi.

Quando a VARIG morreu, cavou nossas sepulturas, e como diria Hemingway:
Il faut d’abord durer!
Não sobrará ninguém para apagar a luz.

“Não há reparos a fazer.”. Caramba! Imagine se houvesse, well…
“A Varig não pagava o INSS, o FGTS e o AERUS”, portanto, era uma caloteira?
Não digo caloteira, digo que assoberbada de impostos por causa da CLT e da política tributária.
As maiores dívidas na vara de falência são de FGTS.
Você publicou o tamanho da dívida com o INSS.

O AERUS fez 21 renegociações.

Ainda tem os débitos com a Petrobrás, GE, e muitas terceirizadas.

Será que poderíamos, sim, chamar má pagadora?

Todas essas dívidas não configuram má gestão?
Muito má gestão, muita corrupção, muito roubo, muitos impostos, a CLT, os manos.

O Brasil tem trinta e cinco empresas com mais de cem anos, muitas estrangeiras, algumas subsidiárias, muitas tecelagens, uma farmácia, salvo maior engano, estatais como a casa da moeda e uma seguradora.
Eu pergunto qual delas tem a maioria de seus débitos em dólar?

Se não me engano, a American Airlines tinha 45 empregados funcionários por avião, a VARIG tinha 125.

As companhias aéreas americanas têm subsídios até no combustível, aqui nunca.

Eu acho que é uma conjuntura institucional.
Eu ainda culpo também as regulamentações: Europeus fazem 900 horas/ano, no Brasil 700.

Na realidade temos três VARIG, uma até 1940, a outra, da administração Berta, e a destruidora da fundação do colégio concordante.

Fui criado numa VARIG diferente.

Meu vizinho foi demitido por alcoolismo, eu tinha meus oito anos. Ele havia comprado uma casa pela fundação Varig do seu Berta. Berta mandou dar-lhe a casa.

Fui operado de apendicite, ida e volta numa ambulância da VARIG.
Aquela VARIG comprava nossas almas.
Essa Varig nova as vendeu.

Você foi para o B-707 em 1973, certo? Então nos encontramos lá… em dezembro de 1974 fui para o DC-10. E em 1983 fui para o Jumbo. Portanto, em 1986, nos reencontramos lá… você se aposentou quando?
30 de junho de 2000, dia do níver de minha esposa.

O tempo me engana, mas 707 no início de 74, e DC-10 em 1987, Jumbo em 1995, se não me falha a memória. Joguei todas as cadernetas fora.

Estava piçudo do que acontecia.

Guardo apenas as asas comemorativas, a placa de 25 anos de voo e o último quepe.
Me desfiz até das malas, meias pretas, camisas brancas e uniforme.
Na época era muita dor olhar o passado.

Sorte sua. Na minha aposentadoria compulsória a ordem era devolver tudo, numa espécie de degradação dreyfusiana… às vezes sinto um arrependimento de ter obedecido à ordem… mas passa logo quando me lembro do ‘clima’ e do ‘engenheiro’ que gerenciava… comissários de voo…

Degradação de Alfred Dreyfus, Henri Meyer, Biblioteca Nacional de França

Ainda tenho os manuais do 747, não os devolvi.

Na aviação todo o mundo o tratava por Rochinha, certo?
Tal e qual meu pai e seu irmão gêmeo que trabalharam trinta e cinco anos na manutenção.
Herdei o Rochinha. Meu pai era o Rochinha cabeludo, meu tio o Rochinha careca.
Aqui a foto dos dois:



As cadernetas que você jogou fora eram da Shell?
Todas vermelhinhas da Shell.

Relendo a nossa primeira conversa, alguém comentou que foi “a melhor” entrevista, até então. Você é da mesma opinião?
Nunca podemos  considerar nossa opiniões as melhores entre outras também importantes.
Somos falíveis e cometemos erros.
Não quero ser importante por opiniões, quero que minhas opiniões sejam importantes.

Detesto Arthur Schopenhauer, mas num debate acalorado deturpar o que os contrários dizem, mesmo corretos, é uma tática comumente usada. Desqualificam você. Eu não uso, mesmo tendo agravantes contra essa pessoa.

Nós que viajamos o mundo inteiro, eu viajei por cinquenta e seis países. Quando morei em Lisboa andei até no expresso oriente, de Zurique a Istambul.

Quem viajou a Havana, Estalinegrado, Viena, Budapeste, Varsóvia, durante o domínio soviético, ou Maputo extremamente comunista, ou teve decolagens no escuro de Luanda para fugir de tiros de fuzil, não pode ser socialista de jeito nenhum.

Já escrevi em diversos comentários. Ideologias são cartilhas a seguir, filosofias são cartilhas a discutir-se. Ninguém é melhor do que o outro.

Você é um exemplo da minha filosofia. Uma grande maioria falava mal de você, eu vejo hoje, que estavam errados.

Eu tenho um blogue político, ninguém emite opiniões nele, e frequento muito mais o seu, porque procuro ser mais ou menos mensalista.


Também ensino várias coisas nele, como retirar o Baidu, e como trocar placa mãe e hard disks sem formatar o PC nem perder seus dados, pelo sistema OOBE.
Aliás, como retirar o Baidu é o tópico mais acessado.

Jim, eu não faço batalha de egos.

Você ainda acredita em ACORDO?
Não acredito em acordo, creio que haverá reparação com algumas perdas para nosso lado.
Vou comentar diferente: Se 3 bilhões são do AERUS como fala a Aprus, temos 3 bilhões para o INSS, tem ainda a GE, a Infraero, a Petrobrás e a massa falida. Se o crédito for de 6 bilhões, como dizem, vai faltar dinheiro…

Vamos ao que interessa, ninguém nos dá informações corretas.
Não há transparência da Previc, do Aerus, do sindicato, nem do judiciário.

Voltando atrás, "E muitos deles me criticaram, me ofenderam e até me expulsaram de uma palestra no sindicato.". Que palestra era essa?
Era uma palestra do interventor do AERUS em Porto Alegre. Eles apresentavam slides e não comentavam nunca que estava quebrado, falido, sem dinheiro para pagar.
Eu mandei enfiar os audiovisuais no rabo.

"Hoje ninguém se atreve a dar nomes aos bois." Você se atreve?
Como estou sendo processado, me reservo o direito de não falar nenhum nome.

"O AERUS fez 21 renegociações." Como você explicará aos seus netos que isso foi possível, quer dizer, um diretor (ou gerente) de Recursos Humanos, que era também presidente do Instituto, ‘renegociou’ vinte e uma vezes com… ele próprio?!
Depois da criação do Plano 2 o AERUS fez 21 renegociações de pagamentos de dívidas com a VARIG autorizadas pela SPC.
Quero dizer que o AERUS renegociou com a VARIG, entenda-se...

Tem saudades da Varig?
Tenho saudade da VARIG dos anos 60/70, depois só frustrações.
Apadrinhados ganhavam poderes e o direito dos manos em vigor.

Algumas vezes você escreve que é polêmico. Por quê?
Estudo filosofia, já seria um basta.
Porém, você vê a ética e a moral serem destruídas. Porém, a ética e a moral se modificam num mundo moderno.

Vejo que criminalizaram o direito de você criticar.

Eu não sou homofóbico, até hoje tenho amigos dentro e fora dos armários, mas tenho direito de não gostar, é constitucional.

Vejamos os indígenas que possuem 14% do território nacional, onde caberiam 20 milhões de sem teto.

Vejamos os quilombolas, que culpa tenho eu de seus antepassados terem sido escravos?

Se fosse um processo ético e moral e judicializado, Dom Pedro I cumpriria prisão perpétua.

Sou muito estudioso.
Detesto as ideologias. Elas criam os estados islâmicos, o terrorismo.
Foram ideológicas as cruzadas, a perseguição judaica, os holocaustos, os governos revolucionários e as ditaduras.

A filosofia mostra os caminhos.

Porque a sociedade se dispersa nos momentos felizes e se divide nos momentos pesarosos?
Sempre há um lado feliz com a desgraça dos outros.

A religião e a política são ideologias.
Porque sempre há um final provavelmente feliz e abastado ao fiel seguidor.

Filosofando... será? Todos morreremos, quem saberá afirmar a opinião do morto?

Não existe punição divina satisfatória que não seja a terrena.
Para não ser muito prolixo, mas já sendo, eu quero um governo honesto no Brasil, e não importa qual seja o sentido político ou religioso, adaptado ao país para que isto se realize. 

“A criminalização da crítica” é produto do ‘politicamente correto’?
Temos que analisar duas posições nesse contexto.
Se você criticar o sistema penal, tem o lado das penas serem pequenas, e o lado de que a ressocialização do preso não funciona. Uma é correta e a outra é a politicamente correta.
Então a crítica não é um produto do politicamente correto é de posição.

Para ressocializar o preso temos de ter penas maiores e condições melhores aos punidos.
Certa vez comentei no seu blogue que a história tem três versões:
A minha, a sua e a verdadeira.
A crítica também tem: a minha, a sua e a corretiva.

Como escreveu Kant:
II – Achamo-nos de Posse de Certos Conhecimentos “A Priori” e o Próprio Senso Comum não os Dispensa.
Trata-se agora de descobrir o sinal pelo qual o conhecimento empírico se distingue do puro.
A experiência nos mostra que uma coisa é desta ou daquela maneira, silenciando sobre a possibilidade de ser diferente.
Digamos, pois, primeiro: se encontramos uma proposição que tem que ser pensada com caráter de necessidade, tal proposição é um juízo “a priori".
Se, além disso, não é derivada e só se concebe como valendo por si mesma como necessária, será então absolutamente “a priori”.

Sei que você entenderá o conceito de fazermos um juízo "a priori", e de um absoluto "a priori".
Qual deles devemos utilizar em nossas críticas?
Eu entendo que a crítica é uma necessidade.

Sim, a crítica, não só é uma necessidade, como é vital para o desenvolvimento do ser humano. Se alguns não criticassem, por exemplo, a horrível violência da Inquisição, até hoje muitos de nós estaríamos sujeitos à carbonização…
Não me referia a essa crítica (da razão, well…). Me refiro à intimidação ‘politicamente correta’ sobre a ‘sua’ opinião, por exemplo, favorável a valores tradicionais…
Essa é a crítica da necessidade de valores ideológicos.
Quando não gosto de uma opinião, replico a minha, se não gosta da minha critique com propriedade, faça eu mudar de opinião.
Se uma pessoa critica valores tradicionais, não respeita a própria família.

O politicamente correto desrespeita seus próprios valores, até os religiosos.

Eu não me intimido, porque sempre haverá o controverso.

Quanto à inquisição, eu já estaria em cinzas.

Quanto a KANT, sempre a crítica terá razão ou não, ela é a razão e realização do debate.

Neste exato momento assisto ao show dos esquerdeiros na Câmara Federal, na votação da Reforma Trabalhista…
Eu também.

Aliás, by the way, qual é a sua opinião sobre essa Reforma?
Onde já se viu um acordo não ter validade.
Acordado é contrato e deve ter validade sobre a CLT, e acordos são protegidos por lei.

Quanto à Previdência, tem que acabar os privilégios públicos.

As companhias aéreas estrangeiras contratam somente por acordos.

Na maioria dos países do mundo a idade mínima para a aposentadoria é de 65 anos.
Nossas leis são de 1940. Mudem-se.

Você também é a favor da Reforma da Previdência… Que ‘privilégios públicos’ são esses?
Aposentadorias integrais, manutenção discricionária de privilégios salariais, com adicionais de tempo, de função e desvios funcionais.

Você está se referindo ao funcionalismo público?
Há dois sistemas de previdência, o geral e o público.
Esta reforma visa equiparar o público ou estatal com o privado ou geral.
A previdência pública quebrou os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Está levando os outros estados à falência.

Isto é o ‘politicamente correto’ a que me referi anteriormente, aqui em cima, well… veja:
Quem se atrever a criticar o NYT vai receber epítetos que nunca imaginou existirem…
Bem, o problema é que esses jornais e blogues de esquerda não deixam você opinar, ou censuram suas opiniões.

Por outro lado, nós criticamos e encontramos apoio apenas entre nossos pares.

Podemos reclamar de quantas maneiras forem possíveis, ficará restrito ao grupo, nenhum grande jornal, ou deputado ou senador, lerá ou ficarão cientes de nossas reclamatórias.

Aqui já vi diversas cartas abertas que não afetam em nada ao sistema.
Eu poderia criticá-las como inofensivas, mas não o faço, para não desmerecer o contribuinte ao debate.

Todas as nossas ações num blogue são críticas, infelizmente inócuas.
Porém se for da CARTA CAPITAL, aí até contrários compartilham tecendo comentários também inócuos.
Ninguém dá a mínima se o comentário for contrário.

E essa malta, prepotente e arrogante, não suporta que um político, POTUS, tenha a mesma opinião de milhões de cidadãos, deploráveis e pés-rapados, e que não se inibe de a manifestar.
TODO MENTIROSO É COVARDE, TODO COVARDE É MENTIROSO.
São inseparáveis.
Indubitavelmente, pessoas mentem por serem covardes, essa covardia é proveniente de suas hipocrisias, no benefício que suas mentiras lhes trazem, sem adequar importância aos seus malefícios.

O mentiroso acredita na mentira de seus "ídolos", consequentemente, acredita nas próprias mentiras. Ele se finge de otário, de medíocre, questionando, e quando não tem saída, tenta justificar o injustificável, fugindo, arrumando pretextos, se fazendo de imbecil, mentindo mais ainda, trocando de assunto.

Querem ser atores, mas são apenas plateias.

Justificam seus atos com os exemplos dos erros dos outros.

A pergunta que não pede passagem é se não houvesse JERUSALÉM?
Quais seriam as justificativas beócias dos mentirosos, islamismo, judaísmo ou cristianismo?

A associação criminosa católica das cruzadas e da inquisição, ou a invasão muçulmana de Saladino teria acontecido?

Quem diria que uma simples cidade composta por várias ideologias seria uma mentirinha casual.

A linha que separa a mentira inocente da mentira indecente é muito fina.

A mentira inocente é safada e cheia de melindres desculposos.
A mentira indecente é necessária, para justificar os atos dos hipócritas e carregar os burros consigo.

Burros que trocam a verdade por alguns gramas de alfafa, uma vida eterna, sabe-se lá onde?
Falam em outra dimensão, uns falam em paz e felicidade outros em centenas de mulheres. Satisfações de egos ou imbecilidades.

O curral interesseiro é simplesmente ridículo.

O judeu não mente, não precisa, basta encher o "coxo" com alfafa de quinta.

As mentiras covardes ou os covardes mentirosos são capazes de inventar até um câncer chamado Estado Islâmico.

Mas, como acabar com o câncer que faz mazelas ao mundo?
Rezando? Para qual deus?

O mentiroso está presente nas religiões, nas políticas, nas empresas, nos empregados, na sociedade e em todas as ideologias.
As ideologias são hoje em dia as desculpas da covardia, a política politicamente correta aumenta apenas as mentiras.

Você aderiu à ‘greve geral’ do dia 28 de abril?
Aposentado não faz greve, minha profissão agora é tirar vírus, instalar OS, e trocar discos rígidos, placas mãe, gravar DVDs e USBs para os amigos, cobro 50 reais, e às vezes se perde dois ou três dias.

Mas nem por solidariedade com o sofrido trabalhador brasileiro?
Sofrido?
Vejamos:
O ano tem 365 dias.
Analisando os que trabalham 8 horas por dia e folgam sábados e domingos. Folgam 52 sábados e 52 domingos, são 104 dias remunerados. Uma média de 10 feriados remunerados por ano.
30 dias de férias mais 10 dias pagos em dinheiro.
Têm no saldo 144 dias por ano sem trabalho e remunerado, mais 10 dias remunerados em dobro.
Trabalham 221 dias.

Em qual país capitalista do mundo acontece isso?

Nos Estados Unidos não há férias remuneradas, exceto quando os funcionários são premiados, nem há folgas remuneradas.

Trabalhador brasileiro não faz sacrifícios pelo Brasil, e a pelegada se aproveita.

A China sendo um país comunista e confucionista (filosofia que dá uma importância grande ao governante, e faz a população enxergar a importância de certos sacrifícios próprios para o bem da nação). Quem garante que tem direitos?

Vamos para o mundo, que foi a nossa casa por décadas.
Qual é a sua opinião sobre o POTUS?
Sou nacionalista e patriota, por convicção, sem os idealismos notórios a essas ideologias.
Acho que devemos proteger nossas economias primárias, investir nas secundárias, para promover o aprimoramento das terciárias.

Exemplo: se fabricamos um automóvel, temos que ter tecnologia em aço de qualidade, e tecnologia em eletrônica, e engenharia e desenho mecânico.

Temos o ferro e importamos o aço, ou seja, temos o primário e importamos o secundário, sem tecnologia somos forçados a ter multinacionais para produzir o automóvel.
A imigração não deveria ser forçada, mas planejada, não adianta imigrar mais pobres e vagabundos para o sistema.

Temos de ter Forças Armadas profissionais.

Se analisar o POTUS vamos ver que o MOSP, é igualzinho.
MOSP = Mayor Of São Paulo

Isso é uma crítica ou elogio ao MOSP?
O primeiro prefeito brasileiro que prioriza o cidadão e a cidade.
O fato de ter feito 800 000 exames médicos, em 4 meses usando inclusive hospitais particulares, para o povo pobre, dignifica a sua eleição.

E lá na França?
Não me julgue, quero Marine Le Pen. A zona do Euro globalizou a Europa, isso prejudicou o resto do mundo, ajudando a grandes economias como China, EUA e Japão. Consequentemente, a Inglaterra preferiu perder e sair.

O que a Inglaterra perdeu com o Brexit?
Vai perder o valor da moeda nos primeiros anos. O movimento de bens, pessoas e capitais vai ser restaurado em pelo menos oito anos.
Talvez seja punida no MCE, mas ao longo do tempo será integrada gradualmente, como a Noruega.
Quem vai ganhar muito são os advogados ingleses reestruturando os acordos e as leis internas inglesas.

Então, o Brasil e o Mundo estão perdidos?
Se a globalização continuar, os mais pobres vão estar perdidos e escravizados.
A América latrina e seus pseudosocialismos.

A África vai morrer de fome.

A Europa invadida pelos africanos e muçulmanos.

O que a globalização fez com o Brasil?
Desmonte das fábricas de calçados, tecidos, brinquedos e tecnologia de computação. Desmonte das fábricas de peças automobilísticas.

O Brasil adotou uma tomada que o mundo não consegue usar, e adivinha quem fabrica? Isso mesmo, os chineses.


Você compra um eletrodoméstico ou eletrônico no Brasil, as peças são chinesas.
Comprei uma cafeteira B&D em 2013, queimou a resistência, fora da garantia. A assistência disse que não havia peças. Telefonei para a B&D, reclamando que deveriam manter peças de reposição por cinco anos, está na lei. Me mandaram uma nova pelo preço de custo.  Eis a globalização.

Mas, se mandaram uma nova peça pelo preço de custo, então, a globalização é boa, né não?
Não acho.
Cumpriram a lei.
Me mandaram outra de qualidade inferior, com jarra de vidro, a outra tinha jarra térmica em aço inox.
Para obter uma melhor, teria que ir para a justiça do consumidor.

Quando morei em LAX, havia uma loja de eletrônicos perto do Hacienda.


Comprei um computador completo com monitor.
Quando voltei ao Brasil o monitor pifou.
Fiz um voo para LAX alguns meses depois, levei na loja com a nota, me deram um novo na hora,
sem pedir explicação nenhuma.

Nos Estados Unidos as lojas pagam seguro das mercadorias sempre.
Não tem rolo nas trocas.

Me cobraram 70 reais, de uma nova que custaria 130 reais.
Se eu fosse comprar uma de qualidade igual a que eu tinha, gastaria 240 reais.
Acabei comprando enquanto a outra consertava, por 249 reais,  uma Britânia, café aqui em casa é como água.

Outro exemplo de globalização:
Você compra uma chave philips Stanley, no Brasil, custo 19 reais, não consegui terminar de montar um sofá que eu havia comprado, tive que comprar outra.
Tenho uma chave philips Irwin há 30 anos, tem que cuidar para não destruir o parafuso.



A nacional entortava as ponteiras.
Você compra um alicate de corte nacional e bota fora, o meu alicate Irwin também de 30 anos dá para cortar as unhas até hoje.

Qual a pergunta que faltou?
Qual quiseras?
Esmiuçaste minhas posições políticas, sociais e individuais.
Não sei aí em Portugal, mas aqui vivemos, onde o que possuímos tem que ser em duplicidade.
Se estragar a lava-roupa tem que marcar hora nas assistências técnicas e espera a visita, tenho duas.
Se estragar geladeira a mesma coisa tenho duas, guardei a antiga.
Se precisas de eletricista poucos são bons, se precisas de encanador a mesma coisa.
Não se encontra mais pedreiros bons, todos curiosos.
Nenhum deles trabalha por menos de 150 reais.

Reformei a casa para poder morar, estava nas mãos de irmãos e sobrinhos, deixaram dívidas de luz, água e IPTU, tudo podre.

Fiz com meu filho e sobrinho toda a eletricidade e telefonia novas, toda ligação de encanamentos novas, pedreiros para colocar piso frio.

Pintamos, e refiz toda a linha de esgotos inclusive pluviais.
Um ano para me mudar.

Em compensação eu que morava no apartamento de meu pai, deixei tudo novo, janelas e portas de cedro. Por isso acho que amizades se escolhe, parentes se suporta.

Agora falta você fazer um resumo de sua vida.
Eu acho que toda a sua entrevista deveria pôr "grand finale", qual a pergunta você faria para você mesmo.

A minha é simples. Valeu a pena? Eu faria tudo de novo.
Fui...



Obrigado, Rochinha!

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13 comentários:

  1. Cara!! Parabéns pela Entrevista! Como todas, interessantes honestas e bem claras, sem mais.
    Simplesmente Parabéns ao Editor e ao Entrevistado!
    Rochinha Vc disse muito, sob todos os aspectos, da nossa Varig, da Política, dos Brasileiros, concordo absolutamente, "mandou bem" sem papas na língua, tudo isto que estamos vivendo é real, é exatamente assim.
    Um Abração!
    Heitor Rudolfo Volkart

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  2. Nesse trecho onde se escreve "rezar para Deus" eu acho que não adianta; DEUS deixou tudo pronto, programado, e deu o livre-arbítrio para que o homem possa escolher em qual desses programas ele vai se localizar. DEUS não cuida de ajudar o gol do Flamengo ou do Fluminense. DEUS delegou poderes a milhares de "assessores" que cuidam das pessoas que merecem proteção. Quem prejudica os outros, cria uma "mancha" no seu arquivo eletrônico e vai pagar pelo prejuízo que causou. Os nossos protetores estão de guarda 24 horas/ 7 dias e eles evitam acidentes, assaltos, etc. mas o protegido só consegue receber o aviso se estiver com a antena eletrônica aberta. Quando o protegido tem mau pensamento, é egoísta, deseja mal aos outros, humilha o subalterno, trai o casamento, rouba as economias do semelhante, essa antena se fecha e ele não consegue receber os avisos de proteção. Em resumo: Fora da Caridade não há salvação ! Quem causa o mal paga agora ou paga depois, mas a dívida não é esquecida! Alberto José

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  3. Nada contra sua fé Cavalcanti, é a sua ideologia posta em prática.
    Eu analiso bem o que as pessoas escrevem.

    DEUS delegou poderes a milhares de "assessores" que cuidam das pessoas que merecem proteção.
    Isso é um paradoxo.
    Pelos poderes que são investidos a deus, tais como onipotência, onipresença e onisciência, ele não precisa de assessores.
    Se precisa não é onipotente, onipresente e onisciente.
    Quem prejudica os outros e não é punido na LEI dos homens, morre e deixa a família rica.
    Se foi para o céu ou inferno não é problema meu, é uma desgraça divina.

    E filosoficamente escrevendo nó NÃO TEMOS O LIVRE ARBÍTRIO TOTAL, ele é censurado, nas leis, na ética, na moral, na família, na convivência social, e quando fugimos das leis, das regras, por vontade própria, o livre arbítrio de punir é dos outros.
    Agora quando escolhemos IDEOLOGIAS, temos o livre arbítrio de segui-las, desde que suas leis, morais e ética, sejam compatíveis com o que a sociedade deseja.

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  4. Nosso amigo Rochinha sempre firme e convicto em suas análises inteligentes... é o nosso Olavo de Carvalho variguiano...

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  5. Grato...
    Não sou muito fã de Olavo.
    Gosto das posições políticas.
    Já nos anos 50 após a guerra a CIA e o FBI desconfiavam que fundações como Rockefeller, Carnegie e Ford exerciam controle indevido sobre as universidades, as instituições de pesquisa e a cultura em geral, orientando-as num sentido francamente anti-americano, anticristão e até anticapitalista.

    Essas porcarias criadas como ONU, UNESCO e OEA.
    Aqui no Brasil foi diferente, tudo começou em 1985, que dizer 35 anos depois dos americanos.
    Bill G e sua fundação investiram em comprar tudo que puderam de Leonardo da Vinci, e ajudam muito mais na reconstrução de um mundo educacional que os órgãos acima.
    Tudo que eu digo ou escrevo é parte do meu modo ser.
    Num exame profundo veremos que Karl Marx, ao afirmar que o proletariado é a última fonte social humana, usa Maquiavel para atingir o poder, um pouco de Descartes, e David Hume, para influenciar o povo com suas ideias.
    Aí chegamos ao erro mais comum, filosofar sobre filósofos.
    Porém quem não lê romancistas ou romances como Dostoiévski, Kafka, Pirandello, Ionesco e Camus, Hemingway e outros tantos, jamais entende que são baseados em filosofias puras, conceitos filosóficos apurados.
    Nosso governo e seus três poderes são corporativos.
    O sistema corporativo investiu nas universidades brasileiras, ajudou a construir a torre de babel.
    O que podemos fazer estando fora dessas corporações?
    Apenas esperar o famoso "ERRAMOS".
    DE SORTE NÃO PILOTAM AVIÕES NEM FAZEM CIRURGIAS.
    Não adianta ficar procurando "onde foi que eu errei".
    Temos de Recomeçar.
    O Brasil nunca será o país do futuro.
    É o país do RECOMEÇO desde 1500.
    Nós acima dos 65 anos, não temos recomeços mais, apenas complementos próximos, exauridos pela falta de recursos da natureza.
    Jamais falo que nosso tempo acabou, mas está próximo de mais.
    Olavo de Carvalho ainda não se deu conta.

    Para não me acusarem de plágio o texto em "bold" é dele.

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  6. Rachel Batista Teixeira3 de maio de 2017 às 12:49

    Parabéns aos dois, quem quiser saber o motivo, leia esta reportagem entrevista. Este Rochinha sempre gostou de filosofar. Jim Você não perdeu a oportunidade de filosofar também. Sempre aprendendo com seu Blog. JÁ sei do Blog do Rochinha.

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  7. Por vezes, durante a leitura da entrevista, parecia ver, relembrando, o Rochinha saindo do cockpit já com duas ou três frases sendo ditas, controversas, intrigantes, demonstrando o seu inegável tom desafiador. Eu sempre sorria antevendo uma calorosa argumentação. Hoje em dia, bem melhor, talvez devido aos estudos filosóficos, fico feliz em ler suas considerações, pertinentes e verdadeiras.
    Parabéns Rochinha, parabéns Jim!

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    1. MEU CARO VIEIRA DUTRA,
      Todo mundo devia escrever o que pensa não é difícil.
      Com mais de 20 anos de computação ainda dedilho teclado, tem coisas que não conseguimos aprender.
      Datilografar é um dom, infelizmente.
      Quando não se sabe como escrever uma palavra procure no dicionário.
      Minha dificuldade no teclado é que como letras, principalmente nos finais.
      O difícil é convencer os outros que você está certo, mas não é o mais importante.
      Causar a dúvida é a melhor de todas as tarefas.
      Obriga a pensar, desenvolver as ideias, formar verdades fugindo dos paradoxos, este sim, o maior desafio.
      Não ficamos velhos como vinhos em barris de carvalho, ficamos velhos com garrafas vazias ou garrafas de vinho avinagradas.
      Se vazias encham-nas de conhecimento, se avinagradas deleitem-se
      nas saladas diversa da sabedoria dos livros, mas sempre escrevam o que pensam.
      Abraços e saúde.

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  8. Você nos diz que café aí em casa é como água. E o chimarrão?

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    Respostas
    1. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que não gosto desse passa-passa de um para o outro.
      MEU MATE É EGOÍSTA, EU BEBO OS 5 PRIMEIROS, DEPOIS ELES DIVIDEM.
      GOSTO DO AMARGO.
      Por outro lado sempre sou cosmopolita.
      Não preciso de bombacha, bomba e cuia para ostentar minhas raízes.
      Aliás, de bombacha e cuia, com palavras de ordem em gauches o congresso está cheio.
      GAÚCHO É COISA RARA ESTÁ EM EXTINÇÃO AQUI É MORADA DOS PETISTAS.
      AQUI JÁ FOI A TERRA DOS CHIPANZÉS QUE BRIGAVAM PELO TERRITÓRIO, PELAS MULHERES E PELA COMIDA, DEFENDIAM FERRENHAMENTE SEUS DOMÍNIOS.
      COMO NO MUNDO HÁ A PERFEIÇÃO E A DUALIDADE, AQUI SURGIU UMA RAÇA DE CHIPANZÉ QUE NÃO SE PREOCUPA COM NADA, COME AS FÊMEAS, DÁ O RABO, E NÃO LUTA POR PORRA NENHUMA.
      SÃO OS BONOBOS, ATÉ P NOME CIENTÍFICO É UMA MERDA.
      PAN PANISCUS.
      NÃO É PÃO COM MORTADELUS É PÃO NO RABUS.

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  9. Parabéns. Muito bom. Grande abraço para vocês.

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  10. Tem duas conversas correndo muito bem, graças aos 'conversados'. Aguardem!

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  11. Não me cansarei de agradecer àqueles e àquelas que acederam serem 'entrevistadas' pela revista. Não só pela excelência das suas respostas e pela consequente promoção da revista, mas também, muito importante, não sei como dizer, pelo destemor em concordar conversar conosco.
    Porque, gente querida, de dez convidados, NOVE recusam!

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