Cristina Miranda

A verdade é implacável na hora
de pôr tudo no lugar. Vender mentiras tem prazo, às vezes curto,
outros mais longos. Mas não falha. Centeno anda feliz (é só
gente feliz neste governo) da vida a propagandear a sua incrível competência
que “terá despertado” os senhores do Eurogrupo a “sondá-lo” para Presidente de
tão competente! O problema é que é ele próprio a única voz que o afirma com
base em fontes ainda por cima portuguesas. Ora, quem é bom não precisa de autoelogios
na imprensa para chamar atenção. Se o faz é marketing de diversão não
vá alguém pôr em dúvida sua incrível competência e feitos únicos. Então não foi
ele que fez sair Portugal do défice excessivo? Ah! e tal, mas a dívida pública não parou de aumentar tendo atingido valores recordes… E depois? que importa isso se o défice baixou uns miseráveis
0,8% à conta de malabarismos contabilísticos irrepetíveis mais
conhecidos por “martelanços” e isso nos permitiu sair do PDE? Haverá maior
prova de competência que esta? (Ah! Ah! Ah!)
Ora, se por cá se vende
ilusões a preço de saldo e sempre há dúzia para ser mais barato, lá fora a
música é outra. Aos olhos dos credores que ao contrário do nosso
governo fazem contas todos os dias à vida, o MILAGRE tem nome: aldrabice
camuflada. Claro que não fazem ondas de imediato. O politicamente correto
impõe que se faça de conta, numa primeira fase, que se acredita nos valores
apresentados dando benefício de dúvida. Mas com carradas de avisos. A começar por Schauble, continuando pela CE, terminando na DBRS, Fitch e S&P. Exatamente como eu, lá em casa, quando finjo que
acredito nas pequenas mentiras dos meus filhos só para lhes dar um pouco mais
de margem para mais tarde, caso falhem MESMO poder responsabilizá-los sem que
me possam acusar de não ter acreditado neles…
Daí que o rating de Portugal
continue e bem no lixo onde ele de facto melhor combina. Qualquer gestor sabe
isso. E não vale a pena o “alegre” Costa transformar-se em donzela ofendida e maldizer as agências porque
em economia, os números falam mais que a política que se faz à volta deles.
Pode vir às televisões dizer ” “Nós não só não fizemos o que eles estavam
a fazer, como fizemos mesmo o contrário do que eles estavam a fazer” nem mentir
dizendo que baixaram impostos, que aumentaram os rendimentos nem inventar que
vão apoiar em mil milhões as empresas.
Porque TODO o português
informado sabe que nestes dois OE os impostos aumentaram colossalmente. Que as
pensões e salários repostos são apenas dos mais abastados da Função Pública.
Que os apoios às empresas é uma miragem no Portugal 2020 porque das 20
candidaturas, 19 são destinadas a apoiar… o Estado!! Que APENAS uma empresa, a
Navigator, na 13ª posição, está contemplada. Que a esquizofrenia à volta do
défice se deveu apenas para GARANTIR que a torneira dos apoios da CE não se
feche e continue de forma secreta a financiar despesa do
Estado para estágios e apoios sociais. Que é preciso fazer crer às pessoas que
é DISTRIBUINDO dinheiro que a economia flui.
Enquanto os Pinóquios mentem,
a realidade são hospitais com uma dívida galopante, apoios à fome suspensos, serviços hospitalares fechados por falta de enfermeiros,
fecho de escolas por falta de auxiliares, metros e comboios com linhas e carruagens paradas, PSP sem verbas; bombeiros a andar de comboios e autocarro, o poder de compra nulo.
A verdade é que a economia se
gere. E gestão não tem cor política. Faz-se sempre da mesma forma equilibrando
receitas com despesas, estimulando a produtividade no âmbito dum crescimento
sustentável que permita distribuir dividendos e não dívida. Que o digam os
idiotas que quiseram criar um restaurante assente nos princípios marxistas, nos EUA, e fechou num ápice.
A única verdade deste governo
é que fez efetivamente uma gestão diferente, mas SÓ nos gastos
indiscriminados completamente à toa sem acautelar o futuro. Em linguagem
corrente “gastar à fartazana sem olhar a meios”.
Por isso, não, não temos um
“Ronaldo” nas finanças! Temos um Pinóquio e vai nos sair bem caro…
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