Cristina Miranda
O Vaticano decidiu apoiar o Pacto de Migrações da ONU condenando
os países que decidiram não assinar o manhoso documento. É verdade. Deixou
claro, desta forma, que religião também é política e que imiscuir-se nestes
assuntos também lhe compete. Assim, declarou estar de acordo com a imposição da
ONU de aceitação de migração massiva indiscriminada, de todos os
indivíduos que o quiserem, quando quiserem, seja por que motivo o quiserem, declarando
ser um “direito humano”, transformando-os automaticamente em cidadãos com pleno
direitos nos países receptores, independentemente do perigo que isso
representa. Porém o Vaticano, que é um Estado independente, na hora de
acolher, selecionou – só famílias com mulheres e filhos maioritariamente cristãos – e controlou o número de
refugiados que aceitou – 12 famílias – não deixando as portas
escancaradas e acessíveis a todos os que quisessem lá viver. Por quê?
Não é a primeira vez que vejo hipocrisia
por essas bandas. Quando me tornei adulta, apesar de ser católica e a partir de
certa data – por via da descrença nos homens à frente da Igreja – não
praticante, comecei cedo a questionar o que nos era ensinado na catequese
mas não era seguido pela Santa Sé. Jamais me conseguiram explicar porque
o Vaticano: era o Estado mais rico do mundo rodeado de
luxos inacessíveis aos comuns mortais; porque razão vestiam Prada e tinham
duplexes carríssimos em zonas caríssimas, parque de estacionamento cheio
de carros pessoais de marcas milionárias com motoristas particulares
pagos a peso de ouro; porque razão o Banco do Vaticano, o IOR, é
uma “offshore” (mais eficiente de que as Bahamas) onde todo o tipo de dinheiro,
de todo o tipo de gente, vai lá parar em contas de instituições de caridade
fantasma, para aplicações em offshores e negócios duvidosos, tudo
devidamente documentado no “Dossier Dardozzi” e guardado a sete chaves
pelo Papa depois de ameaçado pela cúria (fonte “Sua Santidade – As Cartas
Secretas de Bento XVI , Vatican SA – Les Archives Secrètes du Vatican,
Merchants in the Temple – Inside Pope Franci’s Secret Battle Against Corruption
in the Vatican de Gianluigi Nuzzi); porque razão sempre que há catástrofes
humanitárias nunca se vê o Vaticano a fazer donativos; porque razão escondeu os
crimes de abuso sexual dos padres às crianças; porque não deu imediatamente
asilo, mesmo que temporário, a Asia Bibi uma refugiada paquistanesa cristã em perigo, que
ninguém acolhe; porque razão continuam a ignorar a crise humanitária da
Venezuela e as chacinas aos fazendeiros brancos na África do Sul.
Tal como na política, há um
desfasamento entre aquilo que se professa e aquilo que se pratica. Por isso
cada vez há mais gente afastada, seja da religião seja da política,
porque deixaram de acreditar nos líderes que não defendem as pessoas, defendem
apenas os interesses do grupo que representam, não se importando que haja um
colapso social por via desse abandono.
Defender este Pacto não é defender direitos humanos.
É autorizar a aglutinação dos valores culturais, religiosos, sociais, históricos, das nações aceitando o domínio de outras culturas, que não se integram e que provocarão o desaparecimento da cultura ocidental porque
será feito apenas num sentido: Europa-EUA. Vindo da própria Igreja
Católica, é ter lobos em peles de cordeiro dispostos a sacrificar todo o
rebanho de ovelhas em nome de uma nova ordem mundial de substituição
populacional largamente difundida por cá pela Fundação Manuel
Francisco dos Santos. Não é segredo sequer. Basta ler as publicações.
Não é admissível um líder,
seja de que religião for, fazer propaganda a agendas políticas muito menos se
forem catastróficas para toda uma civilização. Importar e promover o Terceiro
Mundo no Ocidente é fomentar o retrocesso civilizacional. Que o digam os países
Árabes que abertamente declinaram a aceitação desses migrantes com a mesma
cultura, tendo dito que o “Kuwait e o Conselho de Cooperação no Golfo são
valiosos demais para aceitar qualquer refugiado. É muito caro realojá-los. O
Kuwait é muito caro para eles, ao contrário do Líbano e da Turquia, que são
baratos. Não é certo aceitarmos pessoas que são diferentes de nós. Nós não
queremos pessoas que sofrem de stress interno e trauma em nosso país” – Fahad
al-Shalami.
Ao invés de nos questionarmos
porque razão os países árabes se colocam de fora deste Pacto, andamos nós feitos otários a troco de uns
míseros euros, a aceitar a ditadura da ONU que mais não quer do que
sacrificar-nos para concluir com êxito a ambição globalista dos Bilderberg,
Rockefeller e Soros.
Se agora já é uma realidade
que nalguns países europeus não se pode festejar o Natal nas escolas e nas ruas
como antigamente, o que pensam que nos espera com este pacto facilitador de
migrações indiscriminadas?
Ainda havemos de ter saudades
do velho continente. Principalmente a Igreja Católica.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
8-12-2018
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