Para diplomata, Coreia do Sul precisa diminuir vulnerabilidades
José Romildo
Produtor relevante de grãos, de
energia e de carne para o mercado internacional, o Brasil poderia se
transformar em um aliado estratégico da Coreia do Sul, diminuindo dessa forma a
dependência da nação coreana em relação ao Japão, à Rússia, aos Estados Unidos
e à China. Essa é a tese que vem sendo defendida pelo diplomata Jeong Gwan Lee [foto],
que foi embaixador da Coreia do Sul no Brasil de 2015 a 2018.
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Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil |
Exemplo de decisão que aumentou a
vulnerabilidade da indústria sul-coreana foi a iniciativa recente do Japão de
retirar a Coreia do Sul da “lista branca” de países isentos de procedimentos
para a aquisição de centenas de componentes tecnológicos japoneses considerados
vitais para a fabricação de produtos de alta tecnologia coreanos. Isso irritou
o governo sul-coreano, que fez dezenas de tentativas para um acordo com o
Japão, sem resultados até agora.
O pesquisador aconselha ao próprio
governo sul-coreano e às lideranças econômicas do país a terem cautela e a
aumentar o leque de países que possam dar segurança ao país. Disse que, nesse
aspecto, o Brasil pode ser um aliado que, por causa de sua importância em
agronegócios, pode aumentar a segurança alimentar da Coreia do Sul.
Brasil aos Olhos da Coreia
O ex-embaixador escreveu o livro
Brasil aos Olhos da Coreia. Na obra, dividida em três partes, Jeong Gwan Lee
analisa as condições que podem ou não favorecer a meta brasileira de se
transformar em uma nação de primeira grandeza no mundo.
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil |
O diplomata coreano disse que o
governo brasileiro está na direção certa. Já iniciou o processo de cortar
gastos, de acabar com o déficit orçamentário, de privatizar e de aprovar
concessões. Jeong Gwan Lee disse que, com essas medidas, a economia brasileira
avançará e o país pode afinal se tornar um poderoso aliado da Coreia do Sul e
uma nação relevante no mundo.
Título e Texto: José Romildo; Edição: Denise
Griesinger – Agência Brasil, 10-11-2019
O jornalista José Romildo viajou para
a Coreia do Sul a convite do KOCIS, o Serviço de Informação e Cultura daquele
país.
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